Guia de Raças: conheça o Buldogue Campeiro, um legítimo cão brasileiro

A raça teve sua origem na região sul do Brasil, sendo descendente de buldogues trazidos por imigrantes europeus no século 18

Foto: Marcos Lopes/Flickr
Buldogue Campeiro quase foi extinto durante a década de 1970

Um cão de origem brasileira, o Buldogue Campeiro descende de antigos Bulldogs trazidos pelos imigrantes europeus durante o século 18. Não se sabe ao certo quais raças deram origem ao cão brasileiro, mas a hipótese mais aceita é a de que tenha surgido do cruzamento entre o  Buldogue Inglês  e o Bull Terrier .

Mais popular na região sul do país, esses cães eram muito utilizados para o trabalho no campo, cuidado de rebanhos e capturando bois selvagens ou que fugiam das fazendas. Um lado cruel entre as atividades destinadas a esse cão era a de segurar os animais em matadouros – algo que passou a ser mal visto e regulamentado pela vigilância sanitária.

Devido à periculosidade de seus trabalhos, muitos desses cães acabavam morrendo em conflitos contra os bovinos – como uma espécie de seleção natural –, sobravam os que tinham as características físicas mais adequadas. Além disso, a raça passou por algumas alterações após vários cruzamentos.

Além de forte, esse cão deveria ser obediente, para seguir as ordens dos boiadeiros nas grandes fazendas. Não muito popular em outras regiões do país, com o tempo, o número de cães diminuiu consideravelmente. Correu sério risco de extinção durante o século 20, mas sendo salvo por criadores apaixonados pelas raças – o nome mais conhecido é o do cinófilo Ralf Schein Bender.

Apesar de ser um cão com passado voltado para o trabalho, o Buldogue Campeiro é um animal com perfil dócil e tranquilo, sendo um ótimo animal de companhia.

A raça ainda não é reconhecida pela FCI (Federação Cinológica Internacional), mas teve seu reconhecimento oficializado pela Confederação Brasileira de Cinofilia (CBKC) em 2001. Também tem registro reconhecido no América Latina Kennel Club (ALKC).

Personalidade

Foto: Natália Cristofoli Boeira/Flickr
O Buldogue Campeiro foi originalmente desenvolvido para trabalhos no campo, hoje é um ótimo cão de companhia e muito dócil com crianças

O Buldogue Campeiro é um cão de fácil adaptação e muito versátil, muito corajoso e fiel aos tutores. Apesar de ter uma “cara de bravo” é um pet muito companheiro e um protetor sempre vigilante.

Ele é um ótimo animal de estimação para famílias grandes e é muito gentil com crianças, adorando as brincadeiras com os pequenos. Pode conviver bem com outros animais, mas é importante que sejam bem socializados desde cedo para que se acostumem com a presença dos outros animais, como cães e gatos.

Não é de latir muito, mas pode ser um pouco desconfiado com a presença de estranhos. É um cão muito inteligente e fácil adestramento, aprende novos comandos sem muito trabalho, sempre seguindo com reforço positivo e, de preferência, com a orientação de um profissional.

Cuidados básicos

Tem pelos curtos e lisos com uma textura macia, não requer tantos cuidados, bastando apenas uma escovação semanal para a remoção de fios mortos. Pode ser encontrado em padrões de cores dourada, marrom, marrom avermelhado, tigrado e creme.

Por ser um cão que geralmente vive em grandes áreas, os banhos podem ser mensais ou conforme a necessidade do animal. O excesso de banho pode prejudicar o animal, além disso é importante sempre secá-lo muito bem para evitar possíveis problemas de pele.

É importante manter atenção ao cuidado com a região dos ouvidos, mantendo sempre limpa e checando semanalmente o acúmulo de sujeira (cera), para evitar possíveis infecções, como a otite.

Cuidados com a saúde

Ao contrário de outros Buldogues, como o  francês e o inglês, o Campeiro é muito resistente e não tem  problemas com sua respiração e não apenas pode, como deve ter uma boa rotina de exercícios físicos para gastar energia e manter sua saúde em dia. Caminhadas diárias e brincadeiras são essenciais para esse cão.

Por ser um cão muito resistente e rústico, é um cachorro geralmente muito saudável e sem predisposição a maiores problemas de saúde, o que não significa que esse pet não precise de cuidados com visitas frequentes ao médico-veterináriovacinasvermífugos sempre em dia.

Doenças como  displasia coxofemoral e dermatites podem afetar a raça ao longo da vida e, o quanto antes forem detectadas, mais tranquilo será o tratamento.

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