Cão da Montanha dos Pirineus
- Nome no Brasil: Cão da Montanha dos Pirineus
- Nome original: Chien de Montagne des Pyrénées
- País de origem: França
- Preço médio: R$ 2.000 a R$ 10.000
- Tipo de pelo: Alto
Tudo sobre Cão da Montanha dos Pirineus
Descrição
- Grupo: 2 - Cães de Guarda e Utilidades
- Porte: grande
- Função original: cão de guarda e pastoreio
- Tamanho do macho: 70 a 80 cm
- Tamanho da fêmea: 65 a 75 cm
- Peso do macho: máximo 55 Kg
- Peso da fêmea: máximo 45 Kg
- Tipo de pelo: lisa, longa e espessa
- Temperamento: independente, protetor, afetuoso e fiel
-
Expectativa de vida: 10 anos
- Para tutores de primeira viagem: 1
- Energia: 5
- Inteligência: 4
- Facilidade de adestramento: 1
- Como cão de guarda: 4
- Adapta-se ao calor: 3
- Adapta-se ao frio: 5
- Adapta-se bem à vida em apartamento: 1
- Necessidade de atividades físicas: 5
- Fica bem sozinho: 3
- Relacionamento com a família: 5
- Relacionamento com crianças: 4
- Relacionamento com estranhos: 3
- Relacionamento com outro cães: 4
- Tendência a latir: 3
- Tendência à obesidade: 4
Cão de tamanho grande com pelagem dupla e espessa. A pelagem externa é lisa e longa. Na altura dos ombros e no dorso é bastante áspero, assim como assume um comprimento mais longo no pescoço e na cauda. O sub-pelo também é denso.As cores mais comuns para essa raça são brancas e brancas com pequenas manchas cinza, como pelo de lobo. Essa textura é muito apreciada pelos criadores. No entanto, podem-se encontrar ainda exemplares nas cores amarelo claro e tons de laranja em algumas partes do corpo. Devido à pelagem espessa pode desenvolver problemas de pele em época muito quentes. Essa raça solto muito pelo durante o ano todo, mas a queda fica mais intensa uma vez ao ano.
O Cão da Montanha dos Pirineus é uma raça muito antiga e não se sabe ao certo como ela surgiu. Acredita-se que ela é descendente de molossóides oriundos da Ásia Central, trazidos para a Península Ibérica há mais de cinco mil anos. Esta raça é por vezes confundida com o Mastim dos Pirenéus, mas tanto a história das duas raças como a conformação, mostram que são cães distintos.
Esse cão é tão antigo que o primeiro registro histórico data do século XIV. O
Cão da Montanha dos Pirineus era descrito e apontado como sendo um guardião de
castelos. Até hoje não se tem certeza se essa função era utilizada com o
objetivo de caracterizar uma raça de guarda ou apenas pela imponência que o
animal causava. Esse registro também afirma que essa raça era uma das
preferidas das famílias reais.
Mas foi sua apetência para a guarda de castelos que deu popularidade a raça.
Uma das primeiras famílias reais que adotou o Cão da Montanha dos Pirineus como
guarda de seu castelo foi Luis XIV, que atribuiu à raça o título de Cão Real da
França em 1675. Após esse momento, esse cão se tornou um símbolo da nobreza e
qualquer pessoa desta classe precisava ter um exemplar desta raça.
O Cão da Montanha dos Pireneus começou a perder popularidade no século XIX,
pois o estilo de vida praticado não exigia mais um guarda de castelos. Porém,
apesar do declínio em Europa, foi nesta mesma época que a raça começou a ser conhecida
para além das suas montanhas. O advento do Romantismo e do fenômeno de
valorização da 'beleza selvagem" fez com que esses cães, inicialmente
admirados pela capacidade de trabalho, passassem a ser admirados pela beleza e,
mais tarde, pelo temperamento. O General Lafayette, em 1824, fez a primeira
tentativa de introduzir o Cão dos Pirineus na América levando dois exemplares.
E em 1843 foram introduzidos na Austrália para guardar os rebanhos numa
exploração em Hamilton.
Em
1907 foi fundado o primeiro clube dedicado à raça, mas como não havia
uniformidade suficiente, os esforços para organizar a criação não foram muito
bem sucedidos. A função do Cão dos Pirineus estava se tornando desnecessária, e
passaram a ser utilizado também como cão de busca e salvamento em
situações de avalanche, cão de trenó e cão de propriedades. O número de
exemplares estava diminuindo consideravelmente e isso se agravou na Primeira
Guerra Mundial. Na década de 20, os criadores finalmente conseguiram se
juntar e criaram o Grupo de Amigos dos Cães Pirinaicos, e em 1927 redigiu-se um
novo padrão para a raça.
No século XX, a raça
foi novamente descoberta e desceu mais uma vez as montanhas para povoar as
regiões francesas como cão de guarda e estimação. Apesar de não ser considerada
uma raça de cão popular, ele pode ser encontrado em diversos locais da Europa e
em alguns povoados nos Estados Unidos.
