Fatos sobre otite canina que você precisa saber

A otite é uma doença comum nos cães e causa muita dor e desconforto. Geralmente acontece devido à proliferação de fungos, ácaros ou bactérias, mas fatores genéticos e ambientais podem favorecer seu aparecimento.

Entenda o problema

A médica-veterinária Fernanda Ambrosino, da Ceva Saúde Animal, lista algumas curiosidades importantes sobre as otites que todo tutor deveria saber. Confira!

sergio souza/Pexels

Existem três áreas em que as otites acontecem

A orelha externa é responsável por coletar o som no ambiente e levá-lo à orelha média. Ela é, basicamente, a orelha como enxergamos e o canal auditivo, que é responsável por levar o som até os tímpanos. A orelha média é composta pelo tímpano e uma pequena câmara de ar com três pequenos ossos e têm também a janela oval e a trompa de Eustáquio. Já na orelha interna ficam a cóclea e o sistema vestibular.

B J BJ/unsplash

Classificações da otite

“As otites podem ser classificadas como otite externa, otite média ou otite interna de acordo com a região em que a inflamação acontece. A conduta de tratamento pode variar de acordo com a região acometida, por isso é importante o diagnóstico preciso do médico-veterinário”, explica Fernanda.

Erda Estremera/Unsplash

Orelhas maiores, maiores problemas

Cães com as orelhas grandes e pendulares (caídas) têm mais chances de ter a infecção porque elas atuam como verdadeiros abafadores do conduto auditivo, o que facilita a manutenção da umidade, deixando um ambiente perfeito para a proliferação de fungos e bactérias.

Taylor Kopel/Unsplash

Mas não são apenas elas que sofrem

“Muitas vezes pensamos que as orelhas curtinhas e pontudas têm menos risco de sofrer com otite porque estão sempre bem ventiladas, mas a verdade é que elas também têm uma menor proteção contra a entrada de água, sujidades e outras impurezas, que causam a irritação e inflamação dos tecidos”, comenta a veterinária.

Alina Skazka/Pexels

Cães alérgicos sofrem mais com a otite

Muitas vezes, os microrganismos causadores da otite já habitam naturalmente a pele do cão e, quando ocorre algum desequilíbrio na imunidade do pet, eles se proliferam de maneira oportunista, acarretando a infecção.

Barbara Penfold/Pexels

Por que acontece?

“Os animais que já apresentam histórico de alergia e problemas recorrentes de pele também podem apresentar mais predisposição às otites porque a microbiota natural da pele destes animais já apresenta algum tipo de alteração ou desequilíbrio, prejudicando a defesa natural do organismo”, Fernanda elucida.

As otites são mais frequentes no verão

No verão, é comum também que os pets busquem formas de se refrescar junto aos humanos, como tomar banho de piscina ou mar, por exemplo, o que facilita a entrada de água nos condutos auditivos. Se não forem limpos corretamente ao final do passeio, é possível que os condutos auditivos úmidos se tornem ambientes muito agradáveis para os fungos, ácaros e bactérias se proliferarem.

Marcia Soligo/Unsplash

Então é só evitar praia e piscina?

Não exatamente: “O calor e a umidade típicos desta época do ano na maior parte do Brasil também contribuem para que os casos de otite ocorram mesmo nos cães que não frequentam praias ou piscinas, por isso o tutor precisa estar atento a qualquer sinal de incômodo, coceira ou balançar frequente de cabeça, vermelhidão ou mau cheiro na região das orelhas.”

Camila Gomez/Unsplash

Otites de repetição são um problemão

Quando não recebem um tratamento adequado, as otites podem se tornar problemas crônicos, conhecidas como otites de repetição (ou recidivantes). As otites de repetição, quando não são possíveis de serem curadas de forma clínica por meio do uso de medicações, podem demandar intervenção cirúrgica.

Dustin Bowdige/Unsplash

Cuide do seu pet

“Otites de repetição são problemas maiores porque quase sempre elas passam a ser otites internas causadas pelos microrganismos que criaram resistência ao medicamento utilizado no tratamento. Nestes casos, o tratamento precisa ser mais específico para o agente causador da inflamação, que deve ser identificado por meio de exames citológicos e cultura fúngica e bacteriana. Esse tratamento precisa ser feito com bastante rigor, para evitar que o quadro piore”, finaliza.

shutterstock

Veja como limpar as orelhas do pet

Cuidar bem das orelhas dos pets é um gesto de cuidado e de amor, por isso é muito importante ter certeza de que elas estarão protegidas durante o banho para evitar a entrada de água no conduto auditivo, realizar a limpeza externa da orelha com ceruminolíticos específicos seguindo orientações do veterinário, e nunca remover os pelos que estão presentes nas orelhas dos cães, pois eles auxiliam na proteção do conduto auditivo.

Reprodução/freepik

O Canal do Pet no Telegram

Receba todas as novidades e curiosidades do mundo dos pets diretamente no seu celular.

Zen Chung/Pexels