Basset Hound
- Nome no Brasil: Basset Hound
- Nome original: Basset Hound
- País de origem: França
- Preço médio: entre R$ 1.800 e R$ 4 mil
- Tipo de pelo: Curto
Tudo sobre Basset Hound
Descrição
- Grupo: 6 – Cães farejadores e raças relacionadas
- Porte: 1 – Cães de pequeno porte
- Machos/Fêmeas: entre 33 e 38 centímetros/entre 22 e 29 quilos
- Tipo de pelo: suave, curto e fechado sem emplumar
- Temperamento: afetuoso, paciente, encantador, discreto
- Expectativa de vida: 10 a 12 anos
Escala de 1 a 5
- Para tutores de primeira viagem: 4
- Energia: 2
- Inteligência: 4
- Facilidade de adestramento: 2
- Como cão de guarda: 2
- Adapta-se ao calor: 2
- Adapta-se ao frio: 2
- Adapta-se bem à vida em apartamento: 5
- Necessidade de atividades físicas: 2
- Fica bem sozinho: 3
- Relacionamento com a família: 5
- Relacionamento com crianças: 5
- Relacionamento com estranhos: 5
- Tendência a latir: 4
- Tendência à obesidade: 5
Cão de médio porte, pesado e com pernas curtas. Possui pelo macio, curto, liso, fechado e espesso. A cor mais característica da raça é tricolor – preto, castanho e branco – mas pode ser encontrado também em branco e creme e tons avermelhados. Os olhos geralmente são escuros. As orelhas são longas, caídas ao lado da cabeça e têm textura aveludada. A cauda é longa.
O cão grande de pernas curtas se originou na
França, país onde “bas” significa “baixo”. Se originou, provavelmente, do cão
de St. Hubert, antepassado do Bloodhound, quando uma mutação na linhagem desse
cão produziu animais de pernas curtas com uma espécie de nanismo.
Isso não chegou a ser um problema, já que logo
os caçadores notaram a capacidade destes cães em rastrear coelhos e lebres
graças ao seu tamanho compacto e características de farejador. Em um livro
ilustrado sobre caça, datado de 1585, existe uma menção ao Basset Hound,
escrita por Jacques du Fouilloux.
Esses cães se tornaram populares entre a
aristocracia francesa, mas depois da Revolução Francesa viraram cães de caça
dos plebeus, que precisavam de um cão que pudessem seguir a pé sem
dificuldades.
Foi na Grã Betanha que a raça foi aperfeiçoada
e se tornou o que conhecemos hoje. O Basset Hound migrou para lá em meados do
século XIX, e em 1874 um programa de criação da raça teve início, promovido por
Everett Millais – conhecido como pai da raça na Inglaterra. Os cães foram exibidos pela primeira vez em
uma exposição em 1875.
A AKC registrou a raça em 1885, mas só a reconheceu
formalmente em 1916. Nos EUA, o Basset Hound se popularizou após uma edição da
revista Time apresentar um exemplar da raça na capa, além de um artigo escrito
sob a ótica deste cão. Na década de 60 ele novamente gozou de popularidade,
dessa vez por conta da campanha publicitária de sapatos Hush Poppy e a estreia
das tirinhas Fred Basset.
Características
- Rugas na testa e ao redor dos olhos
- Narinas grandes e bem abertas, com trufa preta e projetada um pouco além dos lábios
- Olhos em forma de losango e escuros
- Orelhas grandes e compridas, de textura aveludada
- Pescoço musculoso, comprido e bem arqueado
- Corpo grande, comprido e pesado
- Pernas curtas
- Cauda longa, forte na base e bem ajustada
-
Pelagem em três cores: preto, bronze e
branco
Vale enfatizar que todas as características da raça são relacionadas ao seu propósito inicial, de cão farejador e caçador de lebres e coelhos. A pele solta em torno da cabeça forma rugas que ajudam a capturar o aroma que estão rastreando, enquanto as pernas curtas facilita a vida dos caçadores que pretendem segui-los a pé.
A cauda longa, ereta e com ponta branca facilita para que o caçador o enxergue em grama alta. As patas maciças e pés dianteiro virados para fora ajudam a equilibrar a largura dos ombros.
Cuidados básicos
Passeios
diários (na coleira, para evitar que corra atrás de rastros), brincadeiras e
jogos são essenciais para manter o Basset Hound em boa forma física. Eles
gostam de fazer longas caminhadas, mas evite exercícios que exigem saltos, pois
podem prejudicar a coluna dele.
O
treinamento exige muita paciência e métodos suaves. O que funciona, em
especial, é recompensá-lo com comida quando fizer algo correto – tudo, é claro,
com bom senso, afinal ele tende a ganhar muito peso se comer
indiscriminadamente. É um cão emocionalmente sensível, que pode se aborrecer e
entediar quando passa muito tempo sozinho.
