Engasgo em cães: veterinária alerta para riscos e sinais iniciais

O problema pode evoluir rapidamente para uma parada respiratória

O dono precisa tomar alguns cuidados para manter o peso ideal do cachorro ou do gato e evitar a obesidade
Foto: Reprodução/Instagram
O dono precisa tomar alguns cuidados para manter o peso ideal do cachorro ou do gato e evitar a obesidade


O engasgo em cães é considerado uma das situações mais perigosas dentro das clínicas veterinárias e, muitas vezes, ocorre de forma silenciosa.

O problema acontece quando há uma obstrução nas vias respiratórias, o que pode evoluir rapidamente para uma parada respiratória. Segundo a médica veterinária Fernanda Binati,  em entrevista do iG Pet, os tutores precisam  estar atentos.

“O animal pode apresentar dificuldade para respirar e, em casos graves, chegar a uma parada respiratória. O bloqueio das vias aéreas acontece rápido, e cada segundo conta”, alerta.

Sinais

De acordo com Fernanda, os sintomas de engasgo são relativamente claros, embora nem sempre reconhecidos imediatamente pelos tutores.

“A língua roxa, respiração difícil e taquicardia são sinais de alerta. Quando isso acontece, não dá para esperar: o tutor precisa agir com urgência.”

Alguns cães apresentam maior predisposição ao problema. Os braquicefálicos, com focinho curto, como pug e bulldog, e os cães de porte miniatura estão entre os mais vulneráveis.

“Esses pets exigem atenção redobrada, especialmente durante brincadeiras e alimentação”, reforça a veterinária.

O que costuma provocar os engasgos?

Segundo a especialista, os casos mais comuns estão relacionados ao consumo de petiscos em formato de ossinhos e brinquedos cilíndricos ou em formato de palito. O tamanho inadequado aumenta ainda mais o risco.

“Quanto menor o objeto, maior a chance de se alojar na traqueia do animal”, explica.

Adotar um pet: dicas essenciais para a alimentação correta
Foto: Reprodução/freepik
Adotar um pet: dicas essenciais para a alimentação correta

Por isso, Fernanda recomenda que brinquedos ou petiscos nunca sejam oferecidos sem supervisão. Ela ainda orienta que, em caso de engasgo, a primeira ação deve ser buscar atendimento veterinário imediato.

“A manobra deve ser realizada da maneira correta, dependendo de onde o objeto está preso. Em alguns casos, a manobra de Heimlich pode até piorar a situação se feita sem conhecimento técnico”, explica.

Ela também faz um alerta sobre atitudes que podem agravar o quadro.

“Não ofereça água nem comida, e jamais tente retirar o objeto com a mão. Isso pode empurrar ainda mais e complicar a situação.”

Mesmo que o animal aparente estar bem após o engasgo, a recomendação é levá-lo ao veterinário.

“Pode haver lesões internas ou até restos do objeto nas vias respiratórias. Por isso, a consulta veterinária é indispensável”, afirma.

Prevenção 

Ainda não existem treinamentos acessíveis ao público leigo para lidar com esse tipo de ocorrência, apenas cursos de auxiliar veterinário ou de medicina veterinária abordam o tema. Diante disso, a prevenção se torna o melhor caminho.

“Esteja sempre atento durante a alimentação do seu pet, escolha bem os petiscos e redobre o cuidado com filhotes. Eles são curiosos e tentam comer qualquer coisa”, finaliza a veterinária.