Novembro Azul: cães e gatos também sofrem de diabetes e precisam de cuidados especiais

14 de novembro: o Dia Mundial do Diabetes

Novembro é o mês da campanha de conscientização sobre os cuidados com o diabetes, doença crônica que, ao contrário do que muitos pensam, pode afetar também a saúde dos pets. Ela acomete cães e gatos e necessita de um diagnóstico precoce para que cuidados especiais sejam aplicados no dia a dia, garantindo saúde e qualidade de vida ao animal.

Brett Sayles/Pexels

O diabetes pode afetar os pets independentemente da idade ou sexo

E está relacionada a obesidade e ao uso indiscriminado de drogas como glicocorticóides e progestagênios, afetando animais com idade entre 7 e 9 anos. As fêmeas têm o dobro da probabilidade de serem afetadas e raças como poodle mini, samoieda, pug, poodle toy e schnauzer têm maior predisposição.

wayhomestudio

Baixa produção de insulina

De acordo com a médica-veterinária Ana Cláudia Bengezen, supervisora da Clínica de Pequenos Animais do UniFAJ, a doença impede que o organismo produza insulina ou até produza, mas em quantidade insuficiente.

Reprodução/freepik

A profissional explica:

“A Diabetes mellitus é considerada a principal doença do pâncreas endócrino em cães, representada como um grupo de doenças metabólicas de múltiplas origens e caracterizada por hiperglicemia crônica, glicosúria e distúrbios no metabolismo de carboidratos, gorduras e proteínas, que surge como resultado de defeitos na secreção ou na ação da insulina, ou em ambos.”

Janko Ferlic/Unsplash

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico é confirmado por exames de urina e glicemia de jejum, que nos animais os índices considerados “normais” variam entre 55 e 110 mg/dL. A presença de glicosúria (glicose na urina) e hiperglicemia de jejum indicam que o animal sofre de diabetes. Além dos exames de rotina, é fundamental ficar atento ao comportamento do pet no dia a dia.

Milada Vigerova/Unsplash - 24/08/2016

Sinais que merecem atenção:

Sede excessiva; Perda de peso; Aumento de apetite; Cansaço; Sedentarismo; Maior frequência de vontade de urinar.

FreePik

Com os cuidados especiais, é possível ter qualidade de vida

Assim como ocorre com os humanos, entre os pets a diabetes também não tem cura. Mas, com tratamento adequado e uma rotina regrada, é possível que o animal tenha uma vida saudável. De acordo com a médica-veterinária, uma vez diagnosticada a doença é necessário que o pet passe por acompanhamento constante.

Bryce Carithers/Pexels

Tratamento para os pets

“O tratamento da diabetes em cães e felinos consiste na aplicação de insulina, sendo que ação é eficaz para o animal”, revela Ana Cláudia. “Também durante o tratamento é importante que o tutor faça o acompanhamento glicêmico, com modelos de aparelhos semelhantes aos utilizados pelos humanos.”

Dong Phuc Hai Trieu/Unsplash

É necessário ainda fazer mudanças alimentares

“Atualmente há no mercado várias rações específicas para esses pacientes, como as terapêuticas, bem como alimentos naturais, cuja dieta deve ser recomendada por um nutrólogo veterinário”, ressalta Ana.

Jamie Street/Unsplash

Além da alimentação

“É recomendado ainda adotar novos hábitos como exercícios físicos e brincadeiras. E, no caso das fêmeas, a castração também é indicada, porque a progesterona interfere na ação da insulina”, conclui a veterinária.

Timo Volz/Unsplash

Os riscos da falta de cuidados

Com excesso de açúcar no sangue e sem o tratamento adequado, o animal pode sofrer uma série de complicações, tais como: êmese, convulsões, taquipneia, catarata, fraqueza, pancreatite, dor abdominal, diarreia, perda de peso, hepatomegalia, insuficiência renal, infecções bacterianas secundárias, cistite e bacteriana cutâneas piodermites.

Archibald Marajas/Ppexels

No Canal do Pet é possível encontrar várias dicas e curiosidades para ficar por dentro do universo dos pets

É só clicar no link abaixo:

Veja mais Top Stories