Aparecer calos no cotovelo do cachorro não é um acontecimento raro. Uma das principais características da condição, conhecida como "hiperqueratose" ou até mesmo "escaras de decúbito", é a falha de pelo que abrange a região em que a doença se manifesta. Apesar de parecerem inofensivos, eles podem evoluir e gerar complicações.

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Os calos no cotovelo do cachorro são causados, principalmente, pelo contato da pele com a superfície dura. Os locais mais afetados são os joelhos, cotovelos e patas do pet. Fatores como a idade e raça do animal, piso do ambiente onde ele vive e o seu peso influenciam diretamente o desenvolvimento da  doença.

Como os calos no cotovelo do cachorro se formam?

Não existe acúmulo de gordura nos cotovelos dos cachorros, portanto, quando um animal se apoia nessa região (quando se deita ou senta) apenas a pele amortecer o atrito entre o chão e o osso. Para compensar esse impacto, a região começa a concentrar mais queratina do que o normal, deixando-a mais espessa e gerando o aspecto de calo.

É comum se encontrar calos no cotovelo do cachorro, entretanto é preciso tomar cuidado pois eles podem trazer complicações para o pet.
Reprodução/ Shutterstock
É comum se encontrar calos no cotovelo do cachorro, entretanto é preciso tomar cuidado pois eles podem trazer complicações para o pet.


Por conta da baixa sensibilidade na região, caso esse atrito cause algum machucado no pet, é improvável que ele sinta. Essas feridas podem contrair bactérias (condição chamada de "escaras de decúbito") e, quando não tratadas, podem causar complicações graves como febre e infecção do sangue.

Animais diabéticos correm ainda mais riscos pois no momento da dosagem da glicemia o dono precisa tirar sangue pela sua orelha (onde, assim como os cotovelos, não possui gordura). Para evitar o aparecimento de escaras nesses casos é importante realizar uma assepsia com álcool antes da picada e se certificar que não houve estancamento de sangue após o fim do procedimento.

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Como evitar e tratar os calos?

É possível evitar o aparecimento dos calos oferecendo um lugar macio para o animal descansar, como camas e colchões. Mas mesmo assim, é difícil controlar o aparecimento da doença por conta que o cão está sempre em movimento.

Felizmente, existem produtos que podem ser usados para controlar o desenvolvimento da doença. Eles atuam evitando a piodermite (inflamação), a fibrose (aumento do calo) e bicheiras. Esses compostos costumam ser à base de lanolina, ureia, silicone, óleo mineral, cera de abelha ou vaselina. Após a aplicação, é preciso distrair o pet para que ele não remova o produto com suas lambidas.

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Entretanto, esse tratamento é eficaz apenas para evitar o aparecimento da doença. Caso os calos no cotovelo do cachorro - ou em outras partes do corpo -, apresentem feridas, rachaduras, sangue ou pus é preciso levar o animal imediatamente para um médico veterinário. Nesses casos, é comum serem aplicados anti-inflamatórios e antibióticos.

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