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Dogue de Bordeaux

  • Nome no Brasil: Dogue de Bordéus ou Mastiff Francês
  • Nome original: Dogue de Bordeaux
  • País de origem: França
  • Preço médio: entre R$ 2.500 e R$ 6 mil
  • Tipo de pelo: Curto

Tudo sobre Dogue de Bordeaux

Porte: grande
Área de criação: média
Energia: baixa
Temperamento: dócil

Descrição

  • Grupo: 2 – Pinscher e Schnauzer – Raças Molossóides, Cães Montanheses Suíços e Cães de Gado
  • Porte: 2.1 – Raças Molossóides
  • Machos: entre 60 e 69 centímetros/entre 54 e 65 quilos
  • Fêmeas: entre 58 e 66 centímetros/entre 60 e 69 quilos
  • Tipo de pelo: fino, curto e suave ao toque
  • Temperamento: calmo, equilibrado, leal, corajoso e afetuoso
  • Expectativa de vida: 8 a 12 anos
Escala de 1 a 5
  • Para tutores de primeira viagem: 1
  • Energia: 2
  • Inteligência: 3
  • Facilidade de adestramento: 2
  • Como cão de guarda: 4
  • Adapta-se ao calor: 2
  • Adapta-se ao frio: 3
  • Adapta-se bem à vida em apartamento: 2
  • Necessidade de atividades físicas: 5
  • Fica bem sozinho: 2
  • Relacionamento com a família: 5
  • Relacionamento com crianças: 5
  • Relacionamento com estranhos: 1
  • Tendência a latir: 2
  • Tendência à obesidade: 4

Cão de grande porte com estrutura forte e musculosa, mas um pouco atarracado. Essa raça possui rugas na face, orelhas pequenas e pendentes. Sua pelagem é curta e macia e as cores mais comuns para a raça são a fulvo e o mogno, em tonalidades mais claras ou mais escuras. Manchas brancas são aceitas somente no peito e não podem ser muito extensas. 

Originado na região de Bordéus, na França, há cerca de 600 anos, o Dogue de Bordeaux é um dos mais antigos cães franceses e provavelmente descende dos Alanos e cães de caça de javali. 

Assim como seus antepassados, esses cães foram utilizados na caça de grandes animais, como javalis e ursos, e em rinhas para brigas com ursos e touros. Ocasionalmente trabalhavam na guarda de casas e do gado, sendo que a palavra “Dogue” só foi registrada ao fim do século XIV. 

Foram expostos pela primeira vez em 1863, durante uma exposição canina francesa, e chegaram ao ponto de serem ameaçados de extinção após as duas guerras mundiais. Na década de 60, entretanto, exemplares importados por americanos foram usados para retomar o desenvolvimento da raça. 

O filme “Uma dupla quase perfeita”, protagonizado por Tom Hanks, ajudou a bombar a popularidade da raça em 1991, transformando-a no molossóide mais criado na Holanda. Em 2008 a AKC reconheceu a raça. 


Características

Embora de aparência rude, essa raça é muito dócil e amigável com pessoas conhecidas, incluindo crianças. Oferece pouca ameaça a estranhos. Tolera bem outros animais se for acostumado desde filhote. Tem um temperamento calmo e paciente, mas diante do seu tamanho é preciso que o dono imponha limites claros. Essa raça tem a tendência a proteger a casa e a família sendo um ótimo cão de guarda. Como os demais cães de grande porte e com características de guarda, devem ser submetidos a adestramento para obediência e submissão desde filhote.
  • Corpo poderoso e musculoso, cabeça maciça e temperamento destemido;
  • Cabeça volumosa, larga e curta, em formato de trapézio quando vista de cima e na frente;
  • Rugas simétricas na cabeça, sendo a do canto interno do olho para o canto da boca a mais típica;
  • Focinho poderoso, largo, grosso e curto ;
  • Narinas bem abertas e pigmentadas de acordo com a cor da máscara;
  • Mandíbulas poderosas e largas;
  • Bochechas proeminentes;
  • Olhos ovais e bem afastados, com expressão franca e cor avelã a marrom escuro;
  • Orelhas pequenas e arredondadas, de cor ligeiramente mais escura que a pelagem e dobradas para frente;
  • Pescoço forte, musculoso e quase cilíndrico, com pele solta e flexível
  • Cauda grossa na base e carregada baixa;
  • Pelagem em tons de castanho, com máscara preta, castanha ou sem máscara.

