No imaginário popular, gatos e ratos são inimigos. Até o programa infantil “Tom & Jerry” mostra a “verdadeira natureza” dos gatos e dos ratos, que são considerados superinimigos desde sempre, enfatizando a cresça de que os felinos foram criados como predadores e os roedores, como presa.
Porém, a ficção pode ser muito diferente da realidade, como é o caso da gata Perseya com o rato Filya, que provam que nem sempre os estereótipos são seguidos à risca, pois eles se amam.
Nascida em maio de 2020, Perseya vivia num alojamento local onde os felinos não eram alimentados, pois ficavam soltos para caçar roedores. Até os dois meses, a gata viveu como uma caçadora. “Um dos gatinhos cresceu, ficou nesta casa e tornou-se caçador de ratos. O segundo foi levado para outro alojamento para apanhar ratos. Já Perseya, foi adotada por nós”, começa por contar à PiT a tutora Irina Kamenskaya, de 48 anos.
Irina já era tutora do gato Barsa, de três anos, e dos ratos Kuzya e Tishka. E apesar de Perseya ter sido criada como uma gata caçadora, a tutora não se importou. “Muitas vezes as pessoas questionavam a minha decisão de trazer um gato caçador de ratos para casa, com medo de que ela os matasse”, conta. Mas desde o início, sabia que a pequena era diferente.
O gato Barsa, porém, não aceitou a “irmã” felina. Embora Perseya tentasse conquistá-lo, era sempre rejeitada. “Ela tentava deitar-se ou brincar ao pé dele, mas ele afastava-a sempre”, diz. Para a surpresa da tutora, foi o rato Kuzya que fez a gata sentir-se bem-vinda.
Houve um dia em que o roedor correu em direção a Perseya e nunca mais a largou. “Ela deitava-se com ele na gaiola, comia do seu recipiente e queria repetir tudo o que ele fazia”, conta. Mas a amizade não durou muito tempo. No ano seguinte, Kuzya morreu. Para preencher o vazio, em janeiro de 2022, Irina resolveu adotar um novo rato: o pequeno Filya.
“Ele tinha cerca de um mês, era tão pequeno que cabia na palma da minha mão”, recorda. “Desde o início, ficou claro que ele era um rato muito corajoso e curioso. Dei-lhe para Perseya cheirar e ele tentou de imediato ir até ela”. No entanto, nos primeiros dias, Filya vivia na gaiola, acostumando-se com os outros companheiros. Até que, certo dia, tudo mudou. “Assim que abri a gaiola, ele correu não para os outros ratos, mas direto para Perseya”.
Atualmente, além de Filya, Irina é dona de Styopa e Romeo. Mas para Filya, a companhia da gata Perseya é a única que importa.
“O que Filya mais gosta de fazer é correr até Perseya, roê-la, beijá-la toda, limpar as suas patas, o seu rabo e as suas orelhas”, afirma. “Mesmo quando ela se cansa dele e sai, ele costuma correr atrás dela. Quando ela vai para a cama, ele vai até ela e tenta enterrar-se no seu pelo. Eles também adoram correr atrás de cordas. Ele não precisa dos outros ratos”, pontua.
A tutora Irina Kamenskaya adotou o seu primeiro rato em 2017, logo depois do gato Barsa chegar à família. “O Barsa estava entediado e resolvi arranjar-lhe um amigo. Ele adorava vê-lo correr na sua jaula”, diz à PiT. Desde então, a tutora começou a ter um maior interesse pelos roedores e após várias pesquisas, descobriu que eles não devem viver sozinhos, mas sim, em grupos de pelo menos três.
Ao longo dos anos, sempre que um de seus ratos morria, adotava um novo, visto que os roedores costumam ter uma expectativa de vida curta, entre os dois e quatro anos.
E mesmo depois de um tempo, hoje em dia, o gato Barsa ainda continua mantendo distância de Perseya. E os outros dois ratos da família, contentam-se em brincar só na gaiola. Perseya e Filya, por outro lado, conquistam o mundo e são inseparáveis. No TikTok, a dupla já totaliza mais de 147 mil seguidores.
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