A castração de gatos é um procedimento essencial para garantir o bem-estar animal, prevenir doenças e controlar a superpopulação felina. Enquanto a recomendação tradicional sugeria a cirurgia a partir dos seis meses de idade, estudos recentes indicam que a castração precoce — realizada entre 8 e 16 semanas — pode ser ainda mais vantajosa, especialmente para animais adotados ou que vivem em ambientes com muitos pets.
Segurança e eficácia comprovadas
Pesquisas da American Veterinary Medical Association (AVMA) acompanharam mais de 1.800 filhotes castrados antes das 24 semanas e não identificaram aumento no risco de complicações cirúrgicas ou desenvolvimento físico prejudicado. Pelo contrário, os animais operados mais cedo apresentaram menor incidência de comportamentos como marcação territorial, agressividade e fugas.
Outro estudo, publicado no Journal of Feline Medicine and Surgery, comparou gatos castrados aos 3 e aos 6 meses, sem encontrar diferenças significativas em crescimento, massa muscular ou saúde urinária. Além disso, os felinos castrados precocemente tiveram menor probabilidade de desenvolver tumores mamários e infecções uterinas (piometra) no caso das fêmeas.
Redução de comportamentos indesejados e abandono
A castração antes da puberdade ajuda a evitar problemas como vocalização excessiva (no caso das fêmeas no cio) e a necessidade de os machos saírem em busca de acasalamento. Esses comportamentos estão entre as principais causas de abandono, especialmente em gatos sem raça definida.
E as raças de porte maior?
Embora a recomendação geral valha para todos os gatos, raças como Maine Coon e Ragdoll, que amadurecem mais tarde, podem ser avaliadas individualmente. Ainda assim, não há evidências de que a castração precoce cause prejuízos ao desenvolvimento.
A decisão final deve ser tomada em conjunto com um veterinário, garantindo o melhor momento para cada animal. Enquanto isso, a ciência reforça: castrar mais cedo é seguro, saudável e uma ferramenta crucial no combate ao abandono de felinos.