Cuidados básicos

Não há uma frequência obrigatória de banhos. Uma escovação semanal já é o suficiente para a raça. Como as demais raças grandes podem desenvolver displasias. Recomenda-se acompanhamento veterinário.

O Dogue de Bordeaux não precisa de uma rotina de exercícios intensos, mas é necessário realizar pelo menos uma caminhada diária para mantê-lo saudável e dentro do peso. Um espaço adequado para atividades, como quintal ou garagem, é ideal para que possam se divertir a vontade. 

É importante que os Dogue de Bordeaux vivam em um ambiente fresco e tenham água à disposição durante o dia todo, para evitar superaquecimento. As rugas devem ser limpas com gaze embebida com soro fisiológico para evitar assaduras; certifique-se de que foram bem secas para evitar fungos e infecções. 

O pelo precisa de escovação semanal para eliminar os fios mortos. 

Alimentação

A quantidade de ração varia de acordo com o peso e o tamanho do animal, e pode ser encontrada nas embalagens.

Deve-se alimentar o cão de duas a três vezes por dia e manter água à vontade, sempre fresca, na vasilha.

Cães de grande porte consomem rações large breed.

A qualidade da ração é fundamental para a saúde do animal. As do tipo Premium e Super Premium são as nutricionalmente balanceadas.

Até os doze meses, o Dogue de Bordeaux é considerado filhote. Nesta fase, a quantidade de ração varia de 90 a 375 gramas por dia. O alimento indicado são rações específicas para filhotes.

A partir de um ano o cão é considerado adulto. Deve-se mudar a ração e a quantidade varia de 230 a 400 gramas/dia.

Espaço para criação

Se exercitado diariamente com longos passeios ou corridas pode se adaptar bem em apartamento e espaços pequenos.

Saúde

Os principais problemas do Dogue de Bordeaux são associados ao focinho curto e porte grande. A displasia, por exemplo, é velha conhecida da raça: são considerados o número 3 em displasia no mundo, pois quase todo cão da raça sofre de algum grau da doença devido ao tamanho grande. No geral, porém, ela só é incômoda se for gravíssima. 

Problemas de articulação também são comuns, devido ao excesso de peso, e ocasionalmente são vistas doenças no coração. O calor excessivo, provocado pelo focinho curto, pode superaquecer o cão em dias quentes, por isso é importante prestar atenção na respiração dele ou se ele apresenta sinais de fraqueza. 

Curiosidades

Por que ter um Dogue de Bordeaux?
Olhe para o Dogue de Bordeaux e diga o que vê. Provavelmente você pensou em um cão bravo e forte, capaz de proteger a casa e intimidar estranhos.

Bom, ele é, realmente, um ótimo cão de guarda. Tem um poder de dissuasão praticamente incomparável, quase não precisa de treinamento nessa área, pois tem guarda natural, e é valente, destemido e confiante, sendo um guardião controlado e confiável. 

Fora isso, esqueça tudo o que pensou sobre essa raça. São dóceis, leais e brincalhões, amigáveis com pessoas conhecidas, afetuosos com crianças e muito apegados aos tutores. Gosta da companhia constante da família e fazem de tudo para agrada-la.

Os Dogue de Bordeaux são muito inteligentes, e por isso aprendem rápido e montam associações rápidas para agradar à família. Se forem acostumados desde filhotes, toleram bem outros animais e estranhos – esse último se seus tutores estiverem juntos. 

É muito bom em esportes e atividades como obediência, terapia, rastreamento e busca e resgate, podendo ser treinado para competição.  

Por que não ter um Dogue de Bordeaux?

Essa raça é muito dependente dos tutores e pode ficar até doente caso passe muito tempo longe dos seus. Se você é do tipo que passa várias horas longe de casa, melhor pensar em uma raça mais independente. 

O Dogue de Bordeaux sofre muito com o calor devido a diversos fatores físicos e genéticos. Para começar, não estão completamente adaptados ao clima tropical, bem diferente da França, e também tem o problema do focinho braquicefálico e peso. Nos dias quentes eles exigem vários cuidados especiais, como estar em ambiente com ar condicionado e ter água limpa e fresca à disposição. Se você mora em uma cidade muito quente, nem cogite essa raça. 

Como todo cão braquicefálico, ele também pode roncar, fungar e fazer sons irritantes e desagradáveis. Podem também ser teimosos e arrogantes.