"Não sei em qual veterinário levar meu pet": saiba como escolher um adequado

Essa é uma das dúvidas mais recorrentes dos tutores quando o pet adoece

Se uma pessoa sente uma dor no braço, por exemplo, não vai em um médico de qualquer esquina. No mínimo ela vai querer procurar um profissional apropriado para ajudá-la. Assim tem que ser com o veterinário também, o tutor deve considerar vários fatores antes de considerá-lo próprio para cuidar de seu animal.

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O diagnóstico da filariose em cães pode ser feito apenas por um veterinário
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O diagnóstico da filariose em cães pode ser feito apenas por um veterinário


É pensando assim que o tutor não deve escolher o veterinário  por ser mais próximo ou por pura comodidade. Há médicos desde excelentes até péssimos e em algum momento o seu pet pode depender da qualidade desse profissional. 

A questão da distância entre a sua casa e a clínica pode ser resolvida com um táxi ou carro de algum aplicativo. Caso esses veículos não aceitem levar cães grandes, por exemplo, chame um táxi-dog para ajudar. O dinheiro investido nisso vale a pena pela saúde do seu animal.

Mas é importante saber quais pontos são relevantes e devem ser observados em um médico. Apesar de sermos, muitas vezes, leigos nesse assunto, dá para formar uma opinião sobre o profissional apenas com algumas dicas. 

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A streptococcus só é diagnosticada a partir de exames


1. Procure referências

Consulte familiares e amigos a respeito do lugar onde costumam levar os animais e como é o veterinário. Além disso, a internet pode dar uma forcinha: poste pedidos de indicação no Facebook, pergunte para as pessoas em grupos de conhecidos e ONGs renomadas da sua cidade.

Mas não considere só isso para escolher o vet, já que a opinião das pessoas pode variar muito. 

2. Formação

Saber se o veterinário estuda e se atualiza sobre o mundo dos pets é fundamental, afinal isso define a qualidade dele. Procure informações sobre ele no site da clínica ou hospital, pergunte para quem indicou ou procure na internet. Veja os cursos concluídos e as credenciais no CFMV . Assim, você não cai naquelas pegadinhas do mal que aparecem na TV, de algum suposto veterinário que na verdade não era nada disso.

3. Experiência

Pessoas recém-formadas podem ser ótimas ainda na teoria, mas não têm muita experiência. Portanto, um veterinário que já tenha operado mais de 500 cachorros, por exemplo, é melhor do que aquele que mal começou na profissão. É claro que existem bons médicos jovens, mas se o caso é mais grave é bom buscar um especialista.

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O cachorro com leishmaniose visceral canina é considerado uma ameaça para a sociedade


4. Especialização 

Veterinários costumam se especializar em um determinado tipo de animal e é óbvio que não adianta levar um gato em um veterinário de cavalo. Mas, apesar da diferença entre cachorros e gatos parecer pequena, se o médico é especializado em cães, não é legal levar seu felino.

Além disso, existem veterinários dermatologistas, oncologistas, ortopedistas, psiquiatras, entre outros, e levar seu pet com câncer em um clínico geral  é bem arriscado.

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5. Personalidade do veterinário

Bons veterinários gostam de animais. Óbvio? Pois é, mas infelizmente muitos sequer olham a cara do seu pet. Observe como ele maneja o animal, se ele se preocupa em acalmá-lo e se ele se preocupa com o que ele está sentindo.

6. Check-up total

Ainda que o pet só esteja indo tomar vacina, um check-up deve ser pedido pelo veterinário. Algumas perguntas, inclusive, são essenciais, sobre a rotina do animal, a idade, o peso e sobre a alimentação. Apalpar o pet também pode salvar a vida dele, à medida que uma doença pode ser diagnosticada precocemente. 


Em resumo, ir ao veterinário não significa só uma conversinhar rápida e básica.

7. Como funciona a clínica

Outra questão relevante é sobre a estrutura da clínica: ela tem equipamentos próprios para uma emergência? Existem técnicos no local para ajudar ou em um caso fora do normal o médico pediria auxílio ao balconista? 

Isso pode mudar completamente o quadro em que o pet se encontra, em emergências ou casos de internação e cirurgia (castração, inclusive).

8. Veterinário em dúvida

Se o profissional não sabe como lidar com certas situações ou problemas de saúde do pet, ele precisa ter a humildade de encaminhar seu animal a um especialista mais qualificado. Ficar em dúvida sobre determinados sintomas, por exemplo, pode complicar ainda mais a situação do pet. O veterinário pode achar que é uma simples doença quando na verdade é um câncer. Uma segunda opinião, ou até terceira, pode ajudar nessa incógnita.

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É importante ficar atento para não perder dinheiro, tempo e o seu próprio pet com algum veterinário que não tem tanta experiência para avaliar certo caso.