Cachorra que sobreviveu a enchente no RS se adapta em lar em SP
Reprodução/EPTV
Cachorra que sobreviveu a enchente no RS se adapta em lar em SP

A cachorra Luna vive uma nova fase em São Carlos, no interior de São Paulo, após sobreviver a uma enchente histórica em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. O animal ficou 10 dias sobre um telhado, fugindo da água, até ser resgatado por voluntários em maio de 2024. A cadela foi adotada meses depois em uma feira em São Paulo, promovida pelo Instituto Luisa Mell.

Em entrevista à EPTV de São Carlos e Araraquara, a tutora do animal explica como ela está um ano após o resgate. Luna convive com uma nova família e passa por processo de recuperação física e emocional. A tutora, Paola Goulart Rosa, afirmou que a adaptação tem sido positiva e cheia de avanços.

Quando chegou em casa, Luna demonstrava medo de água, chuva e sons altos. Era insegura, vivia no colo e tremia com frequência. “Ela ficou 10 dias em cima de um telhado, veio muito magra, ficou em tratamento para ser adotada”, contou Paola.

Tratamento e acolhimento marcaram o início da nova fase

A enchente no Rio Grande do Sul deixou 183 mortos e mais de 20 mil animais em abrigos. O governo estadual lançou, em agosto de 2024, uma plataforma para incentivar a adoção de cães e gatos resgatados. Luna foi uma das vítimas atendidas por ONGs após perder contato com antigos tutores.

Segundo Paola, o resgate aconteceu após as chuvas baixarem. Equipes de São Paulo e Rio de Janeiro conseguiram acessar áreas alagadas e retirar diversos animais com barcos. Luna estava desnutrida e passou dois meses sob cuidados veterinários antes de ser disponibilizada para adoção.

A tutora relatou que o convívio com outros dois cães da casa ajudou no processo de ressocialização. Aos poucos, Luna começou a imitar os hábitos das outras cadelas. Hoje, já corre, late para ganhar carinho e abana o rabo quando vê alguém da família chegando.

Apesar dos avanços, Luna ainda apresenta receio em dias de chuva ou na hora do banho. 

Paola contou que o primeiro banho foi tenso. “Ela ficou tão assustada e encolhida que fiquei com medo dela passar mal e não confiar mais em mim”, relatou. Hoje, os banhos são feitos com água morna, em dias quentes, e sem uso de secador, que ainda assusta a cadela.


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