A qualidade de vida de muitos cães vai mudando conforme o tempo passa. Problemas de saúde que antes não existiam começam a aparecer e os pelos brancos a surgir. A velhice traz com ela mais idade e também algumas doenças ou disfunções, como a incontinência urinária.
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Esse é um problema de saúde que costuma afetar muitas pessoas na fase idosa também. A partir de certa idade (ou por alguma outra doença), o animal não consegue mais controlar a própria bexiga e passa a fazer xixi frequentemente e em lugares inapropriados. Para lidar com a incontinência urinária , coloca-se uma frauda, geralmente.
Tudo depende, na verdade, da intensidade da incontinência. Às vezes acontecem apenas alguns vazamentos de urina, com pequenos intervalos entre um xixi e outro. Ou pode ser o caso mais grave em que o cachorro realmente não para de fazer.
Essa enfermidade pode afetar qualquer cão, mas pode ter maior incidência em algumas raças. Dentre elas estão Cocker Spaniels, Springer Spaniels, Doberman Pinschers e Bob Tail. Também parece atingir mais fêmeas e já na idade avançada. As que já são castradas também podem ter maior predisposição.
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Alguns sinais como gotejamento da urina e o fato de o cachorro lamber constantemente a região da vulva e do pênis podem indicar essa disfunção. Esse problema, se agravado, pode se estender a outros órgãos, como bexiga, rins e pele onde cai a urina, provocando infecções. A caminha ou qualquer outro lugar onde o cão durma pode também ter xixi e, mesmo que não seja em grande quantidade, é importante ficar atento.
O que pode causar a incontinência urinária?
São várias as causas dessa disfunção e dificilmente o tutor consegue identificar o problema logo de cara. O ideal é levar ao veterinário e garantir um diagnóstico correto, baseado em exames específicos que costuma pedir, como ultrassom, radiografia e exame de urina. Este último rastreia possíveis infecções bacterianas no organismo. Qualquer alteração na urina e no comportamento do animal deve ser observada e descrita ao médico.
Algumas podem ser as causas dessa enfermidade:
- infecção urinária
- cálculo renal
- hérnia de disco
- efeito colateral de algum medicamento
- lesão ou degeneração na coluna vertebral
- desequilíbrio hormonal
- distúrbios anatômicos
- doenças na próstata
- ingestão de água em excesso
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Além desses vários desencadeadores, outras doenças que fazem o cachorro beber muita água (diabetes, doenças renais, etc) podem levar à incontinência.
Infecções na bexiga, disco invertebral proeminente, bem como certas anormalidades congênitas também podem entrar nessa lista.
Muitos cães castrados são propícios a sofrer com isso. Isso, porque hormônios como estrogênio (em machos) e testosterona (nas cadelas) passam por uma redução após esse processo. Como são substâncias responsáveis por tonificar os músculos do esfíncter - aqueles que controlam a passagem da urina pela uretra - a ação de fazer xixi fica comprometida e o corpo já não tem mais o mesmo controle de antes.
Pedras e tumores são outros fatores que prejudicam a saúde urinária do animal. Se a uretra é bloqueada por esses sólidos, o xixi não pode ser expelido de forma natural e aos poucos é acumulado na bexiga de forma a causar dores e desconforto. Além disso, pode causar uma infecção no cachorro.
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No caso do excesso de ingestão de água, não significa que por isso o tutor deva oferecer menos líquido para o animal. Inclusive, isso nunca deve acontecer; o pet corre o rico de ficar desidratado. Água é fundamental para a manutenção do corpo do pet.
Normalmente a quantidade extra de ingestão é percebida pelo número de vezes que o cão urina ou por exames que mostram um xixi mais diluído. Isso chama atenção inclusive para diabetes, cálculo renal e outras doenças que podem não ter nada a ver com a incontinência (ou que a longo prazo levam a ela).
O veterinário deve ser consultado antes de qualquer decisão.
Como tratar ou a incontinência urinária?
Para saber exatamente como lidar com esse problema de saúde, é fundamental saber a causa primária. O médico veterinário normalmente averigua essa questão por meio de exames de urina, que identifica as bactérias responsáveis por qualquer infecção na região da bexiga.
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Existem alguns métodos naturais que podem ser aplicados no cachorro, de forma a não envolver tantos medicamentos e sem que o animal sofra tanto. Uma dessas maneiras alternativas envolve grãos da dieta livre de inhame selvagem. É bastante benéfico por suas propriedades anti-inflamatórias e ajuda a eliminar qualquer complicação no trato urinário.
Produtos homeopáticos também são uma boa escolha. Costuma ser um tratamento bem ameno e sem sofrimento para o cão. Talvez uma das únicas do tutor é inserir o remédio no organismo do pet.
Em últimos casos, quando de fato nenhuma das opções acima funcionam, a intervenção cirúrgica pode ser proposta pelo médico. Colposuspensão e cistouretrofira são as duas cirurgias possíveis. A primeira foca em melhorar a resistência da bexiga e da uretra, para que o corpo tenha mais controle e é realizada em fêmeas. Já a segunda acontece com machos e funciona da mesma forma, só que adaptada à anatomia do cão.
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Dados mostram que esse processo funciona para aproximadamente 50% dos animais. Mas futuramente o problema de saúde pode retornar. E também são necessários alguns medicamentos para manter o efeito.
Existe prevenção?
Não tem exatamente como evitar a incontinência urinária nos animais, mas se o cachorro não passar por situações de estresse e não levar bronca quando fizer xixi em excesso, já ajuda muito. Muitas vezes a situação piora quando o animal é reprimido pelo tutor, principalmente porque no caso dessa enfermidade a culpa não é do cão e ele só precisa de cuidados e carinho.