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Pitbull - undefined

Pitbull

  • Nome original: American Pitbull Terrier
  • País de origem: Estados Unidos
  • Tipo de pelo: Curto

Tudo sobre Pitbull

Porte: médio
Área de criação: média
Energia: alta
Temperamento: amigável

Descrição

  • Grupo: Grupo 3 – Terrier
  • Porte: Cão de luta (bullbaiting)
  • Machos: altura: entre 35 e 60 centímetros, peso: entre 10 Kg e 35 Kg
  • Fêmeas: altura: entre 35 e 60 centímetros, peso: entre 10 Kg e 35 Kg
  • Expectativa de vida: 12 a 16 anos 

Escala de 1 a 5

  • Para tutores de primeira viagem: 2
  • Energia 4
  • Inteligência 4
  • Facilidade de adestramento 4
  • Como cão de guarda 3
  • Adapta-se ao calor: 3
  • Adapta-se ao frio: 2
  • Adapta-se bem à vida em apartamento 3
  • Necessidade de atividades físicas 5
  • Fica bem sozinho 1
  • Relacionamento com a família: 5
  • Relacionamento com crianças: 5
  • Relacionamento com estranhos 4
  • Tendência a latir 3
  • Tendência à obesidade 3



O Pitbull é um cão marcado pela força e personalidade, características que remontam às suas origens. A raça foi desenvolvida a partir dos antigos Bull e Terrier, e por volta de 1835 passou a integrar as lutas de cães (bullbaiting) para diversão popular na Inglaterra.

O Pitbull é um ótimo cachorro, conhecido por sua inteligência, força e lealdade. Recentemente, tem-se dito que a raça é muito agressiva e perigosa, o que tem afetado a popularidade da raça. Enquanto o Pitbull realmente é dono de uma personalidade forte, a história da raça revela um temperamento muito mais complexo.

Como muitas raças modernas, é impossível ter a certeza dos detalhes da longa história do Pitbull. Entretanto, muitos entusiastas da raça acreditam que as origens da raça podem chegar à família de cachorros Molossianos. Essa família de cachorros recebe seu nome das pessoas com as quais eles são mais associados – a tribo Molossi, um grupo de pessoas que vivia na Grécia Antiga e preferia usar cachorros robustos e musculosos para ajuda-los no trabalho.

Os Molossianos deram origem à outra família de cachorros, conhecidos como os Mastifes. Os Esses cachorros eram usados como guarda. Quando os romanos tomaram posse da região em que esses cachorros viviam, esses cachorros chamaram a atenção. O Imperador Claudio logo viu uma oportunidade de importar quantidades selecionadas desses cachorros para Roma, satisfazendo assim o apetite de seus compatriotas por entretenimento nas arenas e coliseus de Roma.

Uma vez em Roma, os cachorros foram cruzados com outras raças romanas. Entre os anos 50 D.C. a 410 D.C., os cães foram disseminados por todo o Império Romano para serem usados como cães de briga. Pelo caminho eles se misturaram com outras raças pela Europa, criando os bulldogs, que são considerados os antecedentes imediatos do Pitbull.

Infelizmente, os romanos não seriam os últimos a usar Pitbulls em esportes sangrentos cruéis. Quando os Normandos invadiram a Inglaterra em 1066, eles introduziram um novo esporte chamado baiting , que no caso consiste na luta entre um touro e um cachorro. Esse esporte originou-se com açougueiros que mantinham cachorros para lidar com touros, enquanto eles eram levados ao mercado para o abate. Quando um touro pisava fora da linha ou exibia um comportamento incontrolável, os cachorros iriam se pendurar em seu nariz e ficar lá até que o açougueiro conseguisse recuperar o controle do animal.

Como muitos dos donos de cachorros, os açougueiros tinham orgulho de seus companheiros caninos e sua tenacidade em lidar com touros muito maiores e potencialmente mais perigosos que eles. Consequentemente, demonstrações públicas foram arranjadas para mostrar as habilidades dos cachorros.

Pelo século XVI, quase todas as cidades da Inglaterra possuíam seu próprio ringue para a prática de baiting .  A popularidade desses eventos não tinha paralelos na época, devido à habilidade que eles possuíam em juntar espectadores de todas as classes sociais. A popularidade aumentou mais ainda com a percepção equivocada de que a tortura prolongada garantia a maciez da carne do touro.

Em eventos de baiting , não mais do que dois ou três cachorros eram soltos para brigar com o touro. Eles eram treinados para molestar os touros até que eles tivessem um colapso devido a fadiga, seus machucados ou os dois. Esses episódios duravam longos períodos, ás vezes três ou quatro horas. Eventualmente, o público se cansou dos touros e novos animais foram introduzidos ao esporte, como ursos, cavalos e até macacos.

