Comportamento dos gatos em 7 traços de personalidade

Um estudo realizado pela Universidade de Helsínquia, na Finlândia, e publicado pela revista científica Animals, buscou definir os diferentes comportamentos dos gatos por meio da combinação de apenas sete traços de personalidade.

Para entender melhor os felinos

De acordo com o veterinário Salla Mikkola, ainda se sabe pouco sobre o comportamento e personalidade dos gatos, em comparação ao que já se tem de conhecimento sobre os cães. Esse conhecimento é necessário para diminuir comportamentos problemáticos e melhorar o bem-estar dos gatos.

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Um questionário aos tutores

Para a investigação, os tutores dos felinos precisaram responder inquéritos com 138 perguntas pela internet. O método foi escolhido pois, se avaliados em laboratório, os gatos teriam comportamentos diferentes dos habituais.

Fox/Pexels

Mais de 4 mil gatos escolhidos

Após triagem foram excluídos gatos com idades incompatíveis e aqueles com informações insuficientes. Para o estudo final foram escolhidos 4.316 gatos, dos quais os tutores precisaram responder o questionário duas vezes, para resultados mais precisos.

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Definindo os traços de personalidade

A partir daí, os cientistas conseguiram reduzir as características dos gatos a cinco características de personalidade e duas comportamentais: quão ativos são e brincadeiras que fazem; medo; agressividade com pessoas; sociabilidade com humanos; sociabilidade com outros gatos; questões relacionadas com a caixa de areia; e excesso de cuidados.

Dennis Perreault/Pexels

Diferentes raças, diferentes personalidades

Os resultados revelaram que diferentes raças se inclinam para diferentes traços de personalidade. “A raça mais temível é a Azul Russo, enquanto o gato Abissínio era a menos temível”, disse o veterinário Hannes Lohi.

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Dos mais agitados aos mais calmos

Os Gatos-de-Bengala eram a raça mais ativa, enquanto os Persas e os Exóticos eram os mais passivos. Já “as raças que precisam de mais cuidados são os Siameses e os Balineses, enquanto a raça Turkish Van mostrou uma pontuação consideravelmente mais alta em termos de agressividade com humanos e menos sociabilidade com outros felinos” acrescentou Lohi.

Qual era o objetivo?

O propósito para a investigação não era efetuar uma análise comportamental dos felinos envolvidos, mas demonstrar a validade do inquérito para recolher informações sobre o comportamento felino.

Existem várias limitações à investigação

Entre as quais está a incapacidade de verificar a veracidade dos dados nos inquéritos – os cientistas acreditam que, em geral, o modelo usado poderia ser uma ferramenta útil para compreender os gatos.

A evolução nas pesquisas

“Queríamos obter uma ideia aproximada sobre se existem diferenças nas características de personalidade entre as raças”, disse Mikkola. Ele afirma que, em estudos posteriores, serão utilizados modelos mais complexos para examinar fatores que afetam os traços e o comportamento problemáticos. “Nestes modelos, iremos considerar, além da raça, a idade do gato, sexo, saúde, e uma vasta gama de fatores ambientais”, concluiu.

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