
Se a aparência “fofinha” do gato parece normal para muita gente, veterinários garantem que essa percepção pode mascarar problemas sérios.
Um novo guia divulgado pela veterinária Dayenne Pirozi busca ajudar tutores a identificar quando o pet está no peso adequado e quando é hora de acender o alerta.
Ela dá orientações simples para avaliar a condição corporal dos felinos, desde sinais de magreza até indícios de sobrepeso e obesidade. Segundo a profissional, muitos dos primeiros indícios passam despercebidos no dia a dia.
"Esse tipo de avaliação é exatamente o que fazemos no consultório”, explica.
Entre os pontos destacados está a famosa “pochete felina”, frequentemente vista como algo natural, mas que pode indicar acúmulo de gordura.
Ela ainda chama atenção para complicações associadas ao excesso de peso, como diabetes, lipidose hepática, artrose e até redução da expectativa de vida em cerca de dois anos.
A observação frequente do corpo do gato é essencial para prevenção. Ela recomenda que tutores armazenem o conteúdo e o consultem sempre que necessário.
“É um cuidado simples que faz muita diferença”, afirma.
Gatos magros
No nível mais baixo da escala corporal, o gato é considerado magro. As vértebras lombares e as costelas se destacam ao toque, e a cintura é facilmente visível de cima.
Vista lateralmente, a silhueta forma um triângulo acentuado, com pouco ou nenhum acúmulo de gordura. Segundo o guia, essa condição costuma ser mais frequente em gatos de rua e exige atenção do tutor quando observada em animais domésticos.
Corpo ideal
O escore considerado perfeito revela um gato bem proporcionado, com o dorso suave e formato corporal oval. Há uma pequena quantidade de gordura entre a pele e os ossos, o suficiente para proteger sem comprometer a mobilidade.
A região ao redor do cóccix é cheia, mas não excessiva, e o abdômen não apresenta volume aparente. Esse é o padrão que veterinários utilizam como referência para definir o peso saudável.
Sobrepeso
Nos gatos com sobrepeso, as costas e a área do cóccix apresentam maior preenchimento, indicando acúmulo moderado de gordura. Embora a “cintura” ainda possa ser vista ao olhar de cima, o tronco se mostra mais largo.
Em visão lateral, o abdômen tende a pender levemente, e as costelas só são percebidas com pressão. O guia destaca que esse é o momento ideal para iniciar ajustes na rotina alimentar e estimular atividades que promovam perda de peso.
Obesidade severa
No escore mais alto da escala corporal, o gato é classificado como obeso. O guia mostra que há grande acúmulo de gordura no dorso e na região da cauda, impedindo a percepção de qualquer estrutura óssea ao toque.
De cima, a silhueta perde totalmente a linha de cintura e assume formato arredondado. Na visão lateral, o corpo fica alargado, com abdômen volumoso e um retângulo evidente de gordura na área abdominal, sinais claros de obesidade severa e de maior risco para problemas de saúde.