Juntando
a vontade de comer – coisa que eles adoram – com a tendência à obesidade e
torção gástrica, ele precisa de uma dieta apropriada e supervisão para evitar
que coma em excesso. É importante verificá-lo sempre após as refeições para
verificar se está tudo bem.
Jamais
deixe seu Basset Hound perto da água. Suas patas curtas e excesso de peso não o
tornam um bom nadador. O pelo não precisa de muito cuidado – exceto pela
higienização das rugas na testa e ao redor da boca, que podem ficar úmidos e
provocar infecções.
Alimentação
Deve-se alimentar o cão de duas a três vezes por dia e manter água à vontade. Cães de grande porte consomem rações large breed.
A qualidade da ração é fundamental para a saúde do animal. As do tipo Premium e Super Premium são as nutricionalmente balanceadas.
Até os doze meses, o Basset Hound é considerado filhote. Nesta fase, a quantidade de ração varia de 95 a 230 gramas por dia. O alimento indicado são rações específicas para filhotes.
A partir de um ano o cão é considerado adulto. Deve-se mudar a ração e a quantidade varia de 195 a 270 gramas/dia.
Espaço para criação
Custo de manutenção
O
tamanho do Basset Hound o deixa vulnerável a uma série de doenças, em especial
problemas na coluna, displasia de quadril, luxação patelar e claudicação
dolorosa. Devido ao tamanho das orelhas, as infecções de ouvido também são
problemas frequentes, e é preciso limpá-las com frequência para evitar
problemas.
Essa raça também tem forte tendência à obesidade, o que pode agravar ainda mais os problemas na coluna e nos ossos em geral. Uma dieta rigorosa, bem como exercícios físicos e evitar deixar comida à disposição do animal o dia inteiro, ajudam a manter um peso saudável.
- Doença do disco intervertebral: essa raça tem grandes chances de ter problemas nas costas, em especial a doença do disco intervertebral. A perda da capacidade de se levantar nas pernas traseiras, paralisia ou até perda de controle do intestino e bexiga são alguns dos sintomas. O tratamento pode ser feito com medicamentos anti-inflamatórios ou até cirurgia. Em alguns casos mais graves, o cão pode precisar de cadeira de rodas;
- Panosteitis: visto principalmente em cães jovens, provoca claudicação repentina, que pode ser leve ou grave, e muitas vezes é confundida com displasia de quadril ou cotovelo, luxação patelar e outros distúrbios. É associada ao crescimento e provoca uma espécie de inflamação nos ossos;
- Doenças nos olhos: o Basset Hound pode sofrer de glaucoma, condição na qual há acumulo de pressão dentro do olho, que pode levar danos à retina e ao nervo ótico e até à cegueira caso não seja tratado devidamente; entrópio, quando as pálpebras giram e os cílios podem machucar os olhos; e ectrópio, quando os olhos giram para fora das pálpebras, resultando em córnea seca;
- Torção gástrica: se após se alimentar ou praticar atividades depois das refeições o cão parece letárgico, com inchaço no abdome ou tenta vomitar, leve-o correndo ao veterinário. A torção gástrica provoca choque devido à queda da pressão arterial e pode ser fatal.
Curiosidades
Gracioso
e belo, o Basset Hound é também uma raça de fácil convívio, que faz de tudo
para agradar sua família e é muito bem humorado. Amável com outros animais de
estimação e crianças, ele tem disposição agradável e amigável, além de ser o tipo
de cão que gosta de deitar no sofá e aproveitar uma tarde preguiçosa com seus
tutores.
Muito leais à família, são gentis e tranquilos, mas excelentes competidores em testes e provas de rastreamento (seu talento natural de farejador), caça e campo, ou até obediência e agilidade. É um perseguidor talentoso e determinado, focado em seu objetivo.
Por que não ter um Basset Hound?
O
Basset Hound, quando sente um aroma diferente, vai persegui-lo independente de
qualquer coisa. É capaz de seguir um rastro até se perder, o que pode ser um
incômodo para quem só deseja um passeio tranquilo pelo parque. As caminhadas
exigem coleira e o quintal da casa deve ser cercado, para evitar que ele
pratique tais atividades.
O
latido alto e característico é usado quando ele está empolgado, bem como o som
semelhante ao murmúrio quando deseja atenção. Quando está sozinho e entediado,
ele pode emitir os dois sons, que podem ser irritantes para quem prefere o
silêncio, assim como o excesso de baba que ele produz e derrama pela casa.
Lento
e teimoso, também é um desafio treiná-lo, pois ele gosta de seguir as próprias
regras. Ele também pode soltar muitos gases, o que deve ser observado e
conversado com o veterinário.
Por
fim, seu tamanho e peso dificultam algumas atividades, como transportá-lo
quando estiver doente ou subir escadas. Leve isso em consideração antes de
adotar um cão da raça.