Emerson Lima, motorista da Uber, nunca imaginou que adotaria uma cachorra em uma corrida. Ao buscar uma passageira em Copacabana, no Rio, ele soube que a dona iria sacrificar a cadela. Comovido, ele resolveu adotar o bicho.
Segundo o motorista, de 39 anos, a corrida foi estranha desde o início. "Antes de eu chegar ela perguntou se podia levar um pet. Perguntei se era grande, ela respondeu: 'é quietinha'".
No caminho, o motorista ouviu a dona do animal dizendo no celular que estava decidida a algo, e que era para “dormir e não acordar mais”. “Nessa hora pensei que podia ser alguma coisa com a cachorra”, lembrou Emerson.
Ao puxar conversa com a mulher, o motorista descobriu que o animal estava doente, que o tratamento seria caro e que, por isso, seria sacrificado. “Foi quando falei: a senhora não dá o cachorro para mim? Ela disse que iria pensar, mas, segundos depois, falou que era meu”.
Após isso, Emerson retornou a corrida para a casa da passageira, que lhe deu os pertences do pet e afirmou que não queria mais notícias da cadela.
Rebatizada de Vida, o motorista voltou para casa para apresentá-la à sua nova família. “A gente mora de aluguel em uma quitinete na comunidade. Até fizemos uma vaquinha para ajudar nos custos e quem sabe alugar um espaço maior, porque a Vida é muito grande. Assumi esse compromisso, gastei dinheiro, mas ela está viva. Parece que ela sabe que eu a salvei. Onde eu vou, ela vai”, finalizou. Essa matéria contém informações da Folha.