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Cão de Santo Humberto

  • Nome no Brasil: Cão de Santo Humberto ou Bllodhound
  • Nome original: Chien de Saint-Hubert
  • País de origem: Bélgica
  • Preço médio: entre R$ 3 mil e R$ 8 mil
  • Tipo de pelo: Curto

Tudo sobre Cão de Santo Humberto

Porte: grande
Área de criação: média
Energia: alta
Temperamento: dócil

Descrição

  • Grupo: 6 – Farejadores e Raças Relacionadas
  • Porte: 1.1 – Cães de Grande Porte
  • Machos: cerca de 68 centímetros/entre 46 e 54 quilos
  • Fêmeas: cerca de 62 centímetros/entre 40 e 48 quilos
  • Tipo de pelo: no corpo, o pelo é curto, denso, duro e à prova de intempéries; na cabeça e orelhas, é muito curto e suave ao toque. A parte de baixo da cauda tem pelagem mais longa e grossa
  • Temperamento: gentil, calmo, amável, independente e sociável
  • Expectativa de vida: 11 a 15 anos
Escala de 1 a 5
  • Para tutores de primeira viagem: 2
  • Energia: 5
  • Inteligência: 4
  • Facilidade de adestramento: 3
  • Como cão de guarda: 2
  • Adapta-se ao calor: 3
  • Adapta-se ao frio: 3
  • Adapta-se bem à vida em apartamento: 1
  • Necessidade de atividades físicas: 4
  • Fica bem sozinho: 2
  • Relacionamento com a família: 5
  • Relacionamento com crianças: 5
  • Relacionamento com estranhos: 5
  • Tendência a latir: 4
  • Tendência à obesidade: 3

Cão de grande porte, de corpo alongado e aspecto imponente. É o mais forte e resistente dos hounds. Possui pelo curto e denso. Na cabeça e orelhas o pelo é mais macio. Encontrado em três variações de cores: preto e fulvo, marrom e fulvo e apenas avermelhado. Pode ter manchas brancas no peito e patas. Os olhos geralmente são marrons, podendo variar dos tons mais claros aos mais escuros. As orelhas são longas e caídas ao lado da cabeça. A cauda é longa e grossa. Possui dobras na pele da testa e bochechas. 

Na Europa medieval, os cães que hoje conhecemos como Bloodhound começaram a ser desenvolvidos, sendo a primeira referência à raça encontrada em um poema de Sir Humphrey de Bohun, no qual um cão chamado Bloodhound é detalhado como um “caçador cuidadoso que está seguindo uma trilha de dois amantes”. O poema é de 1350.

Bloodhound é uma palavra que vem do status do cão como raça mantida pelos nobres; é como uma expressão que diz que ele tem sangue nobre. Os primeiros exemplares eram chamados de Cães de St. Hubert (ou Santo Humberto), descendentes do St. Hubert preto, criados por Francois Hubert, um caçador apaixonado que se dedicou a criar cães capazes de seguir trilhas. Guilherme, o Conquistador, é considerado o responsável por apresentar essa raça para a Inglaterra em 1066. No século XII muitas autoridades da igreja caçavam com eles.

A Revolução Francesa quase arruinou os Bloodhounds, devido à destruição da aristocracia. Na Inglaterra, eles também eram usados como cães de guarda, que rastreavam ladrões e caçadores furtivos, o que manteve sua popularidade em alta. Foi por lá que ele foi desenvolvido como conhecemos hoje.
O Cão de Santo Humberto chegou à América por volta de 1800, e foi reconhecido pela AKC em 1885. Por volta de 1888 o interesse pela raça aumentou, e americanos ricos começaram a criá-los novamente. 

Características

Assim como todos os cães de caça, possui um excelente faro. É dócil, gentil, sensível e agradável com as pessoas. Apegado ao dono, é também um ótimo cão de companhia. Convive tranquilamente com outros cães e animais domésticos. Não é um cachorro que late muito, mas seu latido é alto e grave. Não é muito obediente, precisa de um dono com pulso para treiná-lo.
  • O mais poderoso entre os cães farejadores; harmonioso em suas linhas, dotadas de ossos fortes, bons músculos e muita substância sem parecer pesado;
  • Longo em estrutura, aparência feral imponente e cheia de nobreza; atitude solene;
  • Cabeça e pescoço com pele abundante, flexível e fina, pendurada em dobras;
  • Focinho profundo, largo perto das narinas e de largura igual em todo seu comprimento; nariz preto ou marrom;
  • Dentes brancos e fortes, mordida completa de tesoura;
  • Olhos castanho escuros ou avelã, de tamanho moderado, ovais; expressão gentil e digna, com um toque melancólico;
  • Orelhas finas e flexíveis, cobertas de pelos curtos;
  • Cauda longa, forte, grossa e alta, diminuindo gradualmente para a ponta;
  • Patas dianteiras e traseiras compactas e sólidas, com dedos bem articulados e apertados, almofadas sólidas espessas e unhas fortes;
  • Pelagem preta e bronzeada, fígado e bronzeada e vermelho unicolor.

Cuidados básicos

O pelo é fácil de cuidar, precisa de escovação uma vez a cada quinze dias. Para deixá-lo brilhante, basta esfregar uma toalha ou flanela. A raça pode sofrer de dilatação gástrica, portanto não deve ser alimentado em grandes quantidades, o indicado é dividir em pelo menos três refeições. Após comer, devem-se evitar exercícios. Recomenda-se uma cama acolchoada para evitar calos nas articulações do cão.

