A sarna negra provoca manchas vermelhas na pele do cão e queda de pelo

A doença é hereditária e costuma afetar os cães ainda filhotes

É comum encontrarmos cães de rua, sem comida e sem lar, doentes ou muito sujos. O ambiente inadequado, a falta de banho e de alimentos prejudica o sistema imunológico dos cães. Por isso, não é raro encontrarmos pets com sarna negra, por exemplo. Mas será que essa doença hereditária afeta apenas os vira-latas?

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Queda de pelo e manchas vermelhas? Pode ser sarna negra


Causada por um ácaro chamado Demodex Canis, a enfermidade é transmitida de pai para filho e leva a problemas de pele bem sérios. Costuma acometer os cães ainda filhotes e tem maior incidência em determinadas raças. É normal os pets terem contato com esse ácaro logo quando nascem, mas em quantidade pequena. Quando o corpo apresenta baixa imunidade, a contaminação fica mais fácil e desenvolve-se a sarna negra - ou sarna demodécica ou sarna vermelha.

Existem dois tipos da enfermidade: a sarna localizada e a generalizada. É importante saber a diferença entre as duas.

Sarna localizada e sarna generalizada

A primeira lembra muito uma micose, devido à aparência que a pele toma, e é mais comum aparecer em cachorros de até 1 ano de idade. 

Regiões do corpo afetada pela queda de pelo:

  • pálpebra
  • canto da boca
  • lábios
  • tronco
  • patas
  • pernas

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A sarna negra provoca manchas vermelhas na pele, mas tem tratamento

Além disso, ao longo do tempo manchas vermelhas irregulares surgem e aumentam de tamanho. Dependendo do caso a pele também começa a descamar e desenvolver infecções. 

O corpo do pet pode se recuperar sozinho, dentro de um a dois meses - em especial no caso dos mais jovens. Caso isso não aconteça o tratamento é feito com aplicação de xampus, pomadas e cremes especiais para esse tipo de pele. Durante o processo é provável as manchas tornarem-se ainda piores.

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Já o segundo tipo de sarna é mais grave e demanda um tratamento mais profundo. Costuma atingir a cabeça, o tronco, o peito e até as pernas. É possível notar grandes partes da pele sem pelagem e bastante inflamadas. Aos poucos aparecem feridas e crostas, devido ao rompimento da pele. Normalmente o cão fica com aparência envelhecida e coçando-se o tempo todo, por conta da dermatite formada.

Pode ser uma extensão da sarna localizada ou um desenvolvimento do sistema imunológico de cães de idade avançada. Quando o cão ainda é filhote, com menos de 1 ano de idade, as chances de recuperação espontânea sobem para 50%. Do contrário, para melhorar é preciso um acompanhamento veterinário constante.


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A sarna negra deixa o cachorro com muita coceira, manchas vermelhas no corpo, além de provocar queda de pelo

Além de banhos especiais, com xampus específicos para retirar as feridas, matar os ácaros e regenerar a pele aos poucos. Dependendo da gravidade pode ser recomendado o uso de medicamentos ou de injeções. 

Se a doença não for tratada da forma correta pode acarretar bolhas de pus na pele, assim como odores fortes e até falta de apetite. O sistema imunológico afetado torna-se mais propício a desenvolver infecções também. 

Como já dito antes, a doença é hereditária, ou seja, é transmitido de pai ou mãe para o filhote. Quando o cachorrinho toma leite de uma mãe contaminada, por exemplo, é provável que ele tenha. Não pode ser transmitida para seres humanos e o ideal é o cão não se reproduzir caso tenha a enfermidade.

Normalmente o que mais provoca a sarna negra são os fatores externos, que desestabilizam a imunidade do animal. Estresse, mudanças bruscas e até o cio das cadelas são possíveis motivos, atrelado à predisposição genética.

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Algumas raças são mais propensas a ter a sarna negra




Diagnóstico e tratamento

Por mais que o tutor desconfie do que o pet tem, ninguém melhor do que o veterinário para dar o diagnóstico do cão. Ele provavelmente vai analisar de forma minuciosa o corpo do animal, além de pedir um raspado de pele. 

Como citado anteriormente, tanto o uso de medicamentos, quanto a aplicação de banhos especiais são as melhores opções. Dependendo do quadro, coleiras demartológicas podem ser utilizadas para acabar com os ácaros causadadores da enfermidade. 

Como evitar?

Não existe uma forma exata de impedir a doença. No entanto é possível garantir que ela não se espalhe pelas próximas gerações de cães. Uma vez que é uma doença hereditária, o primeiro passo é atentar para o histórico familiar do cão e evitar que ele seja cruzado com outros se de fato tiver tendência à sarna. Castrar a cadela também é uma solução.

Aqueles que já estão contaminados devem ter acompanhamento médico constante para saber se há presença de outras enfermidades ou para acompanhar a evolução da sarna. Em especial no caso de cães idosos ou adultos. 

Lembre-se também que uma das melhores maneiras de evitar qualquer doença é garantir uma vida saudável, ativa e feliz ao pet. Se ele estiver sempre bem alimentado, receber carinho constante da família  e não passar por estresse, a saúde dele vai estar sempre em dia e a imunidade lá em cima. Para assegurar ainda mais que o animal está realmente bem, leve-o no mínimo a cada três meses no veterinário para exames de rotina e uma avaliação do médico.


Raças propensas 

Algumas raças de fato tem predisposição a ter a sarna negra:

  • Dachshund
  • Pinscher
  • Pastor Alemão
  • Boxer
  • Yorkshire
  • Collie
  • Pug
  • Dálmata
  • Pitt Bull
  • Bull Terrier
  • Bulldog Inglês
  • Bulldog Francês
  • Shar Pei
  • Afghan Hound
  • Dobermann

Gatos também são afetados?

Sim, mas em menor proporção. O problema é muito mais comum em cães. Porém é importante saber que a forma de transmissão é a mesma e o contato com o ácaro leva à queda intensa de pelo, além de feridas e muita coceira na região das orelhas. A dermatite facial e infecçõs de ouvido são ainda resultado desse processo. A cabeça e o dorso também podem ser atingidos, apesar de ser incomum. 

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A retirada de uma parte do pelo para observação em microscópio é suficiente para ter um diagnóstico. A aplicação de pomadas e os banhos especiais são também métodos de combater a sarna negra no felino. E é claro: o tratamento deve ser indicado pelo médico veterinário.