4 principais tipos de coceiras em cachorros

Veja as causas desse problema e quando procurar ajuda veterinária para tratá-lo

4 principais tipos de coceiras em cachorros
Foto: A coceira é um processo natural dos cães, mas o tutor deve ficar atento (Imagem: Julia Zavalishina | Shutterstock)
4 principais tipos de coceiras em cachorros

Popularmente conhecido como comichão ou coceira, o prurido é um incômodo rápido que aparentemente não oferece risco à saúde dos cães. No entanto, quando se torna exagerado, acompanhado de alterações físicas e comportamentais, pode ser um sinal para o tutor procurar ajuda veterinária.

Embora seja um processo natural dos cães, que serve como autoproteção para afastar insetos e outros elementos, o médico-veterinário e docente do curso de Medicina Veterinária da Faculdade Anhanguera, Adolfo Santos, afirma que o incômodo ao se coçar pode indicar o princípio de doenças.

“É muito comum o animal se coçar, lamber, mordiscar ou se esfregar. Pode ser que o cão esteja apenas se limpando, ou com um leve incômodo na pele. Se o tutor notar que esse hábito está acontecendo com mais frequência que o normal, é preciso ligar o alerta”, explica.

Para isso, é importante ficar atento a alguns sintomas. “O bem-estar do pet está atrelado à saúde da pele e dos pelos que, para uma aparência saudável, precisam estar brilhantes e macios. Porém, se apresentar queda, pele seca ou oleosa, ou lesões cutâneas, o médico-veterinário deve ser consultado o quanto antes”, acrescenta Adolfo Santos.

A seguir, conheça os tipos de coceiras mais comuns em cachorros!

1. Coceira por ectoparasitas  

O motivo mais comum de coceira entre os cães são os ectoparasitas, como pulgas, carrapatos e piolhos. Apesar de acontecer com frequência e ser de fácil prevenção, o tutor deve estar atento para qualquer intercorrência, pois esses parasitas costumam picar e se alimentar do sangue do animal, e podem transmitir doenças como virose, além de vermes capazes de causar reações alérgicas.

2. Coceira por ácaros  

Diariamente dividimos o lar com seres que não é possível enxergar a olho nu, como o ácaro. Para mantê-lo longe de casa, é necessário também higienizar os itens e acessórios dos pets . A sarna, por exemplo, é uma doença contagiosa causada por um tipo de ácaro que ataca a pele, gerando lesões e coceira. O principal sinal desse problema é a perda de pelos, vermelhidão, inflamação da pele, feridas e mau cheiro.

3. Coceira alérgica  

A coceira alérgica pode ter diversas origens e é um dos principais motivos de visitas ao veterinário. As reações mais comuns entre os pets são as alergias alimentares, de contato e atópicas. Geralmente, acontecem pela troca de ração ou contato com produtos químicos, como shampoo e condicionador, além de plantas e insetos.

4. Coceira por ansiedade e estresse  

Não muito distantes dos humanos, os cachorros também sofrem de ansiedade e estresse . O pico de emoção sofrido pelo animal costuma gerar distúrbios mentais e a coceira é um indicador acompanhado do latido, respiração ofegante e agitação. Para evitar esse sentimento no bichinho, não o deixe sozinho por muito tempo, busque atividades que possam distrair e gastar energias, como passeios e brinquedos interativos.

Tratamento e prevenção  

O profissional veterinário está preparado para cuidar e aliviar os sintomas e irritações causados por lesões e feridas no animalzinho. E somente ele é capaz de identificar a origem das coceiras, por meio de testes específicos para o diagnóstico de cada tipo de problema.  

O pet que sofre com doenças de pele, por exemplo, terá um tratamento direcionado, de longo prazo e com supervisão do profissional de confiança. Porém, para qualquer tipo de reação alérgica, o tutor deve ir imediatamente à clínica veterinária, pois alguns casos podem levar à morte.

“Uma forma de não submeter o pet a tais situações é adotar hábitos que poderão colaborar para sua saúde e bem-estar, incluindo banhos semanais ou quinzenais, o uso regular de medicamentos antiparasitas, além de higienização e dedetização do local onde o animalzinho costuma ficar”, finaliza Adolfo Santos.

Por Nicolas Montini