A prática do baiting tornou-se ilegal pelo parlamento inglês em 1835. Mesmo assim, essa legislação não saciou o desejo do público de ver o espetáculo dos cachorros em esportes de luta. Como resultados, a atenção virou-se para uma variedade de outros esportes desse estilo.

No final, o público caiu nas graças da luta entre cachorros, primariamente pelo motivo dessa poder ser escondida da lei com mais facilidade do que outros esportes. Como a luta entre cachorros requeria animais menores e mais ágeis do que os animais que eram utilizados em outros esportes, bulldogs de briga foram criados com terriers. O resultado foi o Pitbull que hoje conhecemos criado especificamente para combater outros cachorros.

A prática da briga entre cachorros era extremamente cruel e sádica. Os combatentes caninos passavam por um treinamento rigoroso, que os privava de um contato normal com humanos e que os enchia de um desejo intenso de derramar o sangue de seus oponentes. Não era incomum que esses cachorros fossem alimentados com uma dieta de sangue e carne crua, além de serem mantidos em escuridão completa na maior parte do dia. Para salientar ainda mais a vontade do cachorro de matar, os instrutores forçavam eles a correr com um animal mais fraco na frente deles que estivesse sempre fora de alcance. No final do exercício, os cachorros recebiam permissão para matar o animal como recompensa.

Quando os imigrantes ingleses chegaram a América, seus cachorros vieram com eles. Não é surpreendente que a luta de cachorros também era comum nos Estados Unidos durante o século XIX. Mesmo assim, junto aos imigrantes viajavam para o oeste, os Pitbulls encontraram uma outra função, servindo como cães de pastoreio e guarda.

Apesar de sua história não começar bem, o Pitbull se tornou um amado símbolo dos Estados Unidos, e muitos estadunidenses famosos já foram donos de Pitbulls, como Theodore Roosevelt, Thomas Edison, Mark Twain e Fred Astaire.

Hoje, o Pitbull é usado em uma variedade de funções na sociedade, incluindo cães de polícia, de terapia e de fazenda. Mesmo assim, a publicidade negativa tem levado muitas cidades a condená-los como problemas da comunidade. Essa percepção tem sido alavancada com lutas de cachorro ilegais que ainda prevalecem nos Estados Unidos.

Características

  • Cabeça larga com músculos bem definidos na região das bochechas;
  • Pescoço musculoso e rijo;
  • Tórax profundo, largo e bem arqueado;
  • Orelhas pequenas, geralmente dobradas para frente;
  • Arcada dentária em formato tesoura;
  • Pelos curtos, espessos e brilhantes;
  • Cauda média e afunilando em certo ponto;
  • Tronco e patas musculosas;
  • Ativo e ágil;
  • Personalidade protetora e amigável com pessoas;
  • Pode ser agressivo com outros animais. 

Cuidados básicos

A principal dica em relação ao Pitbull é o treinamento constante, além de pulso firme e muita disciplina. O hábito de tratar os pets como seres humanos não deve acontecer com ele, pois o tutor deve se impor e mostrar as regras da casa.

A teimosia, aliada à força e agilidade, podem produzir um cão bastante difícil de lidar caso não haja treinamento. Desde filhote, portanto, ensine os limites da casa: nada de pular em cima de outras pessoas ou latir e atacar para outros animais. Uma boa ideia é ensiná-lo a andar sempre ao seu lado ou alguns passos atrás, para que ele saiba que é você que está no comando. Não hesite em contatar um profissional para isso.

Uma hora de exercícios físicos por dia, sejam eles caminhadas ou jogos, é suficiente para satisfazê-lo e descarregar sua energia. Exceto em casa, nunca o deixe solto, pois ele pode atacar outros cães caso não tenha sido adequadamente socializado.

Por terem mandíbula forte, precisam mastigar com frequência. Invista em brinquedos que não podem ser engolidos, duros e duráveis para satisfazer essa necessidade. 

Alimentação

​A quantidade de ração varia de acordo com o peso e o tamanho do animal e pode ser encontrada nas embalagens. 

Deve-se alimentar o cão de duas a três vezes por dia e manter água à vontade. Cães de grande porte consomem rações large breed. 

A qualidade da ração é fundamental para a saúde do animal. As do tipo Premium e Super Premium são as nutricionalmente balanceadas. 

Quando o cão tornar-se adulto, deve-se mudar a ração, que antes era direcionada para filhotes, e a quantidade varia de 350 a 400 gramas/dia.

Espaço para criação

Os cachorros da raça Pitbull até conseguem se adaptar a vida em apartamento, mas o dono precisará manter uma rotina intensa de exercícios com o animal para que ele não fique doente e estressado. O mais recomendado é que o Pitbull tenha espaço o suficiente em sua casa para gastar sua energia.

