Assim que um novo pet chega na nossa casa, temos que verificar se ele está vacinado, vermifugado, e sem parasitas. Mas quem tem um animal de estimação sabe que passear com cachorros, ou manter o gato livre pode trazer esses seres indesejados para dentro de casa. E não basta eliminar as pulgas apenas do animal, é preciso também limpar o ambiente.
As pulgas não voam, mas são conhecidas por pularem muito alto e muito rápido, tanto de animal para animal, quanto do ambiente para o animal, é assim que a contaminação acontece. Além disso, como elas botam cerca de 300 ovos por dia, eliminar pulgas pode ser uma tarefa mais difícil do que parece.
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Mas por que será que mesmo utilizando todos os remédios do mercado, meu cão ainda traz pulgas para casa? Mesmo depois de coleiras antipulga, shampoos, repelentes, remédios via oral, o pet continua se coçando. Se seu animal de estimação já estiver acostumado a passear, parar de sair com ele não é uma opção. O que fazer para evitar que ele seja contaminado? Para entender como combater o problema, vamos conhecer o ciclo de vida desses insetos.
Ciclo de vida das pulgas
O pequeno parasita nasce de ovos que são botados por pulgas já adultas. Os ovos ficam alojados na mobília, nos pelos dos animais e até mesmo no chão se a casa for antiga, com piso de madeira que contenha frestas, os famosos tacos.
Depois de serem chocados em lugares úmidos e quentes, elas viram larvas, depois entram na fase adulta, encontrando um hospedeiro e se alimentando de seu sangue e o ciclo se repete quando botam seus ovos. É importante deixar claro que este ciclo acontece em uma questão de poucos dias.
Contágio
Segundo Stéphanie Tomsic, médica veterinária do Hospital Veterinário Cão Bernardo, não existe predisposição de raça para o contágio de pulgas. Às vezes podemos achar que por um cão ser mais baixinho e estar mais perto do chão, o parasita pode preferí-lo, mas não é isso que acontece. " Todas as raças , inclusive os sem raça definida, tem as mesmas possibilidades", afirma Stéphanie.
Ao contrário do que pensamos, apenas 5% das pulgas ficam no animal. "95% delas estão no ambiente que o cão ou gato vivem, e a limpeza convencional com produtos habituais do dia a dia não surte efeito", completa a veterinária. Ou seja, é preciso ficar atento e buscar artigos de limpeza específicos para erradicar esse tipo de inseto.
Cuidados
Além do desconforto da picada, os animais podem desenvolver a dermatite alérgica a picada de pulga (DAP), que também pode levar a dermatites úmidas por lambedura, já que o pet tende a lamber o local ferido. E não é só isso: as pulgas podem transmitir um verme chamadodypilidium caninum, por isso é bom reforçar a vermifugação no animal. Nenhuma dessas ocorrências é letal.
Para o cuidado e prevenção das pulgas existem algumas opções. Os comprimidos funcionam liberando um componente na corrente sanguínea do seu pet. Esse componente é tóxico para os insetos, que morrem ao picar o animal.
Os sprays tem o mesmo princípio, e também podem ser usados antes do cão sair para passear. Outro famoso no combate às pulgas é o remédio de uso tópico, aplicado na nuca do bicho, que pode matar o inseto por contato ou ingestão. Para saber qual o mais indicado para seu animal de estimação, consulte seu veterinário de confiança.
Mas e os gatos? Stéphanie refoça que os remédios receitados para cães não sejam dados aos gatos. "Há produtos específicos para a espécie felina. Se esses medicamentos para cães forem usados em gatos, podem ser extremamente tóxicos e letais", adverte.
Por último, caso nenhuma das opções acima surta efeito, a veterinária recomenda dedetizar o ambiente. Além disso, Stéphanie avisa que para eliminar pulgas não se deve utilizar fórmulas caseiras, e sim procurar auxilio de um médico veterinário.