No verão, ocorre a proliferação de carrapatos devido ao calor e umidade, mas as chuvas se encarregam de eliminar boa parte desses parasitas. Já no inverno, com o tempo seco, eles permanecem por mais tempo no ambiente. Por isso, é preciso redobrar o cuidado com os pets; a médica-veterinária Carla Berl, da Pet Care, explica mais dobre a doença.
O carrapato é um parasita que se alimenta de sangue. Ele pode se fixar em cães, gatos, cavalos, bois e até mesmo em pessoas, transmitindo doenças caso esteja contaminado. Depois de se alimentar, ele se desprende do hospedeiro e continua seu ciclo de vida.
Os carrapatos não são capazes de saltar ou voar, mas eles ficam em gramados e arbustos. Os pets pegam carrapato quando se deitam, caminham ou roçam a pelagem em locais onde eles estejam. Uma vez no ambiente, os carrapatos podem viver nas paredes, frestas do assoalho, plantas, gramado, caminhas, colchões e até nos tapetes.
Existem muitos tipos de carrapatos. Ao todo já foram catalogados mais de 800 tipos no mundo. A doença do carrapato, na verdade, é o nome associado a duas doenças transmitidas pela picada do carrapato marrom: a erlichiose (Ehrlichia canis) e a babesiose (Babesia canis). Nos dois casos, os parasitas entram na corrente sanguínea e atacam as células de defesa do corpo.
Tanto a erlichiose quanto a babesiose podem levar os cães a ficarem prostrados, com febre, falta de apetite, apresentarem vômitos, mucosas pálidas, perda de peso, manchas na pele e alterações neurológicas graves. Outros sintomas podem ser anemia ou baixa de plaquetas, alterações oculares, tornando-os suscetíveis a doenças secundárias e afetando órgãos vitais como fígado, baço, pulmões e rins.
Para saber se o seu cachorro está doente, você deve agendar uma consulta com um veterinário para que ele seja examinado. Na consulta, o profissional vai fazer perguntas sobre o histórico do animal, avaliar os sintomas e solicitar um exame de sangue sorológico para comprovação da contaminação da doença. Se já encontrou carrapatos no seu pet, leve-o para fazer um exame de sangue e verificar se ele tem sorologia positiva.
Não, os cães não transmitem a doença. A única forma de contágio é por meio da picada do carrapato infectado. Portanto, se você frequenta regiões endêmicas, desenvolva o hábito de colocar a barra das calças dentro das meias e usar botas de cano alto. Prefira roupas claras, para ser mais fácil enxergar os carrapatos. E, claro, mantenha o ambiente onde seu cão vive sempre higienizado e faça a prevenção contra carrapatos nele regularmente com coleiras e medicamentos orais.
O ideal é que você leve o seu cão a um veterinário para que ele seja cuidado e o profissional verifique qual é o tipo de carrapato. Jamais remova o carrapato do seu pet com as mãos, apenas com uma pinça e usando luvas. Lembre-se de que você também pode ser picado e ficar doente! Não esqueça de averiguar a existência de carrapatos na sua casa.
O tratamento geralmente envolve o uso de antibióticos e medicamentos antiparasitários para eliminar tanto os carrapatos quanto os organismos causadores da doença. A doença do carrapato tem cura, e é importante seguir as orientações veterinárias, pois somente um profissional pode identificar em qual fase a doença está, a gravidade e os sintomas.
Animais diagnosticados tardiamente podem não ter evolução favorável e virem a falecer. Muitos deles chegam a precisar de transfusão de sangue e ficam com problemas de saúde crônicos, como anemias e insuficiência renal.
A prevenção é fundamental para proteger os cães contra doenças transmitidas por carrapatos. Isso inclui manter um ambiente limpo e utilizar produtos adequados para o controle de pulgas e carrapatos. Seu veterinário pode ajudar a escolher o melhor método de prevenção: pipetas, via oral ou o uso de coleiras específicas.
Outras doenças são causadas pelos carrapatos, são elas: Anaplasmose; Doença de Lyme; Hepatozoonose canina e Febre maculosa. Esta última vem causando preocupação de saúde pública, veja mais sobre a doença no link abaixo.
O Canal do Pet pode te ajudar a entender sobre diversos problemas e doenças que podem acometer o seu melhor amigo, mas lembre-se de sempre procurar a ajuda de um médico-veterinário ao identificar qualquer sintoma incomum no seu pet. Leia mais no link abaixo: