Laços que curam: o poder transformador da adoção animal

Neste sábado (4), Dia Mundial dos Animais, histórias de afeto, superação e lealdade mostram que o vínculo com pets vai muito além da companhia

Elis dos Anjos Sousa com dois dos seus pets
Foto: Divulgação/Buzzing
Elis dos Anjos Sousa com dois dos seus pets
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Quem já abriu as portas de casa para um pet sabe: a adoção muda não só o destino do animal resgatado, mas também a vida de quem decide acolhê-lo.

Neste sábado (4), quando se celebra o Dia Mundial dos Animais, histórias de afeto, superação e lealdade mostram como esse vínculo vai muito além da companhia, é um elo que transforma rotinas, carreiras e até a forma de encarar a vida.

A designer Elis dos Anjos Sousa, que hoje convive com oito pets adotados, conta que os animais mudaram não apenas sua vida pessoal, mas também sua trajetória profissional.

“Eles reprogramaram completamente minha carreira, me ajudaram a encontrar um propósito maior para o meu trabalho. Hoje, tudo que faço tem como objetivo dar visibilidade aos animais, usando o design e a inovação como ferramentas de transformação social”, afirma.

O impacto foi tão grande que até a gestão de sua empresa foi reformulada.

Elis dos Anjos Sousa com dois dos seus pets
Foto: Divulgação/Buzzing
Elis dos Anjos Sousa com dois dos seus pets

“Tornei meu estúdio remoto, antes mesmo da pandemia, para estar mais perto deles, criei licença parental pet para quem adota na minha empresa, e ajusto minha agenda conforme o estado da Magy, uma das minhas cachorrinhas que recebeu diagnóstico de tumor hepático com metástase”, acrescenta.

Para Elis, cada animal traz consigo uma lição.

“Minha relação com eles vai muito além de tutora e pets. Eles são minha família, meus professores e, como gosto de brincar, meus sócios nos meus projetos”, diz.

A publicitária Ana Beatriz Cruz também sentiu a vida mudar depois de adotar Nala, uma cadelinha abandonada ainda filhote.

Foto: Divulgação/Buzzing
Ana Beatriz Cruz e Nala

“A nossa conexão é tão forte que ela ocupa um espaço único na minha vida, como se fosse parte de mim. O que mudou depois da chegada dela foi uma verdadeira revolução”, relata.

Segundo ela, a cadela a ensinou a ver o mundo com mais simplicidade:

“Com Nala, passei a ser mais espiritualizada, compreendendo que, na verdade, não há diferenças entre humanos e animais. Somos todos seres sencientes, com sentimentos, necessidades e capacidades de dar e receber amor”, completa.

Mais do que amor: responsabilidade

Histórias como a de Elis e Ana Beatriz reforçam que a adoção é um ato de amor, mas também de responsabilidade. De acordo com a Abinpet (Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação), estudos apontam que a convivência com pets melhora a autoestima, reduz o estresse, auxilia na interação social e até contribui para a saúde cardiovascular.

A veterinária Mayara Andrade, de Guabi Natural (BRF Pet), destaca que adotar exige planejamento.

“Adotar um animal vai além de oferecer carinho. Segundo a WSAVA (World Small Animal Veterinary Association), para cuidar de forma adequada dos pets, precisamos pensar nas cinco necessidades de bem-estar animal, que são: necessidade de um ambiente adequado; de dieta adequada; de ser alojado com, ou afastado, de outros animais; de poder expressar padrões normais de comportamento; além de necessidade de ser protegido da dor, sofrimento, trauma e doença”, explica.

Para quem tem dúvidas, a plataforma “Um pet é pra sempre” (www.guabinatural.com.br/umpeteprasempre) disponibiliza um quiz que ajuda o futuro tutor a avaliar se está preparado para assumir essa responsabilidade.

“Adotar é ser luz, e quando a gente acende uma luz, essa luz ilumina primeiro a gente, mas é responsabilidade diária. Pesquise, entenda os custos, ensine aos poucos a sua rotina ao animalzinho, eles aprendem. Mas lembre-se que ele também precisa da rotina dele. Animais resgatados podem demorar a confiar, e a paciência também é amor. Trate-os como família, não ‘vigia de quintal’”, aconselha Elis.