
Sabe aqueles dias em que tudo parece desmoronar? Foi nesse cenário que o empresário David Aires viveu uma das experiências mais marcantes de sua vida — um acidente que, em vez de se resumir a dor e culpa, se transformou em um gesto de compaixão e em um novo começo para ele e para um cãozinho de rua.
O acidente que virou encontro
David voltava para casa quando atropelou um cachorro que atravessava a rua . O desespero foi imediato: ele parou o carro, correu atrás do animal — que, assustado, fugiu — e não sossegou até encontrá-lo.
Ao alcançá-lo, pegou-o com cuidado e o levou a uma clínica veterinária. O diagnóstico trouxe alívio: o vira-lata havia perdido apenas um dente, mas não apresentava ferimentos graves. Para David, no entanto, o episódio não terminaria ali. O socorro foi apenas o primeiro passo. No consultório, tomou a decisão que mudaria a história dos dois: adotou o cachorro .
Em seu perfil no Instagram, relatou: "Através da dor e da perda de um dentinho, esse anjo ganhou um lar, uma família e muito carinho. Deus escreve certo por linhas tortas."
O que diz a lei
Além de ser um dever moral, prestar socorro a um animal atropelado é uma obrigação legal . A Lei de Crimes Ambientais (9.605/98) enquadra como maus-tratos deixar um animal ferido sem assistência. Já o Código de Trânsito Brasileiro prevê penalidades para quem se envolve em acidentes e não ajuda, inclusive quando há vítimas não humanas.
Ignorar a situação pode resultar em multa, processo e até prisão. Mais do que isso, significa recusar empatia em um momento em que a vida depende de cuidado imediato.