Nos anos de 2019 e 2020, a Austrália passou por diversos incêndios florestais e entrou em estado de emergência. Diante da catástrofe, um cachorro de resgate chamado Bear conseguiu salvar mais de 100 coalas. Por esse motivo, ele ganhou uma medalha de honra e bravura no Reino Unido.
O Coolie Australiano de seis anos recebeu a honraria na última terça-feira (12) pelo Fundo Internacional para o Bem‑Estar Animal (IFAW, na sigla em inglês) com cerimônia na Câmara dos Lordes. Bear e sua equipe aceitaram a medalha por videoconferência. Além dele, um cão da raça Cockapoo chamado Jasper foi honrado como Animal do Ano por ter dado apoio aos funcionários da rede pública de saúde do Reino Unido durante a pandemia.
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A tutora de Bear, Romane Cristescu, não poupou elogios ao cão e disse ao Daily Mail que ele vai ganhar muito tempo para brincar e carícias para somar ainda mais ao prêmio. “Ele tem sido um garoto muito bom ao nos ajudar a encontrar e resgatar muitos coalas, especialmente durante os incêndios. Mas ele trabalha ao longo do ano todo nos ajudando a montar um lugar seguro para os coalas”, afirmou.
A história de Bear nem sempre foi de glórias, já que o cão foi abandonado por seu antigo dono por ter Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), o que fez com que ele se tornasse inapto a brincar com outros cães. Seu transtorno mental o tornou um candidato ao programa de Detecção e Conservação de Cães da Universidade em Sunshine Coast, na Austrália.
Lá, o cãozinho foi treinado para detectar o cheiro dos pelos dos coalas. Ele é o único cachorro no mundo inteiro a ter esse treinamento e apto a reconhecer os rostos dessa espécie.
Estima-se que os incêndios comprometeram a área de 24 milhões de hectares das florestas australianas e três bilhões de animais foram mortos. Durante os incêndios, Bear detectava o cheiro dos animais que estavam em árvores e foi treinado para derrubá-las silenciosamente para não causar danos ao habitat dos coalas. Assim, ele auxiliava a equipe a encontrar os bichinhos que poderiam precisar de alguma assistência médica. “Ele encontrou as coalas apesar das piores condições. Isso nos trouxe esperança”, afirmou Josey Sharrad, ativista da IFAW.