A Organização Meteorológica Mundial (OMM), agência especializada que integra a Organização das Nações Unidas (ONU), divulgou recentemente que o ano de 2023 foi o mais quente já registrado em 174 anos, e que 2024 terá índices ainda mais preocupantes. Se para nós, seres humanos, o calor já é difícil, imagine para os pets?
No verão não são raros os atendimentos veterinários tendo a alta temperatura ou o sol forte como motivo da ida ao consultório. Há, porém, cuidados que podem ser feitos em casa que minimizam a necessidade de ajuda profissional. Bruno Marcelo Rodrigues, médico veterinário da dr. Hato, explica quais são eles, e o que você pode fazer para ajudar seu pet nesses períodos de altas temperaturas e muito sol.
“É fundamental, tanto para a gente quanto para os pets, permanecer hidratado. Ou seja, manter água fresca à disposição. Se por acaso o tutor deixa o dia inteiro o mesmo pote de água, é interessante trocar uma, duas, três vezes", explica Bruno.
Outra ideia é colocar um cubo de gelo ou petiscos congelados. Pode também pegar o sachê, colocar em forminhas de gelo e oferecer. "Eles adoram", diz o especialista. "Isso ajuda a manter a hidratação melhor”, pontua.
“É recomendado evitar no horário que o sol está mais forte: de 10h às 16h. Dá para estender este horário um pouco mais, porque tem dia que o sol já está forte às 7h. Então na hora de sair é preciso ter consciência, prestar atenção se não está muito quente. Pode ser mais interessante esperar um pouco mais para que o pet vá usar o banheiro do que expô-lo ao sol quando está muito calor”, indica o médico.
"As patas são extremamente sensíveis, e é onde os pets não têm pelo para se proteger. Uma forma de saber se é seguro para o cão pisar é colocar o pé descalço no asfalto. Se você conseguir ficar por bastante tempo, o pet também consegue. Infelizmente é muito comum a gente receber pacientes com queimaduras nas patas por conta de passeios em que o tutor não se preocupou com isso”, conta Bruno.
Bruno também pede atenção aos pets que ficam nas áreas externas das casas. “Se o pet fica do lado externo o dia inteiro, precisa existir sombra para quando ele não queira ficar no sol. É preciso, portanto, ter sombra e água fresca”.
“Muita gente não sabe que não é legal tosar o cão em época de muito sol. O pelo serve de proteção ao frio, mas também como isolante térmico, evitando que esquente demais. Então se a pele fica em contato direto com o sol, sem a proteção do pelo, consequentemente ela esquenta demais e o pet sente mais calor. Tosar um pouco, tudo bem. Tirar totalmente não é legal”, ressalta o médico veterinário.
“Tudo isso serve para que nossos pets fiquem mais refrescados nesse calor todo. Cabe o bom senso. Se a gente não consegue ficar num ambiente de calor sem passar mal, nossos cães e gatos também não conseguem. Água fresca e petisco congelado são indispensáveis e, em qualquer dúvida, levar ao veterinário”, finaliza Bruno.
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