
O estresse em cães pode se manifestar de diversas formas: agitação, choros, tremores ou até mesmo comportamentos destrutivos. Nessas horas, é essencial que os tutores saibam como agir para acalmar o animal e evitar crises mais graves.
A veterinária Dra. Maria Angela Panelli explica que o primeiro passo é manter a própria tranquilidade. Segundo ela, os cães percebem o estado emocional dos tutores e tendem a reagir a ele. “Tudo o que sentimos, eles conseguem sentir. Nossa calma é primordial para que eles consigam se acalmar também”, destaca.
Demonstrar carinho é outra recomendação importante. Afagar o cão, pegá-lo no colo (se ele gostar) ou simplesmente sentar ao lado dele ajuda a transmitir segurança. “É importante mostrar calma para que isso seja entendido por eles. Falar com voz suave, evitar movimentos bruscos e oferecer afeto faz muita diferença”, afirma a veterinária.
Para situações específicas — como barulhos de fogos de artifício ou a presença de visitas que o animal não aceita bem —, a orientação é afastá-lo do estímulo estressante. “Levar o cão para um local mais calmo, como um quarto, fechar as janelas para abafar o som e criar um ambiente seguro pode ajudá-lo a se sentir protegido”, orienta.
Além disso, redirecionar a atenção do animal com algo positivo pode ser muito útil. Oferecer um petisco, uma comida de que ele goste ou propor uma brincadeira ou passeio são estratégias para ajudá-lo a mudar o foco do que está gerando estresse.
Para a Dra. Maria Angela Panelli, esses cuidados reforçam o vínculo entre tutor e cão e demonstram responsabilidade emocional. “Dar esse apoio é fundamental. É uma forma de dizer para o animal que ele não está sozinho e que pode confiar em quem cuida dele”, conclui.