Guia de Bichos
Sagrado da Birmânia  - undefined

Sagrado da Birmânia

  • Nome no Brasil: Sagrado da Birmânia ou Birmanês
  • Nome original: Birman
  • País de origem: França
  • Preço médio: entre R$ 1.500 e R$ 4 mil
  • Tipo de pelo: Médio

Tudo sobre Sagrado da Birmânia

Porte: médio
Área de criação: pequena
Energia: alta
Temperamento: amigável

Descrição

  • Porte: médio a grande
  • Escala de saúde (1 a 5): 2
  • Escala de energia (1 a 5): 4
  • Tipo de pelo: comprimento médio para longo, sedoso, com padrão pontudo. Colar desejável, principalmente nos machos; ondulado na barriga
  • Temperamento: carinhoso, gentil, bem orientado para pessoas e inteligente
  • Expectativa de vida: 12 a 16 anos
  • Peso: 4,5 a 8 kg
Gato robusto, de médio a grande porte, o Sagrado da Birmânia , possui pelagem abundante, longa e sedosa. A cor é predominantemente clara, geralmente com nuances douradas. No focinho, orelhas, caudas e pernas há coloração diferente e mais escura. As patas são brancas. Uma característica da raça são os olhos de um azul-safira inconfundível. 

A história do Birmanês começa em 1919, quando um par de gatos da raça chegou à França. A partir daí, duas versões tentam explicar sua origem correta. São elas:

  • O templo de Tsim-Kyan-Kse foi invadido, e dois ocidentais junto ao major Gordon Russel ajudaram alguns dos sacerdotes e seus gatos a escaparem para o Tibete. Quando retornaram à França, em 1919, um par de gatos da raça foi enviado pelos sacerdotes em agradecimento; 
  • Um homem chamado Mr. Vanderbilt comprou um par de gatos da raça de um servo descontente do templo de Lao-Tsun. O macho faleceu na viagem, mas a fêmea, que estava grávida, sobreviveu e tornou-se a base europeia da raça. 

Em 1925 a raça foi formalmente reconhecida na França e o padrão foi escrito. A Segunda Guerra Mundial quase extinguiu a raça, que chegou a apenas um par de gatos, mas o Sagrado da Birmânia se reestabeleceu com um cruzamento cuidadoso e começou a ser exportado para a Inglaterra em 1955. O primeiro par chegou aos EUA quatro anos depois e a raça foi reconhecida na América em 1967.

Características

É tranquilo, inteligente, brincalhão, companheiro e tem um ar misterioso. Este gato mia bastante, mas se o dono responder ao seu chamado com rapidez logo aprenderá que basta um simples ronronar para ter atenção. Pode viver sozinho, como único animal da casa, ou conviver com outros.
  • Corpo pesado, de ossatura forte e poderosa;
  • Pelagem no padrão siamês (com cor mais escura no rosto, orelhas, pernas e cauda);
  • Cabeça forte, larga e arredondada;
  • Orelhas de tamanho médio e pontas arredondadas, bem providas de tufos de pelos;
  • Nariz alongado;
  • Olhos azuis arredondados, brilhantes e com expressão doce;
  • Mandíbulas fortes e bochechas salientes;
  • Pescoço de comprimento médio e bem musculoso;
  • Patas brancas, semelhantes a luvas; nas dianteiras, as luvas terminam em uma linha paralela através da pata. Nas traseiras, se estendem pela parte traseira da perna e terminam em uma forma de V invertida;
  • Ponto M claramente definido na testa, marcações leves semelhantes a óculos ao redor dos olhos, manchas de bigodes e marcas de polegar atrás das orelhas; pernas e cauda com listras e anéis;
  • Cauda de comprimento médio e emplumada.

Cuidados básico

O Sagrado da Birmânia não é um gato muito enérgico e não necessita de grandes doses de atividades para se satisfazer. Certifique-se apenas que ele tenha brinquedos à sua disposição, e sempre que possível participe de jogos e brincadeiras para exercitar seu intelecto – como jogos de busca e quebra-cabeças.

Entre outros cuidados, o pelo exige escovação duas vezes na semana, pois a textura sedosa pode ficar oleosa e suja com facilidade. Na primavera é mais comum que ele derrame pelo, então será necessário escovar com maior frequência. Para lavá-lo, o ideal é molhar com um chuveirinho ao invés de mergulhá-lo em uma bacia de água. 

Escovação dental duas vezes na semana, bem como cortar as unhas quinzenalmente e limpar orelhas e canto dos olhos completam a lista de cuidados essenciais para manter um Sagrado da Birmânia.

Saúde

No geral, o Sagrado da Birmânia pode sofrer dos seguintes problemas de saúde – a maioria de natureza genética:
  • Hipotricose congênita, que faz com que nasçam sem pelos;
  • Aplasia tímica, imunodeficiência que aumenta o risco de infecções e morte;
  • Dermóide da córnea, quando há pele e cabelo na superfície da córnea, provocando irritação e desconforto;
  • Degeneração espongiforme, doença do sistema nervoso central que provoca fraqueza dos membros posteriores e movimentos descoordenados. A boa notícia é que a recuperação é espontânea;
  • Concentração de ureia e/ou creatinina no sangue, que pode levar à disfunção renal.

Alimentação

Gatos devem ter acesso constante a um comedouro e a um bebedouro bem
abastecidos. Preferem água corrente e costumam ingerir mais líquido quando tem essa possibilidade, hábito que previne muitas doenças renais. Uma sugestão é deixar uma fonte em algum canto da casa ou acostumar o animal a beber água da torneira quando for aberta.
A quantidade de ração varia de acordo com o peso do animal, sua atividade física e pode ser encontrada nas embalagens. A qualidade da ração é fundamental para a saúde do gato. As do tipo Premium e Super Premium são as nutricionalmente balanceadas.

Até os doze meses, o Birman é considerado filhote. Nesta fase, a quantidade de ração varia de 30 a 80 gramas por dia. O alimento indicado são rações específicas para filhotes.

A partir de um ano o gato é considerado adulto. Deve-se mudar a ração e a quantidade varia de 40 a 80 gramas/dia.

Espaço para criação

Esta raça pode viver bem em apartamentos ou casas sem quintal, mas é importante que tenha um poste para arranhar. Caso contrário, destruirá a mobília. Se tiver uma árvore próxima ou locais para escalar ficará satisfeito.

Curiosidades

Não podemos deixar de citar a lenda que acompanha essa raça, tão poética que muitos preferem acreditar que seja a verdadeira origem do Sagrado da Birmânia.

Os gatos brancos puros viviam nos templos budistas da Birmânia e eram reverenciados como portadores felinos das almas dos sacerdotes falecidos. A deusa da transmutação, Tsim-Kyan-Kse, era idolatrada, e o sacerdote Mun-Ha a adorava e servia nesse templo. Todas as noites, o gato Sihn juntava-se a ele em suas orações noturnas perante à estátua dourada da deusa. 

Mun-Ha faleceu, e Sihn colocou as patas sobre sua cabeça e encarou a estátua da deusa. Em instantes, seu pelo mudou para uma tonalidade dourada, enquanto o rosto, a cauda e as pernas tomaram um tom terroso e os olhos mudaram de amarelo para azul safira. Apenas as patas permaneceram brancas, e na manhã seguinte todos os gatos do templo passaram pela mesma transformação. 

Depois de sete dias, Sihn morreu e levou o espirito de Mun-Ha para o paraíso.


Por que ter um Sagrado da Birmânia em casa?

Acostumado a ser adorado por humanos, o Sagrado da Birmânia é muito inteligente, fiel e gentil com seus companheiros. Carrega um ar de dignidade e se dá bem com visitantes e estranhos, por quem demonstra curiosidade e afeto.

São fáceis de lidar e cuidar, silenciosos para quem prefere a calmaria e oferecem amor e carinho para sua família, em troca, é claro, de um pouco de adoração (ele ama ser o centro das atenções!). Lida bem com outros gatos e é ótimo com crianças, embora não seja um animal cheio de energia.

Amor, comida e cuidados adequados tornam o Birmanês o seu melhor amigo, confidente, silencioso e cheio de carinho e afeto para dar.

Por que não ter um Sagrado da Birmânia em casa?

O Birman gosta de atenção e de ser adorado, o que não o torna um bom gato para quem passa longos períodos de tempo fora de casa ou prefere um animal mais independente. Ele pode sofrer de ansiedade de separação se passar muito tempo sozinho, apresentar comportamento destrutivo e se tornar frustrado e aborrecido.