Cadelas e gatas também precisam de cuidados especiais
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Cadelas e gatas também precisam de cuidados especiais


O câncer não é uma realidade distante do mundo animal. Nos consultórios veterinários, a doença aparece com mais frequência do que muitos tutores imaginam, especialmente entre as fêmeas.

De acordo com o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), o câncer de mama afeta cerca de 45% das cadelas e 30% das gatas. Apesar dos números preocupantes, ainda há quem acredite que o diagnóstico seja sinônimo de sentença.

Para o veterinário Nazilton De Paula Reis Filho,  é preciso mudar essa visão.
“O risco é maior nos animais mais velhos, mas cães e gatos jovens também podem desenvolver câncer. A genética e o ambiente influenciam o surgimento da doença em qualquer fase da vida”, explica o profissional.

A conscientização, segundo ele, deve começar com informação. Exames periódicos e consultas de rotina são as principais ferramentas para detectar alterações antes que o quadro evolua.

Ainda assim, há muitos equívocos que persistem e que colocam em risco a saúde dos pets. Confira cinco mitos comuns sobre o câncer em animais de estimação:

Câncer não é uma sentença de morte para o pet

Com os avanços da oncologia veterinária, o diagnóstico de câncer deixou de significar o fim da linha. Hoje, há tratamentos eficazes em diferentes estágios da doença, capazes de oferecer qualidade de vida e tempo extra aos animais.

“Sempre vale a pena tratar, mesmo se o animal estiver mais idoso. Muitos pets respondem muito bem aos protocolos disponíveis”, reforça o veterinário.

Só tumores grandes precisam ser removidos

O tamanho do tumor não determina sua gravidade. Mesmo formações pequenas podem ser malignas e exigem avaliação profissional.

A cirurgia continua sendo uma das principais opções terapêuticas e pode, inclusive, aumentar as chances de cura.

A quimioterapia faz o animal sofrer

Ao contrário do que muitos pensam, os pets toleram bem os tratamentos oncológicos.

“Diferente dos humanos, cães e gatos costumam apresentar poucos ou nenhum efeito colateral. Na maioria dos casos, continuam comendo, brincando e dormindo normalmente”, explica o Dr. Nazilton.

A quimioterapia pode ser usada isoladamente ou como complemento à cirurgia e radioterapia, controlando o avanço e a recidiva do tumor.

O tratamento acelera a doença

Não há qualquer evidência de que tratar o câncer possa piorar o quadro. Pelo contrário, terapias bem indicadas controlam o tumor, aliviam sintomas e melhoram a qualidade de vida, mesmo em casos avançados.

O tratamento é sempre muito caro

Atualmente, há protocolos acessíveis e adaptáveis à realidade de cada tutor. O ideal é discutir com o veterinário as alternativas disponíveis e encontrar o plano de tratamento mais adequado ao animal.

Combater a desinformação é o primeiro passo para proteger os pets.

“Se você suspeita que seu animal esteja doente, agende uma consulta e busque orientação profissional”, conclui o especialista.

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