Datas comemorativas também são uma desculpa - ou não - para presentar um ente querido. Chocolates e flores são exemplos comuns para fazer a pessoa amada feliz. Os animais de estimação também são uma opção de mimo, no entanto, é preciso alguns cuidados antes de agradar alguém, principalmente os mais jovens.
No Dia das Crianças , celebrado neste sábado (12), por exemplo, é comum presentar os pequenos com algo mais peculiar: animais exóticos . Em entrevista ao Canal do Pet, o veterinário, Marcel Lucena explicou que essa prática é recorrente entre os pais, no entanto, ele ressalta a importância de cuidar do bicho. "Às vezes muitas pessoas dão animal como presente para criança e deixa responsabilidade com o pequeno. Quem paga por isso são os animais", pontua.
O pós-graduado clínica e cirurgia de animais silvestres, também frisou que o cuidado é dever dos pais. "A responsabilidade não vai ser dela [da criança], vai ser o adulto. Ela vai ter a interação com o animal, mas não vai cuidar dele". Lucena ainda desencoraja presentea-los com seres vivos. "As pessoas dão um coelho na Páscoa e deixa que a criança cuide do animal. Ela não cuida direito e [pode] vê-lo como um brinquedo. Animal não é brinquedo", explica.
Pets para ter em casa
Embora não recomendado pelo veterinário, Lucena lista cinco animais que podem ser mais fáceis de lidar e que, caso sejam escolhidos para serem pets da família, podem ter uma boa relação com as crianças.
O twister , o tipo mais conhecido de rato de estimação, e que segundo o profissional, possui relações mais afetivas com crianças. "Dificilmente, ele é agressivo ou morde. A parte mais legal é que é muito interativo, aprende truques e gosta de carinho".
"Infelizmente, existe preconceito por ser um rato. Mas ele é um dos animais mais interessantes para criação. E tem essa questão de interação afetiva, de carinho. Por isso, indico bastante. A criança aprende a viver com o animal", explicou.
Outra opção é o porquinho-da-índia . Por ter uma grande variação de cores e ser engraçado, os pequenos geralmente tem uma boa relação com esse animal. "Eles interagem, apesar de ser um animal medroso. Em um contato inicial, ele tem medo da criança. Com o tempo, [o animal] reconhece o dono chegando perto, interage e brinca. Ele é super manso".
O coelho também é lembrado quando se fala de pets mais amigável. "Tendo seus cuidados de manejo realizados, é um animal que geralmente convive muito bem com as crianças".
Já no mundo dos animais exóticos, o dragão-barbudo , lagarto australiano, é indicado por ser "extremamente manso". "É um animal muito tranquilão. Ele é mais paradão e gosta de ficar na mão da criança. Quando levo nos colégios [para aula de Educação Ambiental], ele nunca morde".
"Dos animais que eu citei, é o mais manso", frisou. "Por ser um réptil, ele tem várias exigências de criação e de ambiente que deve ser estudado".
Por último, a serpente africana píton bola (python ball) também é uma recomendação. "Ela não tem hábito de atacar e nem morder. Quando ela se sente com medo, ela vira uma bola. É uma forma de proteção. Geralmente, ela não tem o costume de ser agressiva".
Lucena reforçou a importância do manejo de criação: assim como o dragão-barbudo, a serpente precisa de um ambiente que seja de acordo com as suas especifidades. "Não existe cobra agressiva. Por medo, ela acaba atacando. É excelente para a criança ver que não precisa ter medo da serpente. É um animal super manso e indicado", garante.
Animal não é brinquedo
Apesar de serem opções para presentear, o veterinário defende que entregar um bicho para uma criança se responsabilizar não é o mais recomendado. "Não é um presente para criança. Tem que ter todos os cuidados com um médico veterinário especializado. Se comprar, leve o pequeno na consulta, para a criança criar um senso de responsabilidade e cuidado", concluiu.
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