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Febre e diarreia em gatos são sinais de Calicivirose felina; conheça

Uma doença infecciosa que afeta o sistema respiratório dos gatos, pode ser prevenida com vacinas e tem tratamento

A doença pode ser tratada e até mesmo evitada, por meio de vacinação
Foto: Elena Golovchenko/Pexels
A doença pode ser tratada e até mesmo evitada, por meio de vacinação

A Calicivirose felina (CVF) é uma das doenças mais comuns que podem acometer os gatos, ela é uma infecção respiratória causada por um RNA vírus muito resistente, o Calicivírus.

Além de ser altamente contagiosa, sendo transmitida facilmente de um animal para outro, e pode levar o gato à morte caso não receba os cuidados necessários o quanto antes – o gato pode estar com a doença mesmo que não apresente nenhum sintoma clínico.

As manifestações da Calicivirose são muito semelhantes aos da gripe humana, conforme explica a médica-veterinária Mayra Susenko, ao Canal do Pet .

Entre os principais sinais, os gatos podem apresentar  conjuntivite, secreções nasais, oculares e orais, febre , diarreia , alterações respiratórias, dificuldade em se alimentar devido a presença de  úlceras e vesículas na boca, e letargia.

“O diagnóstico é quase sempre feito pela análise dos sinais clínicos, principalmente pela presença de lesões na boca do pet, caso haja necessidade, o diagnóstico pode ser confirmado por meio de exames laboratoriais como o PCR” diz Mayra.

Transmissão e prevenção

Assim como os sintomas, a transmissão também é semelhante à da gripe humana – assim como os da Covid-19.

A Calicivirose é transmitida por meio do contato de um gato sadio com um gato infectado com o vírus, mesmo que este não apresente nenhum sinal clínico da doença.

De acordo com Mayra, a transmissão ocorre principalmente pelo contato com a saliva do felino portador do vírus ou pela inalação de aerossóis, as pequenas partículas dispersas pelo ar, ocasionadas principalmente por espirros.

“Quando o animal é diagnosticado com a Calicivirose, ele deve ser separado dos outros animais para evitar o contágio, separando também as vasilhas de alimentos e água, e os brinquedos”, orienta a veterinária.

Todos os brinquedos usados pelo pet contaminado devem ser  lavados e desinfetados com álcool, para garantir a remoção do agente transmissor.

Embora seja uma tarefa difícil, especialmente para tutores que vivem em casa, é importante  evitar que os pets tenham contato com os felinos que vivem nas ruas, o que ajuda na prevenção da doença.

O tratamento

Foto: FreePik
Medicamento prescritos pelo médico-veterinário podem ajudar no tratamento da infecção

Mayra diz que não existe nenhum medicamento específico para o tratamento da Calicivirose felina, mas alguns podem ser usados no tratamento de suporte, aliviando os sinais clínicos da doença.

“O tratamento deve ser prescrito pelo médico-veterinário sempre de acordo com as necessidades do quadro do animal, e deve ser administrada da forma como foi prescrita”, ressalta.

Apesar da falta de um remédio próprio, existem  vacinas que protegem os felinos da doença, são as chamadas “vacinas múltiplas” (V3, V4 e V5).

“O pet deve tomar no início da vida (três doses). A aplicação da primeira dose é indicada entre seis e oito semanas de vida, a segunda dose com 12 semanas de vida e a terceira dose com 16 semanas, a partir daí o reforço da vacina deve ser anual ou de acordo com a indicação do médico-veterinário responsável”, detalha a veterinária.

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