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Dogue Brasileiro

Dogue Brasileiro

  • Nome no Brasil: Dogue Brasileiro
  • Nome original: Dogue Brasileiro
  • País de origem: Brasil
  • Tipo de pelo: Curto

Tudo sobre Dogue Brasileiro

Porte: grande
Área de criação: média
Energia: alta
Temperamento: amigável

Descrição

Cão de grande porte, compacto, musculoso e potente. Possui pelo curto, denso e áspero. Em alguns casos, a pelagem pode ter comprimento médio. A cor pode ser marrom, creme, preto ou branco, em suas diversas tonalidades, puras ou combinadas entre si. A cor dos olhos varia do mel ao castanho escuro. As orelhas são em forma de triângulo e eretas. 

A face frontal dessa raça é afunilada e apresenta olhos pequenos, oblíquos e o focinho com formato mais quadrado, com narinas largas e na cor preta, geralmente. A língua é larga e comprida. As orelhas podem ser caídas, de tamanho médio e em formato triangular. O corpo do Dogue Brasileiro é robusto, forte e musculoso. Tem pernas musculosas e patas ovais, com dedos bem unidos. A cauda não é muito grossa, tem tamanho médio e tende a ficar inclinada para baixo. A mordida desse cão é em forma de tesoura. 

  • Grupo: 11 - raças não reconhecidas pelo FCI
  • Altura Macho: 54 a 60 cm 
  • Altura Fêmea: 50 a 58 cm 
  • Peso macho: 29 a 42 kg
  • Peso fêmea: 23 a 37 kg
  • Tipo de pelo: curto, denso e áspero
  • Temperamento: destemido, dominante, amigável e companheiro
  • Função original: cão de guarda
  • Alimentação: 2 a 3 xícaras de ração de alta qualidade divididas de duas a três refeições diárias
  • Preço médio: R$ 1000 a R$ 2500
  • Expectativa de vida: cerca de 14 anos

Escala de 1 a 5
  • Para tutores de primeira viagem: 4
  • Energia: 4
  • Inteligência: 4
  • Facilidade de adestramento: 4 
  • Como cão de guarda: 5
  • Adapta-se ao calor: 3
  • Adapta-se ao frio: 3
  • Adapta-se bem à vida em apartamento: 3
  • Necessidade de atividades físicas: 4
  • Fica bem sozinho: 2
  • Relacionamento com a família: 5
  • Relacionamento com crianças: 4
  • Relacionamento com estranhos: 3
  • Relacionamento com outros cães: 1
  • Tendência a latir: 3


O Dogue Brasileiro é fruto do cruzamento entre Bull Terrier e Boxer. A raça tipicamente brasileira surgiu em 1978, no Rio Grande do Sul. Tudo começou pelo criador Pedro Ribeiro Dantas, que aceitou cruzar um de seus Bull Terriers com a Boxer do vizinho. A primeira cadela a ser acolhida por ele chamava-se Tigresa, devido às cores rajadas que apresentava. Ela já demonstrava obediência, facilidade para aprender e um corpo robusto e forte. Era sempre ativa, vigorosa e tinha boas habilidades para a guarda. Problemas de saúde também eram bem raros, livrando-se sempre de agressões e brigas com outros cães por seu porte grande e musculoso. Além de todas essas qualidades, o Dogue Brasileiro era ainda muito dócil e dedicado à família. 

Ao longo do tempo, comprovou-se que a união entre as duas raças resultariam em um Dogue Brasileiro exatamente com esse perfil. A partir disso, desenvolveu-se uma nova raça. Houve uma seleção planejada durante 30 anos para chegar-se ao tipo de exemplar encontrado atualmente. 

Anos mais tarde, ainda não satisfeito, o criador resolveu cruzar exemplares do "Bull Boxer"- como é conhecido o Dogue - com o American Staffordshie Terrier, já que ambas as raças tinham instintos e personalidades diferentes. Viu-se que não valia a pena, e o foco voltou ao Dogue Brasileiro. 

A definição da raça e sua manutenção são de responsabilidade do Bull Boxer Club, criado em 1986, em Caxias do Sul. De acordo com um banco de dados, mais de 2000 exemplares são registrados no Brasil - lembrando que muitos morrem e nascem diariamente. A raça não é reconhecida pelo FCI. Mas em 1999, a CBKC considerou válido o padrão do Dogue Brasileiro.

