Pensar que emoções são exclusividade dos seres humanos é, no mínimo, egoísmo. Estudos já apontaram que os animais não humanos também têm sentimentos e muitos deles são bem semelhantes aos que nós temos, como instinto materno, senso de justiça, vingança, entre outros.
O primatólogo e antropólogo espanhol Pablo Herreros explicou em seu livro "A Inteligência Emocional dos Animais" alguns exemplos de emoções que compartilhamos com eles, principalmente com os primatas, nossos parentes próximos.
Se nós ficamos deprimidos com problemas de relacionamento, com as araras pode ser pior: muitas vezes elas acabam morrendo. Por serem fiéis ao companheiro durante a vida toda, quando as araras se separam, seja por morte ou cativeiro, elas param de comer e ficam fracas, chegando até mesmo a morrer.
Os macacos-prego conseguem diferenciar o justo do injusto. O que provou isso foi um experimento realizado em Yerkes Primate Center. Os cientistas davam pedaços de pepino em troca de cartões. Em certo momento, apenas um deles recebeu uva, alimento preferido. Então eles não cooperaram mais e até jogaram os pepinos na cara dos pesquisadores.
Um estudo publicado na revista Science provou que roedores são capazes de perceber quando outros estão sofrendo, e oferecem conforto. Quando um rato saudável era colocado ao lado de um estressado, ele tendia a ser cuidadoso. Assim, o rato estressado começava a gerar oxitocina, fazendo-o se sentir melhor. Os chimpanzés confortam vítimas de agressão, assim como golfinhos, cachorros e elefantes.
Seres humanos são vingativos por natureza. E quem pensava que os elefantes eram seres completamente pacíficos, errou. Em 2016 uma manada invadiu uma aldeia na Índia, por uma fêmea que morreu caindo em um canal de irrigação. Os moradores tiveram que fugir às pressas para sobreviver.
Os chimpanzés também agem de forma semelhante, atacando adestradores agressivos ou protegendo seus semelhantes que sofreram algum tipo de agressão. Essas são algumas das provas de que animais têm sentimentos assim como os humanos.