Sensíveis, verdadeiros e companheiros. Os pets definitivamente conquistaram os corações humanos e viraram opção de adoção principalmente para as pessoas que não querem ter filhos. Com essa realidade, o mercado pet se beneficiou e cresceu 27% somente em 2021, atingindo R$ 51,7 bilhões, de acordo com dados do Instituto Pet.
Com mais pessoas adotando animais de estimação ou até mesmo comprando, alternativas também surgem para que o animal possa ter uma boa qualidade de vida, como é o caso da adesão da aromaterapia e a música clássica para os pets. Esta última é a que falaremos mais sobre.
Para deixar os bichinhos mais calmos, por exemplo, a música clássica pode ser adotada para reduzir a ansiedade dos cachorros e contribuir para o seu bem-estar.
“Há estudos que comprovam que a música clássica consegue acalmar o pet, aumentando o tempo de sono e tranquilidade, diminuindo os sinais de ansiedade como lambeduras psicogênicas e tremores , ajudando também em situações de medo, como fogos de artifício e tempestade”, explica a médica veterinária Laís Bandiera Borges Abbas, de 29 anos, que trabalha na Bable Pet.
Para adotar a música clássica na rotina do pet, basta introduzir na rotina dele diariamente, seja em momentos específicos em que o animal apresente um aumento do nível de estresse, ou apenas para promover um relaxamento extra. Mas é preciso também que ocorra um cuidado no volume do som, porque os pets apresentam grande sensibilidade auditiva. Isso porque os cães captam frequências entre 15 e 40.000 Hz e os gatos ainda mais, podendo alcançar faixas ultrassônicas de até 1.000.000 Hz .
Um estudo realizado durante quatro horas pela veterinária Débora Wells, psicóloga PhD em bem-estar de cães, mostrou que os cachorros permaneceram tranquilos e com comportamento sugestivo de relaxamento. Por isso, não há um tempo mínimo e nem máximo.
Além disso, a pesquisa feita com 50 cães alojados em abrigos expôs eles a cinco tipos diferentes de sons: conversa humana, música clássica, heavy metal, pop e silêncio total. No fim, concluíram que a atividade e a vocalização dos cães estavam diretamente relacionadas à influência auditiva aos sons que ouviam.
Nesse caso, as músicas mais agitadas, ao contrário da música clássica, podem trazer efeitos adversos ao bem-estar do pet. O rock e o heavy metal, por exemplo, podem deixar o animal agitado, inquieto e ansioso. Desse modo, os estilos musicais que tendem a agradar mais os cães são aqueles que apresentam melodias mais suaves. Por isso, a música clássica não tem contraindicações e nem efeitos colaterais.
Nesse processo, há ainda músicas recomendadas e que já foram atestadas para o pet ouvir. O canal Dog TV é um bom lugar para achar sons relaxantes, além das músicas clássicas, mas também sons como o da natureza, canto gregoriano e sons para meditação.
Além disso, a artista Lisa Spector, uma pianista dos Estados Unidos que se dedica a tocar músicas para acalmar cachorros e tem seu álbum nas plataformas de streaming e o álbum “Through a Dog’s Ear”, de Joshua Leeds, considerado um marco no uso de música para o relaxamento dos cães.
“A ciência já comprovou que as ondas sonoras refletem na energia do animal, assim como nós humanos. Por isso, a música afeta o humor e comportamento dos pets”, completa Laís Bandeira.
Músicas recomendadas para relaxar o pet
- Moonlight Sonata e Piano concert de Ludwig van Beethoven
- Fantaisie-Impromptu de Frédéric Chopin
- La Mer de Claude Debussy
- Piano trio in A-minor de Maurice Ravel
- Goldberg-Variations (BWV 988) de Johann Sebastian Bach
- Prelúdio e Fuga em dó maior, de Johann Sebastian Bach
- Sonata em si bemol menor, Op. 35, de Frédéric Chopin
- Sonata em lá maior, K.331, de Wolfgang Amadeus Mozart
- Sonata em lá maior, D. 959, de Franz Schubert
- Scherzo em mi maior, Op. 54, de Frédéric Chopin
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** Julio Cesar Ferreira é estudante de Jornalismo na PUC-SP. Venceu o 13.º Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão com a pauta “Brasil sob a fumaça da desinformação”. Em seus interesses estão Diretos Humanos, Cultura, Moda, Política, Cultura Pop e Entretenimento. Enquanto estagiário no iG, já passou pelas editorias de Último Segundo/Saúde, Delas/Receitas, e atualmente está em Queer/Pet/Turismo.