Um dos mamíferos mais carismáticos que existem, elas são muito inteligentes e brincalhonas, além de muito fofas.
As lontras-marinhas costumam dar as mãos para que não se separem enquanto dormem na água, é comum que a mãe lontra faça isso com o filhote, para que não flutuem para longe enquanto cochilam. Elas também podem se segurar em algas, como uma “âncora”, para que não se afastem muito durante o sono.
É comum que se confundam as lontras-marinhas com as lontras de rio, mas elas são bem diferentes. Além da diferença de água doce e água salgada, as lontras do mar são bem maiores e também bem mais pesadas, pesando até 45 kg.
Existem lontras por todo o mundo, exceto na Austrália e na Antártica. Sendo 13 espécies ao todo, sendo que 12 estão ameaçadas de extinção, com exceção da lontra norte-americana, devido a esforços para manter a espécie.
Por estarem quase extintas, algumas são bem raras, e a mais rara delas é a lontra-de-nariz-peludo. Espécie encontrada na Ásia, tão rara que já foi considerada extinta em 1998, mas algumas foram vistas anos depois, ainda assim, os últimos registros apontavam pouco menos de 100 vivendo no sul da Ásia.
As lontras-marinhas não têm somente o pelo mais denso entre as lontras, elas têm o pelo mais denso de todo o reino animal! Elas precisam de todo esse pelo, pois elas são os únicos animais marinhos que não contam com uma camada de gordura como um isolamento contra a água gelada do oceano.
A Ariranha é uma espécie de lontra natural da América do Sul, vivendo no rio Amazonas e no Pantanal. A ariranha pode medir cerca de 1,8 metros, pesando 35 kg. Não só a destruição ambiental, até pescadores que consideram “concorrência pelos peixes” são responsáveis pela quase extinção da espécie.
Por terem um metabolismo acelerado, as lontras precisam comer grandes quantidades de alimento. Cerca de 15 a 25% do peso de uma lontra precisa ser consumido em comida diariamente. Elas gastam em média 5 horas buscando por alimento todos os dias.
Os densos pelos das lontras necessitam de muitos cuidados, especialmente com a limpeza. Uma lontra mãe, além do próprio pelo, passará um bom tempo arrumando também os pelos do filhote. Isso é essencial para que o animal sobreviva na água.
Quando uma lontra não consegue construir a própria casa, elas podem ocupar tocas abandonadas por castores, ou até mesmo conviver junto com os próprios, ocupando espaços que são deixados de lado. Tocas de raposas, texugos e coelhos também se tornam opções, quando perto do rio.
Como um animal que vive a maior parte do tempo na água, saber nadar não é nada surpreendente, porém, graças à cauda do animal, com um formato relativamente achatado, elas podem mergulhar a até 109 km/h, segurando o fôlego por cerca de 4 minutos.
A maioria das lontras contam com garras afiadas nas pontas de cada dedo para agarrar as presas, além de “pés de pato” para ajudar na natação. Três das 13 espécies não contam com esses artifícios, porém elas conseguem se alimentar melhor com presas menores, ideais para a dieta das mesmas.