O Ibama esclareceu em nota que a capivara Filó não será devolvida ao dono, o tiktoker Agenor Tupinambá. A decisão judicial apenas autoriza que integrantes da Comissão de Proteção aos Animais da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas acompanhem os trabalhos relacionados ao animal resgatado no Centro de Triagem de Animais Silvestres.
A organização afirmou que o objetivo é devolver o animal para a natureza. A entrega do bicho ao Ibama causou discussão nas redes sociais.
"É falsa a informação divulgada neste sábado (29/4) em redes sociais de que haveria decisão judicial determinando a devolução de uma capivara ao infrator Agenor Tupinambá. O animal havia sido entregue ao Ibama na última quinta-feira (27/04) e está sob cuidados no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) de Manaus. Agenor foi autuado em R$ 17 mil por diversos crimes ambientais, entre eles matar espécie da fauna silvestre (preguiça real), praticar abuso (capivara) e manter em cativeiro para obter vantagem financeira (capivara e papagaio)", informou o comunicado.
Na sequência, eles explicaram. "Decisão judicial publicada na tarde deste sábado apenas autoriza que integrantes da Comissão de Proteção aos Animais da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam) acompanhem os trabalhos no Cetas relacionados à capivara resgatada. A deputada Joana Darc foi ao local, observou o animal e divulgou informação falsa de que haveria vacinas vencidas. O protocolo clínico veterinário determina que não se imuniza animais silvestres".
Por fim, eles comentaram sobre a multidão de pessoas que marcaram presença no local para pedir a devolução de Filó para Agenor.
"O objetivo do Ibama após avaliação técnica é devolver a capivara à natureza garantindo o seu bem-estar e o cumprimento da lei. Os Cetas funcionam como unidades para tratamentos e reabilitação de animais vítimas do tráfico ou resgatados. O Cetas-AM é especializado na reabilitação e soltura do sauim de coleira, espécie que só ocorre em Manaus e está ameaçada de extinção. É um trabalho delicado e longo. Movimentação de pessoas no local, como ocorreu neste sábado, pode prejudicar a reabilitação, retardando o processo e causando estresse desnecessário a animais que já passaram por bastante sofrimento", concluíram.