Devido ao seu tamanho e peso, cães de grande porte são suscetíveis a diversas doenças. A região mais afetada nesses animais é a da cintura, que sofre bastante pressão durante a movimentação. Um problema que pode surgir nessa parte do corpo é a Síndrome de Wobbler, também conhecida como espondilopatia cervical.

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A Síndrome de Wobbler costuma atingir animais das raças Dobermann e Dogue Alemão, mas todas as raças de porte grande ou gigante estão suscetíveis a essa doença. Um dos fatores que mais contribui para o seu aparecimento é o crescimento rápido desses cachorros, que pode acabar acarretando uma má formação óssea. Entretanto, questões genéticas e de nutrição também podem influenciar no desenvolvimento do quadro.

O Dogue Alemão está entre as raças com maior predisposição a Síndrome de Wobbler
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O Dogue Alemão está entre as raças com maior predisposição a Síndrome de Wobbler


Como a Síndrome de Wobbler se manifesta?

A espondilopatia cervical pode começar a se manifestar a partir de outras doenças que afetam a mesma região, como hérnias de discos e hipertrofias. Mas, a maioria dos casos estão relacionados apenas à má formação óssea dos animais.

O início da doença se caracteriza pela  compressão da coluna cervical do animal ou da medula óssea e  pode evoluir até para danos neurológicos permanentes no pet.

Uma série de estudos conduzidos pelo departamento de Medicina Veterinária da Universidade de Ohio, nos Estados Unidos, chegou a concluir que em algumas raças - como os Dogue Alemão -, o excesso de cálcio, calorias e proteínas podem facilitar o aparecimento da patologia.  

Mas, segundo o Doutor Ronaldo Casimiro, autor do estudo, não existem provas de que essa deficiência nutricional seria o suficiente para desencadear a doença em si. "O excesso de cálcio, proteína e calorias foi proposto como uma possível causa em Dogues Alemães, mas é improvável que apenas o excesso destes nutrientes seja capaz de causar [a doença] sem a presença de outros fatores", explicou ele. 

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Sintomas da  Síndrome de Wobbler 

Os sintomas da doença são bem característicos e geralmente envolvem o comportamento do pet. Eles se iniciam com dificuldade para se levantar, fraqueza nos membros, andar cuidadoso e cabeça baixa, além de demonstração de dor. Esses sinais costumam se manifestar com mais força nos membros traseiros e pélvicos do cachorro.  

Com o passar do tempo, passa-se a observar falta de coordenação motora, causada pelas lesões mendulares. Em casos mais graves, o cachorro pode perder até a capacidade de mover alguns membros do corpo. 

  • Andar diferente, cambaleante e com passos muito largos ou curtos; 
  • Rigidez nas patas dianteira ao tentar se levantar e no pescoço;
  • Sinais de dor quando o cachorro se movimenta; 
  • Inchaço nas pernas; 
  • Perda da disposição, o animal fica cansado o tempo inteiro e deixa de ser ativo; 
  • Dificuldade de movimentação. 

Vale lembrar que os sintomas podem variar de acordo com cada animal e, caso você identifique algum desles, contacte imediatamente um médico veterinário. 

Diagnóstico da Síndrome de Wobbler

O veterinário deve fazer exames para diagnosticar a Síndrome de Wobbler
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O veterinário deve fazer exames para diagnosticar a Síndrome de Wobbler

O diagnóstico deve ser feito por um médico veterinário. Apenas analisando os sintomas e realizando o exame clínico não é possível ser 100% acertivo, por isso o especialista irá solicitar outros exames capazes de trazer mais detalhamento. 

O raio-x costuma ser muito utilizado, mas apenas mostra que o problema está afetando as vértebras, sem ser possível descobrir se há uma compressão na medula espinhal (que causa os problemas neurológicos). Para isso, o exame de ressonância magnética é mais indicado. 

Tratamento da Síndrome de Wobbler

Um animal diagnosticado com a patologia deve parar de fazer exercícios físicos intensos imediatamente. Atividades como correr, pular ou até mesmo brincadeiras como o "cabo-de-guerra" devem ser evitadas.

Médicos veterinários, após análise do quadro do animal, podem receitar medicamentos como a prednisona. Segundo Ronaldo, em seu estudo, intervenções cirúrgicas também podem melhorar a qualidade de vida do cãozinho.

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"A cirurgia, nos casos de Síndrome de Wobbler , oferecem as melhores chances de recuperação para a maioria dos animais. O índice de sucesso costuma variar entre 70% a 80%, independente da técnica cirúrgica realizada. O único tipo de cirurgia não recomendado é a fenestração de disco intervertebral, pois o índice de sucesso é de  apenas 33%", conta o especialista.

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