Características
- Essa raça é muito apegada à família
- Leal e carinhoso, se relaciona muito bem com crianças e com outros animais que não sejam caninos. Essa relação fica ainda melhor quando feita desde filhote
- Ótimo cão de guarda e tem a tendência ficar muito atento a estranhos
- Sua personalidade independente pode exercer forte dominância sobre aqueles que o cercam se não for bem treinado desde filhote
- Essa raça precisa de uma liderança e de limites bem definidos
- A maturidade nessa raça chega aos dois anos de idade. Antes disso o cão apresenta comportamento de filhote
- Costuma latir muito e pode babar
- Para adestrar um destes, é necessário que se tenha realmente experiência no trato de animais
- É importante socializar e treinar este cão para garantir que cresce equilibrado
- São cães especialmente devotados aos seus donos, mas discretos e tranquilos durante o dia
- Ele consegue ser um bom cão de guarda enquanto também é amigável, calmo e gentil
- Ele pode ficar entediado e destrutivo quando separado de sua família ou deixado viver no quintal
- Cão gigante e majestoso, de estrutura forte e possante
- Apesar do tamanho, tem um porte elegante que lhe valeu a admiração da nobreza francesa.
- A cabeça lembra a de um urso; não é muito grande em relação ao tamanho do cão. Suas laterais são razoavelmente planas
- Focinho é largo, ligeiramente mais curto do que o crânio, afilando progressivamente para a ponta
- O stop é ligeiro
- Lábios são pouco pendentes, apenas o suficiente para cobrir a mandíbula. Pretos ou fortemente marcados com preto
- Os olhos são pequenos e castanhos e dão ao cão uma expressão afável e paciente
- As orelhas são pequenas, triangulares, de pontas arredondadas e pendem junto à cabeça
- O pescoço é largo, forte, relativamente curto e ornamentado com uma juba que lhe dá um ar leonesco
- Os membros são bastante musculados, com uns pés fortes e compactos adaptados à neve
- Os membros anteriores possuem uma franja na face caudal. O duplo pezunho está sempre presente
- A cauda tem uma pelagem abundante e é mantida baixa ou ligeiramente enrolada na ponta
- A pelagem é densa, lisa e bastante longa; possui subpelo denso
- O pelo é mais comprido na cauda e no pescoço onde pode ser ligeiramente ondulado
- A cor da pelagem é o branco, podendo ter manchas amarelo-claro, laranja ou cinzentas. As manchas só são permitidas na cabeça, orelhas, base da cauda e por vezes no corpo. As mais apreciadas são as cinzentas
- Os filhotes, ao nascer, podem apresentar manchas no pelo que, com o tempo desaparecerão
Cuidados básicos
Alimentação
Deve-se alimentar o cão de duas a três vezes por dia e manter água à vontade, sempre fresca, na vasilha.
Cães de grande porte consomem rações large breed.
A qualidade da ração é fundamental para a saúde do animal. As do tipo Premium e Super Premium são as nutricionalmente balanceadas.
Até os doze meses, o Cão da Montanha dos Pirineus é considerado filhote (em tamanho e estrutura física, mas a maturidade comportamental ocorre após os dois anos). Nesta fase, a quantidade de ração varia de 90 a 350 gramas por dia. O alimento indicado são rações específicas para filhotes.
A partir de um ano o cão é considerado adulto. Deve-se mudar a ração e a quantidade varia de 295 a 350 gramas/dia.
Espaço para criação
Saúde
- Displasia de anca
- Luxação da patela
- Torção gástrica
- Obesidade
- Problemas de pele - exemplares que vivem em locais quentes, pois a raça não se adapta a esse tipo de clima
- Catarata
Curiosidades
Essa raça nasceu para pastorear, mas com o tempo também aprendeu a ser um grande cão de companhia. A prova é o quanto ele é apegado aos seus familiares. Sabe ser leal, carinhoso, amigável e calmo com quem está acostumado a conviver. No caso das crianças, a raça se relaciona muito bem e esse relacionamento fica muito melhor se for construído desde filhote. Outra qualidade desse enorme canino é sua capacidade de proteção. É um ótimo cão de guarda, está sempre atento e fica alerta na presença de estranhos. Seu forte latido ajuda a intimidar quem ele vê como ameaça. Se o Cão dos Pirineus ganhar um dono forte, firme e experiente, esse será o melhor animal de estimação que poderia ter. Com um bom treinamento e socialização, a raça crescerá equilibrada, calma e muito amorosa. O cão não é muito enérgico e costuma ser bem tranquilo durante o dia, mas isso não diminui sua necessidade por exercícios diários. É corajoso e dedicado a sua família, sendo o melhor amigo que alguém poderia pedir. Para completar, o cão é também um cobertor quente e reconfortante para noites frias.
Por que não ter um Cão da Montanha dos Pirineus?
Esse grande cão, apesar de todas as suas qualidades, não é indicado para qualquer tipo de pessoa. A raça precisa de um dono com liderança, que saiba ser firme e tenha experiência no trato de animais. Só assim ele será adestrado, aprenderá a ter uma personalidade equilibrada e saberá quais são os seus limites. Apesar de ser apegado e devotado ao dono, o cão possui tem um carácter independente, por isso ele pode exercer forte dominância sobre aqueles que o cercam se não for bem treinado desde filhote. O adestramento pode ser mais difícil ainda por conta do amadurecimento tardio da raça. Antes dos dois anos de idade, o cão apresenta comportamento de filhote. Ele pode ficar entediado e destrutivo quando separado de sua família ou deixado viver no quintal. A raça costuma latir muito e pode babar com frequência. Não é indicado para quem vive em apartamento ou locais muito pequenos. Essa raça não se adapta a locais quentes, podendo até apresentar problemas de pele. Ela prefere viver em climas frios.