Alergias em cachorro têm 3 causas principais que podem ser controladas

A alergia é uma das principais queixas dos tutores durante as visitas ao veterinário e pode acontecer por inúmeros fatores

Foto: Katie Bernotsky/Unsplash
Entenda as 3 principais causas de alergias em cães e por que acontecem - Avert Saúde Animal

As queixas por alergia nos animais de estimação estão cada vez mais comuns durante as visitas aos consultórios veterinários. Crises alérgicas vêm acompanhadas de intensas coceiras e algumas vezes até mesmo da queda de pelos na região afetada. Essas alergias acontecem como um mecanismo de defesa do corpo do animal contra algo que o sistema imune entende como danoso.

O animal se coçar de vez em quando é normal, e isso não tem necessariamente nenhuma ligação a qualquer problema de saúde. Já as coceiras mais intensas (quando o animal se coça, se morde e até mesmo se esfrega em móveis e objetos) acompanhado de vermelhidão intensa, queda de pelos, descamação, odor diferente do normal e lesões de pele podem indicar uma crise alérgica.

A pele é o maior órgão dos animais e funciona como uma barreira de proteção contra lesões químicas, físicas e microbiológicas (bactérias, fungos, ácaros e vírus). Nela, vive uma gama de micróbios que constituem o microbioma cutâneo natural.

Como explica a médica veterinária Mariana Raposo, esse ecossistema que existe na pele do animal desenvolve um tipo de barreira de proteção, juntamente com a ceramida, mantendo o pH da pele em equilíbrio.

“Quando este ecossistema se fragiliza, seja por desequilíbrio de algum dos microorganismos presentes na pele ou por deficiência na produção de ceramidas, a pele fica mais vulnerável às interferências do ambiente”, diz a veterinária.

As principais causas de alergia nos cães

As três principais causas de crises alérgicas nos cães são a dermatite alérgica à picada de ectoparasitas, a hipersensibilidade alimentar e a dermatite atópica. A médica veterinária esclarece como elas acontecem, como são diagnosticadas e qual é o melhor tratamento para cada uma.

Dermatite alérgica à picada de ectoparasitas (DAPE)

Foto: reprodução shutterstock
Apesar de ter alguns animais mais predispostos do que outros, todos podem desenvolver essa reação alérgica

É a alergia causada pelas picadas de pulgas e carrapatos, a mais fácil de ser diagnosticada pelo médico veterinário e também a mais simples de tratar.

É comum que a picada destes parasitas incomode causando coceira, e isso acontece porque a saliva da pulga e do carrapato contém substâncias que estimulam a liberação de histamina pelo organismo do pet. Um animal que sofre de DAPE tem uma resposta exagerada do organismo a essas picadas, apresentando uma coceira intensa e queda de pelos localizada, o que pode provocar descamação de pele e até favorecer o aparecimento de lesões e infecção bacteriana.

Descamação de pele nas regiões dorso lombar, de virilha, interna da coxa e na cauda são características da dermatite por picada de ectoparasita. O tratamento se baseia na eliminação dos ectoparasitas do animal e do ambiente, e pode ser mantido com a  utilização na frequência ideal dos antipulgas e anticarrapatos.

Hipersensibilidade alimentar (HA)

É a alergia que acontece quando o animal ingere alguma proteína que o organismo identifica como um agressor. Os alérgenos mais comuns para os animais que sofrem de hipersensibilidade alimentar são a carne bovina, frango ou cordeiro, soja, milho e trigo.

Tanto o diagnóstico efetivo como o tratamento dos animais que sofrem com HA são baseados na mudança da alimentação para uma dieta hipoalergênica, que deve ser sempre indicada e acompanhada de perto por um médico veterinário.

Dermatite atópica

A dermatite atópica é a condição alérgica mais comum, que atinge entre 20% e 30% da população canina do planeta. Suas causas não são esclarecidas, podendo ocorrer por alérgenos ingeridos, inalados ou absorvidos pela pele. A doença é hereditária, não tem cura, mas é possível que o animal de estimação tenha uma vida normal quando as crises alérgicas estão controladas.

O principal sintoma da dermatite atópica é a inflamação, que gera vermelhidão ao redor dos olhos, da boca, nas patas, nos condutos auditivos e na região de virilha e abdômen. O diagnóstico é concluído por meio de testes de alergia e muitas das vezes não é possível retirar completamente o causador da alergia do contato com o pet (por exemplo pólen, poeira, ácaros etc), mas existem protocolos capazes de “educar” o sistema imunológico do pet a não reagir mais de maneira exagerada à presença daquele alérgeno.

“Manter a saúde da pele é uma necessidade constante para todos os pets, principalmente aqueles que sofrem ou já sofreram com algum tipo de alergia, e muitas vezes é um cuidado negligenciado pelo tutor. A utilização de produtos como hidratantes, shampoos que nutrem o microbioma cutâneo e suplementos a base de ômegas com alta concentração de EPA, DHA e GLA específicos para o pet ajudam a manter uma pele mais saudável e protegida, fortalecendo a barreira cutânea e ajudando na prevenção das crises alérgicas”, conclui Mariana.

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