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Terrier Escocês - undefined

Terrier Escocês

  • Nome no Brasil: Terrier Escocês
  • Nome original: Scottish Terrier
  • País de origem: Grã-Bretanha
  • Preço médio: entre R$ 2 mil e R$ 3.200
  • Tipo de pelo: Médio

Tudo sobre Terrier Escocês

Porte: pequeno
Área de criação: pequena
Energia: alta
Temperamento: dócil

Descrição

  • Grupo: 3 - Terriers
  • Porte: 2 – Terriers de Pequeno Porte
  • Machos/Fêmeas: entre 25 e 28 centímetros/entre 8,5 e 10,5 quilos 
  • Tipo de pelo: pelagem dupla. Casaco duro, denso e resistente; subpelo curto, denso e macio
  • Temperamento: independente, confiante, corajoso, inteligente e fiel 
  • Expectativa de vida: 11 a 13 anos
Escala de 1 a 5
  • Para tutores de primeira viagem: 2
  • Energia: 4
  • Inteligência: 4
  • Facilidade de adestramento: 1
  • Como cão de guarda: 3
  • Adapta-se ao calor: 3
  • Adapta-se ao frio: 4
  • Adapta-se bem à vida em apartamento: 4
  • Necessidade de atividades físicas: 4
  • Fica bem sozinho: 3
  • Relacionamento com a família: 5
  • Relacionamento com crianças: 4
  • Relacionamento com estranhos: 4
  • Tendência a latir: 4
  • Tendência à obesidade: 3
Cão de pequeno porte, com as pernas curtas. Possui pelagem dupla, fechada e muito resistente. A camada externa é formada por pelo áspero e denso, bem rente ao corpo. O subpelo é mais macio, curto e denso. Encontrado nas cores preto, trigo (creme) ou tigrado em qualquer tom. 

Acredita-se que o Scottish Terrier seja uma raça bastante antiga, mas pouco se sabe sobre sua origem. Todas as informações são remotas e baseadas em poucos documentos disponíveis.

Tudo começa com um documento de 55 a.C., onde um cão era descrito por Plínio, o Ancião, após os romanos invadirem a Grã-Bretanha: “encontraram, para sua surpresa, cães pequenos que seguiriam sua presa até o chão”. Historicamente, o Scottie – como é popularmente conhecido – foi criado por fazendeiros para lidar com ratos, raposas e texugos. Ele recebeu, por essa descrição, o nome de Terrarii, ou “trabalhadores da terra”, e acredita-se que a partir daí deu origem a todas as raças Terrier que conhecemos hoje. 

O livro de Don Leslie, “A History of Scotland”, datado de 1436, descreve um cão semelhante ao Scottie, e no início do século XIX os escritores já diferenciavam essa raça, de pelagem áspera, do terrier inglês, de pelagem lisa. 
No final do século, a Escócia já contava com muitos cães Terrier, que foram divididos em dois grupos, os Dandie Dinmont Terriers e os Skye Terriers (ao qual o Scottie pertencia). Não demorou para que esse grupo fosse dividido em quatro raças, que deram origem ao Scottish Terrier, Skye Terrier, West Highland White Terrier e Cairn Terrier. 

A raça foi reconhecida pela AKC ainda no século XIX, em 1885. 


Características

É um cão leal, fiel e gentil, além de amoroso com o dono e a família, por isso, ótimo como animal de companhia. Independente e teimoso, precisa de treinamento e firmeza do dono para obedecer. Pode desafiar as pessoas se não sentir segurança nas ordens, portanto não é indicado para casas com crianças pequenas que não saberão controlá-lo. É ágil, corajoso, inteligente, brincalhão e bastante ativo. Recomendado a alérgicos, pois não solta pelos.
  • Cabeça longa, crânio quase liso e bastante largo, mas conservando a aparência estreita
  • Focinho fortemente construído e profundo, com nariz preto e grande
  • Mordida em tesoura perfeita e reguçar; dentes superiores sobrepostos aos dentes inferiores
  • Mandíbula quadrada, plana e poderosa
  • Olhos bem separados, amendoados e castanhos escuros; junto às sobrancelhas formam uma expressão afiada e inteligente
  • Orelhas eretas, pequenas, apontadas para cima e finas
  • Pescoço musculoso e de comprimento moderado
  • Lombo musculoso e profundo; peito amplo e pendurado entre as partes dianteiras
  • Patas de bom tamanho, bem acolchoadas e arqueadas; as patas traseiras são um pouco menores do que as dianteiras
  • Pelagem preta, cor de trigo ou rajada
  • Cauda de comprimento moderado, grossa na raiz e afilando na ponta

Cuidados básicos

O pelo abundante requer escovação diária para evitar a formação de nós e remover os pelos mortos. Duas vezes ao ano os pelos devem ser cortados para não atrapalharem a visão ou a locomoção do cão, além de manter o aspecto característico da raça. É fundamental para esta raça passeios ao ar livre ao menos uma vez por dia.

Não seja agressivo ao treinar um Scottie. Primeiro porque não vai adiantar, ele é teimoso, e segundo porque ele é sensível e ficará magoado se você for grosseiro. Essa raça prospera com reforço positivo. Eles foram criados como cães de trabalho, e ficarão mais felizes se puderem exercer uma função, nem que seja pegar o jornal diariamente ou realizar truques simples. 

