Até os mais experientes donos de cães se confundem ao olhar as gôndolas repletas de rações dos grandes centros especializados no comércio de produtos para animais de estimação. Têm rações específicas para cães da raça Yorkshire, Lhasa Apso, Maltês, Poodle, Shitzu, para os de porte grande, para cardiopatas, obesos e diabéticose até as especiais de dieta para cães. As opções são tantas que fica difícil escolher entre elas qual levar para casa.
A melhor forma de saber qual delas é a mais indicada para o seu animal de estimação ainda é pedindo o auxílio de um médico veterinário, pois ele é o profissional apto para avaliar se o cão está no peso ideal, qual é a necessidade dele e se a ração de dieta para cães é realmente indicada.
Segundo a médica veterinária Keila Regina de Godoy, as dietas para cães não costumam ser segmentadas pelo tamanho da pelagem como a dos gatos. Porém, os alimentos de alta qualidade, como os da categoria super premium, já garantem certos cuidados com a pelagem. “Desde cuidados mais básicos, como a presença de ácidos graxos essenciais em equilíbrio, até os que são mais específicos, com quantidades especiais de vitaminas como a biotina ou de aminoácidos como a fenilalanina e tirosina, aminoácidos sulfurados ou outros elementos importantes para o desenvolvimento de uma pelagem exuberante”, explica.
A obesidade canina, problema bastante comum atualmente em pets tem aumentado a busca por tipos de rações fabricadas especificamente para a dieta para cães. São alimentos que levam em conta as necessidades orgânicas dos animais para favorecer, por meio da nutrição equilibrada, o máximo desenvolvimento de suas características típicas e desejáveis, bem como prevenir ou minimizar os principais problemas de saúde que mais acometem determinadas raças. Mas antes de tomar essa atitude, alguns passos podem ser seguidos.
A causa mais comum do alto peso costuma ser a oferta excessiva de alimento, seja de ração, comida caseira ou petiscos. Estudos recentes apontam que a transferência de hábitos do proprietário para o cão e a excessiva humanização dos pets são fatores determinantes para a alta incidência do problema. A oferta abundante de alimento associada ao sedentarismo rapidamente leva os cães à obesidade. Existem algumas medidas simples e rotineiras que podem e devem ser utilizadas para evitar isso, uma delas é adequar e respeitar as quantidades de alimento recomendadas ao animal, que devem estar de acordo com sua idade, porte, condição corporal e nível de atividade física. “Outro ponto fundamental é não oferecer excesso de petiscos e, quando for o caso, descontar das calorias totais diárias as calorias do petisco para não incorrer em excessos”, ensina a veterinária. E por fim, é preciso manter uma rotina de passeios e exercícios regulares, importantíssimos tanto para saúde física quanto mental do cão.
“No entanto, menos comumente, alguns casos podem ser desencadeados por problemas endócrinos, como por exemplo, o hipotireoidismo, sendo sempre importante descartar causas metabólicas para o problema”, explica Keila Regina. Nesses e nos que as tentativas de perda de peso não funcionarem, a saída será a ração específica para os gordinhos. Estas dietas se dividem em duas categorias: os alimentos light e os alimentos coadjuvantes da obesidade, também chamados de terapêuticos. Segundo Keila Regina, a indicação de um ou outro dependerá do grau de obesidade instalada.
O princípio básico para a perda de peso é a restrição calórica, o controle do apetite exagerado e nutrição balanceada, coisas que todas as dietas têm em comum. O que muda são os graus de restrição: menor nível de gordura e calorias, maior quantidade de fibras (que ajudam com a sensação de saciedade), nível adequado de proteínas (para manter a massa muscular) com balanceamento ideal de vitaminas e minerais, de modo a garantir que haja restrição apenas de calorias, sem abrir mão dos demais nutrientes. “Não é recomendada a simples redução da quantidade de uma dieta convencional, pois como seu balanceamento não é apropriado, na dieta para cães ao diminuir a quantidade, junto diminuímos a oferta de todos os demais nutrientes, o que pode causar deficiências em longo prazo”, justifica.