Custo de manutenção


Saúde

Problemas de saúde do Pitbull

Uma das vantagens da raça é sua baixa propensão a doenças. Entretanto, algumas enfermidades podem atingi-la, como a displasia de quadril, que ocorre por má formação da articulação do quadril e provoca dores intensas no animal. É necessário fazer exames de raio-X frequentemente para acompanhar o problema.

Alergias de pele comuns, causadas por pulgas, grama, pólen e até pela alimentação podem provocar coceiras intensas e desconforto. É importante levar o animal imediatamente ao veterinário, já que a coceira pode provocar infecções mais graves.

Cães de meia idade podem sofrer de hipotireoidismo e apresentar ganho de peso e perda de pelo. Alguns podem nascer com doenças cardíacas semelhantes a um sopro, o que pode reduzir sua energia e encurtar o tempo de vida do animal, por isso, mantenha uma rotina de visitas ao veterinário e garanta que seu pet está sempre saudável. 

Curiosidades

Por que ter um Pitbull?

A falta de informação faz com que muitas pessoas acreditem que Pitbulls são agressivos e podem até matar. No entanto, a raça tem tendências agressivas direcionadas apenas para outros animais – o que a torna excelente para quem deseja proteger a casa. Com treinamento adequado podem se tornar excelentes cães de guarda, sociáveis, inclusive, a outros animais.

Bom com crianças e adultos, é muito inteligente, amigável e leal à sua família, sendo também um ótimo companheiro. Gostam de brincar e toleram brincadeiras mais agressivas da parte de crianças, como beliscões e puxões. São capazes de sentir a necessidade de proteger seus tutores.

Corajosos, estão dispostos a tudo para cuidar da sua família. Apesar de grandes e fortes, Pitbulls não têm noção do seu próprio tamanho e frequentemente pulam em seus tutores como se fossem filhotes – o que, para quem gosta da raça, os tornas ainda mais encantadores.

Apresentam poucos problemas de saúde e tem expectativa de vida de 12 anos. Se bem cuidado, serão raras as visitas ao veterinário.

Por que não ter um Pitbull?

Essa é uma raça que exige atenção e dedicação. Quem busca um pet fácil de cuidar e que gere poucos gastos não tem o perfil adequado para ter um cão da raça, já que ele precisa de treinamento constante, pulso firme e disciplina.

Seu comportamento natural não inclui atacar humanos, e sim animais, mas é necessário socialização precoce com pessoas próximas à família e outros animais de estimação (caso haja na casa) para que se acostume.

O Pitbull também é bastante teimoso, e se não receber limites pode se sentir o dono da casa e deixar de responder a comandos e ordens. O treinamento deve ocorrer durante a vida toda sem pausa, o que para alguns tutores pode ser cansativo e irritante.

Pelo seu porte, a raça exige exercícios físicos diários. A residência do tutor deve ser grande o suficiente para que ele tenha espaço para se exercitar, portanto nada de apartamentos. A falta de movimentação e espaço pode estressá-lo e torná-lo ansioso.

Mas o principal problema em relação aos Pitbulls é o estigma que os cerca. No geral, as pessoas têm medo de cães dessa raça e evitam aproximação, chegando a evitar visitas ou até desviar quando um tutor passeia com seu animal na rua.

Por falar em rua: essa raça exige o uso de focinheira para passeios ao ar livre, além de coleira adequada. Deixar o Pitbull solto pode gerar problemas com outras pessoas e até denúncias na região.  

Dicas: como cuidar de um Pitbull

A principal dica em relação ao Pitbull é o treinamento constante, além de pulso firme e muita disciplina. O hábito de tratar os pets como seres humanos não deve acontecer com ele, pois o tutor deve se impor e mostrar as regras da casa.

A teimosia, aliada à força e agilidade, podem produzir um cão bastante difícil de lidar caso não haja treinamento. Desde filhote, portanto, ensine os limites da casa: nada de pular em cima de outras pessoas ou latir e atacar para outros animais. Uma boa ideia é ensiná-lo a andar sempre ao seu lado ou alguns passos atrás, para que ele saiba que é você que está no comando. Não hesite em contatar um profissional para isso.

Uma hora de exercícios físicos por dia, sejam eles caminhadas ou jogos, é suficiente para satisfazê-lo e descarregar sua energia. Exceto em casa, nunca o deixe solto, pois ele pode atacar outros cães caso não tenha sido adequadamente socializado.

Por terem mandíbula forte, precisam mastigar com frequência. Invista em brinquedos que não podem ser engolidos, duros e duráveis para satisfazer essa necessidade.