Os gatos podem ter dois tipos de anemia, que agem como uma patologia secundária a distúrbios que podem ser graves. A falta de glóbulos vermelhos - também chamados de eritrócitos ou hemácias, responsáveis pela oxigenação dos tecidos do corpo - afeta igualmente a todos os animais.
Anemia é um termo usado quando há um déficit de eritrócitos no sangue. Essas células contêm um pigmento denominado hemoglobina, que é responsável por coletar as moléculas de oxigênio e dióxido de carbono no sangue. Quando essas células ficam escassas, a oxigenação sanguínea começa a falhar.
Sem receber todo o oxigênio necessário, algumas funções básicas do corpo ficam prejudicadas. O gato passa a sentir fraqueza e falta de apetite, as membranas mucosas ficam pálidas, a respiração fica acelerada, e o pet fica com mau hálito.
A anemia pode ser consequência de perda de sangue devido a sangramentos internos ou externos. Mas é geralmente secundária a outras patologias, como doenças endócrinas, insuficiência renal e problemas do sistema imunológico.
Entre as duas formas de anemia que podem ameaçar a vida de um gato, a regenerativa é a que tem o melhor prognóstico. Mesmo que a perda de hemácias seja patológica, a medula óssea continua produzindo células sanguíneas. Pode ser revertida por tratamento à sua causa primária, geralmente acompanhados por fluidoterapia e suplementação.
É a mais grave e ocorre quando o gato não é capaz de sintetizar células do sangue normalmente e o agente subjacente é o comprometimento da medula óssea. Entre suas principais causas estão: insuficiência renal crônica, doenças endócrinas, deficiências nutricionais, hipoplasia ou aplasia da medula óssea, leucemia felina e peritonite infecciosa felina (PIF).
O tratamento para a anemia não regenerativa dependerá do estado da medula óssea e de sua patologia subjacente. É um tratamento longo e mais indicado para dar mais qualidade de vida ao animal, compensando sua perda de hemácias, do que como uma solução definitiva.
Ao observar qualquer sinal de anemia no animal de estimação, o tutor deve levá-lo ao médico-veterinário o mais rápido possível. Quanto mais cedo for detectada a causa, maiores serão as chances de um tratamento eficaz.
O primeiro passo será verificar com um exame de hemograma, tamanho, forma e número total de glóbulos vermelhos no sangue do felino. Também serão realizados exames para descobrir a causa principal da anemia e, então, o veterinário aplicará o tratamento mais indicado.
Por mais que visitas ao médico-veterinário possam ser estressantes para alguns animais, especialmente para os gatos, é um “mal necessário” que ajudará a identificar qualquer problema de saúde antes que se torne algo mais grave. Vale ressaltar que apenas um profissional capacitado pode fazer o diagnóstico.