Essa raça foi criada para seguir cheiros, portanto, não pense que simplesmente deixar seu cão em um local cercado irá impedi-lo de sair em uma trilha. Eles precisam viver em casas com espaço vedado com cercas bem altas para impedir que fujam. 
Quando sair para passear, leve-o na coleira, pois ele com certeza vai se empolgar com algum cheiro e querer sair correndo. Isso pode expô-lo a perigos como atropelamento e acidentes de trânsito.

Apesar de toda a energia, que exige longas caminhadas diárias e corridas, ele deve viver dentro de casa com a família – mesmo sujando a casa. O tutor deve ser firme e consistente, mas o treinamento deve ser de reforço positivo, pois se ele se sentir maltratado apresentará comportamento ruim. As sessões de treino devem ser curtas e você deve recompensá-lo com petiscos, elogios e carinho a cada progresso. As correções devem ser firmes, mas gentis. 

A escovação semanal mantem a pelagem brilhante, mas a limpeza das dobras, rugas e ouvidos deve ser diária. Deixe brinquedos de mastigação à disposição do seu cão, para evitar problemas com os móveis da casa.

Alimentação

A quantidade de ração varia de acordo com o peso e o tamanho do animal e pode ser encontrada nas embalagens.

Deve-se alimentar o cão de duas a três vezes por dia e manter água à vontade. Cães de grande porte consomem rações large breed.

A qualidade da ração é fundamental para a saúde do animal. As do tipo Premium e Super Premium são as nutricionalmente balanceadas.

Até os doze meses, o Bloodhound é considerado filhote. Nesta fase, a quantidade de ração varia de 90 a 425 gramas por dia. O alimento indicado são rações específicas para filhotes.

A partir de um ano o cão é considerado adulto. Deve-se mudar a ração e a quantidade varia de 325 a 400 gramas/dia.

Espaço para criação

Por seu grande porte, é indicado que seja criado em casa com quintal ou sítios. Mas, devido ao temperamento calmo e dócil, pode adaptar-se a apartamentos desde que seja exercitado diariamente, com longas caminhadas.

Saúde

Infecções de ouvido são comuns em Bloodhouns, já que essa raça tem orelhas grandes e que podem ficar sujas com frequência. Você perceberá, por exemplo, que é comum que elas caiam na comida ou fiquem úmidas após o banho. Limpe-as com frequência e cuide dos ouvidos para evitar inflamações ou infecções; consulte um veterinário sobre a melhor forma de manter orelhas e ouvidos secos e limpos. 

Além de problemas comuns a outras raças, como displasia de quadril e cotovelo, hipotireoidismo, torção gástrica e epilepsia, o Bloodhound pode sofrer de ectrópio, um deslocamento ou flacidez da pálpebra, que deixam o olho exposto a irritações e infecções, e entrópio, quando a pálpebra rola para dentro e fere o globo ocular. Ambas as condições podem ser corrigidas cirurgicamente.

Outro problema comum em Bloodhounds são infecções de pele causadas pela fricção das dobras e rugas ou acúmulo de umidade nas mesmas, que podem causar vermelhidão, coceira, feridas e mal odor. Pode ser tratado com pomadas e antibióticos, mas o ideal é prevenir o problema com limpeza diária das dobras e rugas; o uso de gaze com soro fisiológico é a melhor opção. Certifique-se depois que estão bem secas.

Curiosidades

o Bloodhound não é agressivo, mas a má publicidade fez com que muitas pessoas associassem seu faro invejável a uma sede de sangue. Com isso, ele foi taxado como agressivo e, por muito tempo, rejeitado e não visto como bom pet. Na verdade, porém, seu trabalho termina após encontrar o que fareja, pois ele não ataca e não tem qualquer traço de agressividade. Por muito tempo ele era a única raça cujas identificações eram aceitas em tribunal. 

Esta é a raça do Pateta e do Pluto.

Por que ter um Bloodhound?

Um cão forte, poderoso e incansável, o Bloodhound é calmo dentro de casa e excelente companhia para crianças, com quem é extremamente confiável. Se sua tarefa envolve seguir rastros, será um cão obediente e muito fácil de treinar.

Seu caráter rende muitas risadas e alegria dentro de casa, pois ele é ativo e brincalhão. Afetuoso, prefere viver dentro de casa com a família, embora precise de espaço para se exercitar, é determinado para cumprir suas tarefas e carinhoso com os seus. 

Por que não ter um Bloodhound?

Para ser um bom cão, o Bloodhound exigirá de você muita dedicação e exercícios físicos. Longas caminhadas, tarefas e corridas fazem parte do pacote, pois sua energia é infinita, e viver dentro de um espaço fechado não é uma boa ideia para um cão tão grande e tão ativo. 

Eles babam muito, o que pode ser enlouquecedor para quem busca manter a casa limpa, e são melhores com crianças mais velhas, pois podem machucar as pequenas sem querer. Também gostam de mastigar tudo, desde plantas até controles remotos e aparelhos eletrônicos, portanto tenha atenção.

É teimoso e não serve como um bom cão de guarda, pois tem amor às pessoas. Alguns podem latir em excesso, enquanto outros lhe darão muito trabalho para treinar. Não é uma boa raça para tutores de primeira viagem.