O Ministério Público de São Paulo denunciou na última sexta-feira (17) Aparecida Donizeti Berigo Blesio, de 60 anos, suspeita de envenenar e matar 26 gatos em São Joaquim da Barra, no interior paulista.
A idosa teria cometido o crime nos dias 27 e 28 de dezembro de 2024. A Justiça decretou a prisão preventiva da acusada. Quem está investigando o caso é a Polícia Civil.
De acordo com a denúncia, a mulher teria espalhado carne envenenada na Rua Paraná, perto de sua casa, o que teria acarretado na morte dos animais após ingerirem o alimento contaminado. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que ela arremessa pedaços de carne no local, enquanto alguns gatos se aproximam da comida.
O Ministério Público também pediu acesso ao celular da suspeita para obter mais provas. O objetivo é identificar a origem do veneno usado, possíveis cúmplices ou evidências que reforcem as acusações. Segundo o MP, a motivação seria a insatisfação da mulher com a presença dos animais na região.
A denúncia enquadrou o ato como maus-tratos agravados, com base no artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais. A pena pode variar entre 2 e 5 anos de prisão, sendo aumentada de um sexto a um terço devido à morte dos animais.
Em nota enviada à CNN Brasil, a defesa da acusada, representada pelo advogado Vinicius Magalhães Guilherme, informou que a prisão preventiva foi decretada “com base na gravidade abstrata do delito e no clamor popular”. A defesa planeja protocolar um pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça de São Paulo.
Entenda o caso
O caso começou quando uma moradora registrou boletim de ocorrência relatando que 15 gatos de sua casa foram encontrados mortos com sinais de envenenamento, como salivação excessiva, diarreia e convulsões. Vizinhos também relataram a morte de outros animais na região.
O delegado Gustavo de Almeida Costa, responsável pelo caso, confirmou que amostras dos alimentos foram coletadas e enviadas para análise toxicológica. Uma substância azul, semelhante a veneno de rato, foi identificada nos corpos dos animais, mas o laudo final ainda está em andamento. Os moradores da região organizaram uma rifa online para custear os exames toxicológicos e exigem justiça para os animais mortos.