É de sua natureza morder quando receber beliscões ou puxões; logo, casas com crianças pequenas podem não ser adequadas para ele, assim como condomínios fechados com fortes regras sobre barulho, pois ele ladra muito com estranhos. 

Devem ser socializados desde pequenos com outros cães, pois podem se tornar agressivos devido à sua natureza Terrier. Precisam de exercícios físicos e mentais diários, mas nada de corridas, pois suas pernas curtas ficam cansadas. 

Eles devem viver dentro de casa com a família, mas precisam de um espaço cercado para se exercitar e brincar. Veja bem: providencie uma cerca física alta e bem enterrada, para seu Scottish Terrier não poder cavar e nem saltar. 

O pelo exige escovação a cada três dias e deve ser tosado várias vezes ao ano; vale consultar um veterinário sobre isso. 

Alimentação

A quantidade de ração varia de acordo com o peso e o tamanho do animal e pode ser encontrada nas embalagens.

Deve-se alimentar o cão de duas a três vezes por dia e manter água à vontade. Cães de grande porte consomem rações large breed.

A qualidade da ração é fundamental para a saúde do animal. As do tipo Premium e Super Premium são as nutricionalmente balanceadas.

Até os doze meses, o Terrier Escocês é considerado filhote. Nesta fase, a quantidade de ração varia de 95 a 120 gramas por dia. O alimento indicado são rações específicas para filhotes.

A partir de um ano o cão é considerado adulto. Deve-se mudar a ração e a quantidade varia de 105 a 120 gramas/dia.

Espaço para criação

Pode ser criado em apartamento tranquilamente, desde que seja levado para caminhar diariamente. Esta raça se adapta melhor a climas frios.

Custo de manutenção

Filhote
Vacinas anuais: R$140,00 a R$220,00
Alimentação mensal: R$31,50 a R$58,00
Banho mensal (1): R$15,00 a R$25,00

Adulto
Vacinas anuais: R$60,00 a R$100,00
Alimentação mensal: R$56,00 a R$75,50
Banho mensal (1): R$15,00 a R$25,00
Tosa na tesoura (1): R$45,00 a R$80,00

Saúde

Você dificilmente terá problemas com essa raça, mas algumas doenças são mais fáceis de atingir o Scottish Terrier do que outras, como a câimbra, muito comum entre eles. Basicamente, os sintomas aparecem quando seu pet está muito estressado ou agitado, após um jogo, treinamento intenso ou cruza. Em casos mais graves, o animal pode ter dificuldade para caminhar ou correr quando estiver sob essas condições, mas cães afetados pela câimbra levam vidas completamente normais e saudáveis, sem nem necessitar de tratamento. 

Luxação patelar, comum a outras raças, pode provocar dor ao caminhar, devido ao deslocamento da articulação do joelho, que desliza para dentro e fora do lugar. O problema pode ser incapacitante e necessitar de intervenção cirúrgica. 

Já a osteopatia craniomandibular faz com que os ossos do crânio se ampliem de forma irregular entre quatro e oito meses de idade, provocando inchaço na mandíbula e dificuldade de abrir a boca. Com isso, ele pode passar a babar e ter dificuldades para mastigar, pois os músculos atrofiam. Geralmente o crescimento se encerra após o primeiro ano de vida e o problema regride, mas em casos graves pode ocorrer incapacidade permanente. 

Curiosidades

Por que ter um Scottish Terrier?

O Scottish Terrier é bastante aristocrático, e não é à toa que ele chama a atenção por onde passa, seja por sua pelagem densa ou pelo porte elegante – mesmo com as pernas curtas. É uma raça muito inteligente e muito independente, que dá pouco trabalho para quem decide criá-la. 

Inicialmente, ele é distante e não confia muito nas pessoas – sendo, por isso, um excelente cão de guarda, que ocupa o terceiro lugar entre as raças que mais fazem barulho de alerta quando estranham algo. 

Em seu próprio tempo, vai se adaptando e, se gostar de você, será seu companheiro fiel para toda vida. É leal, adora ficar com a família e ser incluso nas atividades da casa, sendo inclusive muito gentil e brincalhão com as crianças e idosos. 

O Scottish Terrier é um cão que pode passar horas sozinho tranquilamente, pois não exige atenção constante; é mais parceiro do que servo, como dizem. Se adapta às mudanças de humor dentro de casa, então se perceber que você não está num bom dia não irá incomodá-lo, mas se notar alegria vai corresponder. 

Por que não ter um Scottish Terrier?

Bom, ele é um Terrier, o que significa que ele possui três características desagradáveis: 
  • Gosta de cavar buracos, seja no jardim ou na parede, e não vai se importar se você deixar claro que não gosta disso;
  • Persegue presas pequenas, como esquilos, ratos, coelhos, pássaros e gatinhos, e tem muita facilidade para fugir; 
  • Pode ser difícil de treinar, pois sua independência e inteligência o tornam também um cão teimoso, acostumado a trabalhar sem precisar do tutor e de ordens. 
Esse pode ser um cão difícil para tutores de primeira viagem, e ele também pode se tornar agressivo caso se sinta provocado por outros cães – principalmente machos. Não é o tipo de raça que faz de tudo para agradar a família.