Os felinos são animais reservados e cautelosos. Esse comportamento é muito comum, porém, também pode acontecer quando o pet não é exposto a vários estímulos durante a fase de sociabilização primária, segundo o adestrador Alexandre Rossi.
Esse período é muito importante para transformar o filhote em um adulto mais confiante e menos medroso, mesmo que ele tenha um temperamento inseguro. Essa é uma etapa fundamental, segundo o especialista.
O primeiro passo é identificar o agente causador do medo. Pode ser outro animal, barulhos ou objetos, por exemplo. Feito isso, a orientação é oferecer sempre a oportunidade de um refúgio, que pode ser uma caixa de transporte ou locais específicos da casa, segundo Rossi.
Vale estimular o gato a descansar e a permanecer nesse lugar, com o uso de petiscos, brinquedos ou outra coisa que ele goste bastante. Dessa forma ele vai aprender que aquele lugar é recompensador.
Agora é hora de pensar nos fatores que geram medo e introduzi-los de forma controlada. Quando o estímulo acontece, devemos oferecer ao gato um petisco que ele goste bastante e, se ele mantiver calmo, pode-se aumentar aos poucos o estímulo.
É importante observar o comportamento e retroceder sempre que o gato se mostrar agitado ou receoso. Com o tempo e com a ajuda das associações positivas, será possível conseguir aproximar o agente causador do medo, sem que o gato saia correndo.
Um erro que muitos tutores cometem com gatos que se escondem das visitas é ir atrás deles e pegá-los, segundo o especialista. O mais indicado é a visita pegar um petisco para que seu cheiro fique no alimento e o gato faça uma associação positiva.
Se o problema do gato medroso for muito extremo, vale a pena consultar um profissional especializado em comportamento, que vai poder auxiliar nas medidas que são mais adequadas para a situação, finaliza Rossi.
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