As Festas Juninas chegaram e vem aquecendo o coração do público que esperava ansioso pelas festividades. Com diversas comidas típicas, danças tradicionais e um estilo estético próprio, a celebração é um prato cheio para a diversão. Porém, para alguns tutores, ela pode se tornar um problema devido aos sons de fogos, rojões, biribinhas e demais efeitos sonoros que podem incomodar os cães.
De acordo com a médica veterinária Marina Tiba, “a audição do cão é mais aguçada do que a nossa. Por isso, o estrondo dos artefatos é extremamente incômodo para o pet”.
Quando o animal ouve o barulho, ele pode apresentar uma mudança de comportamento que indicará medo e ansiedade, como se esconder, tremer, salivar excessivamente, se manter grudado ao tutor, respiração ofegante, latidos e choramingos. Há casos mais extremos, com automutilação e tentativas arriscadas de escapar de casa.
"Dependendo da região onde o animal mora, os sons podem ser frequentes e ficarem ainda mais próximos dos animais e isso pode trazer riscos para o bem-estar e para segurança do pet. Quando os artefatos explodem muito próximos ao cão, pode acontecer inclusive danos à audição dele. Em casos mais extremos, a fobia pode levar o animal a óbito”, afirma a especialista.
Entretanto, a veterinária explica que há métodos que podem ajudar a conter esses desconfortos, com o tutor trabalhando para manter a saúde do cão em dia.
"Caso o tutor perceba que haverá uma queima de fogos próxima da residência, o ideal é levar o pet para um ambiente mais tranquilo onde o som possa ser abafado o máximo possível. Outro ponto de atenção é respeitar o comportamento do cão. Alguns animais podem se esconder embaixo das camas, por exemplo. Caso isso ocorra, o tutor não deve tentar retirá-lo, pois isso aumenta o estresse e medo. É importante esperar e respeitar o tempo do pet e oferecer um ambiente com brinquedos e alimentos positivos para ele”.
Os animais interpretam os barulhos dos fogos de artifício como uma ameaça, algo fora da rotina que desperta pânico. É comum que os cães se escondam, e em casos graves, a fobia pode até provocar a fuga ou causar acidentes domésticos. A presença do tutor nesses momentos pode ser uma ferramenta eficaz para tranquilizar o pet.
Caso a presença do tutor não seja possível, é indicado que o animal fique em um ambiente restrito e seguro, onde o som possa ser abafado. Isso ajuda a minimizar o estresse e garante a segurança do pet durante os momentos de maior barulho e agitação.