Focinho de cachorro é sempre motivo de polêmica e de preocupação entre os tutores. Nunca se sabe se o fato de estar gelado ou quente é indicação de algum problema de saúde. Porém, é necessário entender quais os mitos a respeito dessa parte do corpo do animal e o que de fato pode ser levado à sério.
Primeiro é preciso entender que os sinais clínicos de alguma doença são variados. Dificilmente o pet estará com o comportamento inalterado se estiver com algum problema de saúde. Mas em que situação o tutor deve se preocupar? Confira também como cuidar do focinho de cachorro e quando levar o pet ao veterinário.
Como funciona o focinho?
É bom antes de qualquer coisa saber como é a respiração do pet e qual a função do focinho em todo esse processo, incluindo as mudanças de temperatura.
É normal encontrarmos um nariz mais molhadinho e gelado. Isso porque é por onde o pet transpira e libera todo seu suor. Quando o cão parece ofegante e cansado, na verdade ele pode estar apenas buscando a temperatura corporal adequada, já que a boca é a outra parte usada para liberar a água do corpo. Ao atravessar as narinas, o ar quente se condensa e fica líquido (por isso a umidade) e consequentemente mais frio.
Portanto, ao sentir o nariz mais molhado, não é preciso se preocupar. O corpo só está realizando a respiração de forma correta e indica um cão saudável. Se o focinho estiver quente e seco preste atenção no clima. Em dias mais quentes e com baixa umidade é comum o pet apresentar essas características. O que é possível fazer para amenizar a situação é deixá-lo em um local arejado e com menos secura.
Por outro lado, durante o frio o cão tende a esconder o focinho embaixo de cobertas e em locais quentinhos, mesmo com a pata, para garantir que fique quentinho e mantenha a temperatura ideal do corpo.
Quando se preocupar com o focinho
O focinho está quente e junto desse fato há vários sintomas e certa mudança de comportamento? Se sim, é provável que o pet não esteja muito bem de saúde. Normalmente uma doença vem acompanhada de um quadro com inúmeros sinais clínicos, não só o nariz. Se o cão parece prostrado, quieto, sem fome e com dor é hora de correr para o veterinário (e lembre-se de não oferecer nada ao animal enquanto o especialista não indicar o diagnóstico e o tratamento).
No caso do focinho começar a descamar por causa do ambiente seco demais, o tutor deve ficar atento. Isso é um dos indicadores de problemas na respiração do pet e pode, ou não, ser grave. Mas, novamente, essa característica dificilmente está sozinha quando o cão está mesmo enfermo. Observe outros sinais e busque um médico se mesmo no ambiente úmido o nariz não parar de descascar.
Quando um animal é picado por abelhas, vespas ou outros insetos é comum ficar com a carinha inchada por conta da inflamação, em especial o focinho. Isso pode levar à uma dificuldade para respirar, obstruindo a passagem de ar. E o inchaço pode decorrer de alguma alergia também, então é sempre bom dar uma passadinha na clínica veterinária.
Além disso, se acontecer de o cachorro tomar uma mordida de outro ou ferir o nariz por algum motivo, evite fazer curativos em casa , levando-o diretamente ao veterinário. Só o faça se o sangramento for contínuo.
Focinhos achatados, típicos de cães braquicefálicos , também acarreta naturalmente uma série de problemas, como dificuldade para respirar, para e possíveis roncos. Nesse caso, algumas raças têm mais propensão e precisam de cuidados extras.
Outros cães têm também o focinho rosa ou marrom claro, o que é apenas uma diferença de pigmentação e não quer dizer que esteja doente. Mas dependendo do caso precisa de cuidados, como qualquer outro cão.
Na hora de dar banho, por exemplo, use sabonetes hipoalergênicos e evite o contato do focinho dele com sabão e água, para não inspirá-los. Além de secá-lo bem depois de lavado.