Há quase dois anos a bióloga Bruna Lopes, de 23 anos, resolveu abrir um espaço de banho e tosa em Taubaté, São Paulo, e desde então, a jovem está acostumada a conviver com cães e gatos de todos os tamanhos, mas na última quarta-feira (1) ela recebeu um pedido incomum.
Quando atendeu o telefone do espaço, Bruna estava à espera que fosse um dos seus clientes habituais ou um novo agendamento. No entanto, do outro lado da linha estava Anderson Alves com uma dúvida: ele queria saber se o BruPet, nome do espaço de Bruna, dava banho e tosava lhamas.
A princípio, Bruna teve receio, mas resolveu aceitar o desafio de dar banho no Alfredo. “Normalmente, atendo mais gatos e cachorros. Essa foi a primeira vez que cuidei de uma lhama e foi bem legal”, disse ela ao G1. “Fiquei com medo e assustada, porque são meio agressivos, mas foi super de boa. Na verdade, a lhama foi super carinhosa e dava beijos”, acrescentou.
Para a tosadora e bióloga, a parte mais complicada foi o peso da lhama. “Coloquei o animal na mesa e na banheira, mas foi muito difícil”, pontuou.
Num vídeo compartilhado nas redes sociais, é possível ver a calma de Alfredo enquanto Bruna e outra funcionária tosam o seu pelo. Em seguida, quando já estava pronto, a lhama ficou deitada na porta, vendo o movimento lá fora, à espera do seu dono, que desembolsou R$ 200 pelo serviço.
Anderson Alves, dono de Alfredo, disse que sempre sonhou em ter um animal como ele. “Por um desejo pessoal sempre quis ter uma lhama e tentei várias vezes, em sete oportunidades. Até que consegui comprar e é um animal muito dócil, às vezes muito mais do que um cão, por exemplo”, disse.
Além do sítio que administra, o proprietário resolveu abrir uma escola que segue a pedagogia Waldorf, baseada nos estudos do filósofo austríaco Rudolf Steiner, cujo principal objetivo é incluir a arte e o contato com a natureza no currículo. Segundo Anderson, as crianças precisam ter uma educação que esteja conectada com todos os meios e seres vivos, como os animais.
“A pedagogia Waldorf é ligada à terra e aos animais. Começamos a perceber e aprender que o animal também é um ser vivo, que precisa ser tratado com respeito. E com isso, até mesmo os pelos da tosa que fizemos serão reutilizados para trabalhos manuais, como lã e enchimento de bonecos”, afirmou.
Essa foi a primeira vez que o proprietário levou Alfredo para tosar. No entanto, ele não é a única lhama que tem, pois Anderson é também dono de outros dois filhotes e quando eles crescerem, Anderson cogita aumentar a família.
Segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), lhamas são animais domésticos no Brasil, por isso, dispensam autorização para criação ou comercialização.
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