Características

É um cão de guarda, mas um ótimo companheiro. É ativo, observador, equilibrado e destemido. Reservado com estranhos, mas carinhoso com o dono. Defende a família e a casa, gosta de conviver com as pessoas. Não é agressivo gratuitamente. Precisa de limites bem determinados, para que se torne obediente. Não é indicado convívio com outros cães, pois é dominante. O ideal é que, se tiver dois cães Dogues Brasileiro, um deles aceite o outro como "alfa" e seja mais submisso. Mas a convivência talvez demore para ser harmônica.

É também um cachorro mais tolerante à dor - herança do Bull Terrier - e com o porte físico grande e forte suficiente para parecer agressivo, embora não seja. Não é desconfiado, como a maioria dos cães de guarda e só procura agir quando realmente necessário. É cheio de energia e gosta muito de atividade física e brincadeiras. Costuma fazer de tudo para agradar o tutor e sua inteligência facilita no aprendizado e na obediência. 

Os olhos expressivos e meigos do Dogue Brasileiro demonstram ternura e carinho pela família. Preza a presença e a companhia de sua família, o que o torna bastante dependente de atenção e afeto. Pode ficar triste se ficar muito tempo sozinho. Costuma, inclusive, adotar um líder na casa, mas ainda assim valoriza e adora todos. Convive bem com crianças e trata-as com paciência e as protege como qualquer outro membro da família. Como cão de guarda, está sempre atento aos estranhos, mas convive bem com eles, desde que não representem perigo para o dono. 

Cuidados básicos

A pelagem curta requer apenas escovação regular, para remoção de sujeiras e pelos mortos. Não há frequência obrigatória de banhos. Esta raça é bastante ativa e precisa de pelo menos uma hora por dia de exercícios.

Alimentação

A quantidade de ração varia de acordo com o peso e o tamanho do animal e pode ser encontrada nas embalagens.
Deve-se alimentar o cão de duas a três vezes por dia e manter água à vontade.
A qualidade da ração é fundamental para a saúde do animal. As do tipo Premium e Super Premium são as nutricionalmente balanceadas.
Até os doze meses, o Dogue Brasileiro é considerado filhote. Nesta fase, a quantidade de ração varia de 90 a 290 gramas por dia. O alimento indicado são rações específicas para filhotes.
A partir de um ano o cão é considerado adulto. Deve-se mudar a ração e a quantidade varia de 235 a 325 gramas/dia.

Espaço para criação

Apesar de seu tamanho, convive bem com as pessoas, portanto pode ser criando em ambientes fechados, como apartamentos. Porém, é preciso que saia para passear diariamente, já que aprecia atividades ao ar livre.

Saúde

É uma raça tipicamente saudável e não costuma apresentar problemas de saúde muito graves. É indicado que sejam tomadas medidas para prevenção de doenças como parvovirose e cinomose e outros agentes infecciosos.

Curiosidades

A palavra "Dogue" significa "Mastiff" em um sentido genérico e pode ser resultado da língua inglesa e francesa. É uma nomeação típica para cães grandes e musculosos.

Esse cão pode competir em provas da BBC e da CBKC. 

Por quê ter um Dogue Brasileiro?
Essa raça é amigável, companheira e apegada à família. Embora seja cão de guarda, o Dogue Brasileiro não é agressivo e seu olhar mostra um perfil dócil e carinhoso. Com crianças convive muito bem e protege-as como aos adultos. A inteligência é um de seus pontos fortes e torna essa raça fácil de ser treinada e bastante obediente. Vai fazer de tudo para agradar ao tutor. É dependente e preza a companhia da família. Tem um porte grande e um físico musculoso, além de ser resistente à dor. É um cão ótimo para quem gosta de animais fortes e dóceis ao mesmo tempo. Além disso, ele defende o tutor se for necessário e nunca deixará sua família em situação perigosa. Para quem tem uma casa grande e gosta de levar o pet para passear diariamente, essa raça é indicada.


Por quê não ter um Dogue Brasileiro?
É um cão que não se adapta muito a espaços pequenos e apartamentos. Se isso acontecer, é necessário levá-lo para se exercitar diariamente e depende de longas caminhadas para manter a saúde. Não fica muito bem sozinho e é bastante dependente. Pode se tornar destrutivo se ficar tempo demais sem companhia. É raro de ser encontrado e talvez não seja a raça mais indicada para pessoas que preferem pedigrees conhecidos e fáceis de adotar. Para quem tem outros cães em casa, o Dogue Brasileiro com certeza não é apropriado, já que costuma ser dominante e não aceita a presença de outro cachorro. Essa convivência é bem difícil e a socialização demora para se concretizar.