
Entre as doenças que mais assustam tutores de cães, a cinomose ocupa o topo da lista. Altamente contagiosa, silenciosa em seus estágios iniciais e, muitas vezes, fatal, a enfermidade ainda provoca dúvidas e medo em muitos donos de pets.
Apesar dos riscos, a boa notícia é que ela pode ser evitada de forma simples e eficaz: por meio da vacinação.
Ao Canal do Pet, a veterinária Fernanda Binati chamou a atenção para os sinais de alerta que não podem ser ignorados.
“É uma doença causada por um vírus, que afeta principalmente o sistema respiratório, neurológico e gastrointestinal”, afirma.
Sintomas
A cinomose pode se manifestar de formas diferentes, o que exige atenção redobrada dos tutores. Entre os sintomas mais frequentes estão secreções nasais e orais, que costumam ter aspecto purulento, além de alterações neurológicas.
“Convulsões, diarreias e vômitos também estão entre os sinais comuns da doença”, ressalta a veterinária.
Segundo ela, a rápida progressão dos sintomas é um dos pontos que tornam a doença tão perigosa.
Transmissão

A disseminação da cinomose acontece de maneira veloz e muitas vezes imperceptível. O contato direto com secreções contaminadas de outros cães é a principal via de transmissão, mas não é a única.
“A cinomose também pode ser transmitida através de objetos contaminados”, alerta Fernanda.
Isso significa que ambientes, acessórios e até sapatos usados pelos tutores podem carregar o vírus, o que reforça a necessidade de cuidado diário com a higiene.
A força da vacinação
Quando o assunto é prevenção, não há dúvidas: a vacina é a maior aliada contra a cinomose.
“O animal precisa ser vacinado anualmente. Quando vacinado pela primeira vez, recomenda-se três doses para adquirir imunidade adequada”, explica a veterinária.
Ela também reforça que os tutores podem ficar tranquilos: um cão vacinado não corre o risco de desenvolver a doença.
“A imunidade adquirida produz anticorpos que evitarão o desenvolvimento da cinomose pelo organismo”, garante.
Pequenos cuidados que fazem diferença
Além da vacinação em dia, outras medidas simples ajudam a reduzir os riscos. Fernanda recomenda atenção especial à higiene dos sapatos e do ambiente onde o pet vive.
“É importante manter sempre os sapatos limpos, higienizar o espaço do animal e evitar o contato com cães não vacinados”, orienta.
Esses cuidados são fundamentais, já que muitas vezes os tutores não sabem se outros animais com os quais seus cães podem ter contato estão devidamente imunizados.
Tratamento e chances de recuperação
A grande dificuldade no combate à cinomose é a ausência de uma cura definitiva. O tratamento disponível hoje é apenas de suporte, voltado ao controle dos sintomas e ao fortalecimento do organismo.
“Não existe cura, somente o tratamento dos sintomas. Por isso é importante ter diagnóstico precoce”, destaca Fernanda.
O desfecho da doença depende diretamente da resposta do corpo do animal.
“Tudo depende do organismo e de como ele irá reagir. Se a doença não tiver uma progressão longa, a chance de recuperação é maior”, explica.
Ainda assim, mesmo quando os cães sobrevivem, as sequelas podem ser duras. “Alterações neurológicas e na imunidade são as mais comuns”, completa.
Para Fernanda Binati, a mensagem mais importante aos tutores é clara: a prevenção deve vir sempre em primeiro lugar.
“A vacina é o principal meio de prevenção, não só da cinomose, mas de outras doenças. Não atrase a vacinação do seu animal e garanta visitas periódicas ao médico veterinário para que ele esteja sempre com a saúde em dia”.