Olá, amigos do Canal do Pet , tudo bem? Hoje eu vim falar de um assunto que traz dor de cabeça para muitos, o gato medroso. 

Um gato medroso pode estar agindo por instinto
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Um gato medroso pode estar agindo por instinto

É comum encontrar nas casas gatos que parecem demonstrar medo de tudo e de todos, e isso aflige bastante os tutores. Mas, será que se trata de um gato medroso mesmo ou é um comportamento normal destes animais?

Os felinos, de maneira geral, são animais reservados e cautelosos. Alguns deles até se escondem quando chegam visitas e só retornam ao ambiente quando têm certeza de que não existe mais nenhum desconhecido dentro de casa.

Todos são assim?

Esse comportamento é muito comum entre os gatos, porém, também pode acontecer porque o pet não tenha sido exposto a vários estímulos durante a fase de sociabilização primária . Esse período, ou seja, a apresentação de pessoas e sons ao filhote associada a coisas boas, quando ele ainda é um filhote, é muito importante para transformá-lo em um adulto mais confiante e menos medroso, mesmo que ele tenha um temperamento inseguro. Essa é uma etapa fundamental e que deve ser planejada para todos os animais de estimação.


Mas, e se ele já é adulto?

A idade adulta não significa que será impossível fazer com que o gato encare com mais tranquilidade os diversos estímulos que a vida traz.

O primeiro passo é identificar o agente causador do medo. Pode ser outro animal, barulhos ou objetos, por exemplo. Feito isso, a orientação é oferecer sempre a oportunidade de um refúgio, que pode ser uma caixa de transporte ou locais específicos da casa, como prateleiras no alto com módulos que se parecem tocas, por exemplo.

Vale estimular o gato a descansar e a permanecer nesse lugar, com o uso de petiscos, brinquedos ou outra coisa que ele goste bastante . Dessa forma ele vai aprender que aquele lugar é ótimo para ficar. Gatos tendem a se sentir mais seguros nas situações cotidianas em geral se têm à disposição locais, esconderijos para onde podem escapar caso desejem.

Treinos para os estímulos que causam medo

Agora é hora de pensar nos fatores que geram medo e introduzi-los de forma controlada.  Sim, é importante atenção nessa fase, para que o estímulo esteja a uma distância que não gere susto ou apreensão excessiva. Por exemplo, bater de leve uma porta de outro cômodo.

Quando o estímulo acontece, devemos oferecer ao gato um petisco que ele goste bastante e se ele mantiver calmo (ou seja, comendo tranquilamente), pode-se aumentar aos poucos o estímulo. As sessões devem ser curtas para não se correr o risco de estresse excessivo. 

É importante observar o comportamento e retroceder sempre que o gato se mostrar agitado ou receoso. Com o tempo e com a ajuda das associações positivas, será possível conseguir aproximar o agente causador do medo, sem que o gato saia correndo. O importante, no entanto, é respeitar o limite de cada animal.


Medo de todo mundo

Temos também aquela situação com a qual muitos tutores se deparam quando chega a visita: o gato simplesmente desaparece! Um erro muito comum é ir atrás dele, pegá-lo no colo e levar até a visita, para que ela faça carinho. Do ponto de vista do gato, isso pode ser apavorante.

Por isso, o indicado é que a visita pegue um petisco na mão (deixando seu cheiro ali) e coloque perto do lugar onde o gato está escondido e vá embora. Com o tempo, a tendência é que ele passe a associar a chegada de visitas e aqueles cheiros de pessoas novas com o petisco que foi deixado, mesmo que ele coma depois. E, assim, comece a se interessar cada vez mais em ir dar uma olhada nas pessoas que acabam de chegar.

Se o problema do gato medroso for muito extremo, vale a pena consultar um profissional especializado em comportamento, que vai poder auxiliar nas medidas que são mais adequadas para a situação.

Um abraço,

Alexandre Rossi. 

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