Nesta semana, viralizou um vídeo de duas gêmeas que foram flagradas pintando o seu cachorrinho com tinta. O vídeo conta com quase seis milhões de visualizações em menos de uma semana no Instagram. Nele, Talita Bassan grava suas filhas, Catarina e Helena, se divertindo com a pequena Pandora.
Ao Canal do Pet, a influenciadora digital e empresária explica que ficou chocada ao ver a "arte" que as filhas fizeram com a Pandora: "Ria de nervoso, porque quando fico nervosa, começo a dar risada. Eu não acreditava que a Pandora tinha ficado lá, quietinha. Ela é uma cachorra super sistemática; se não gosta do ambiente ou de algo, simplesmente sai e vai para a casinha dela."
Segundo a tutora, ela acredita que Pandora tenha entendido que a ação das meninas foi uma espécie de carinho com ela, por isso ela ficou parada sendo pintada.
Relação com Pandora
A tutora explica que Pandora é uma bull terrier de oito anos e que a ralação dela com as meninas não é a mais próxima. "Ela foi nossa primeira 'filha', esteve conosco por muito tempo antes das meninas chegarem. A gente até achou que ela fosse sentir ciúmes delas."
"No começo, a adaptação foi complicada. A Pandora simplesmente ignorava as meninas. Toda vez que a gente chegava com elas, ela saía de cena, como se não quisesse saber. Para você ter uma ideia, ela nem cheirava as meninas direito. Cheirou uma vez e depois passou a ignorar completamente. Quando via que as meninas estavam no ambiente, ia deitar em outro lugar, como se estivesse triste."
Agora, no entanto, ela afirma que sente que a relação entre as três tem mudado aos poucos: "Pandora tem se adaptado, principalmente porque as meninas começaram a interagir com ela, oferecendo comida, como frutinhas e ração. Faz mais ou menos um ano ou um ano e meio que ela começou a se aproximar mais delas."
Mesmo com o trejeito mais duro, Pandora nunca foi hostil com as garotas, não tratando de forma agressiva com elas. Entretanto, ela ressalta: "Elas não costumam brincar muito com a Pandora. As meninas são pequenininhas, e a Pandora, como bull terrier, é uma cachorra grande e um pouco bruta nas brincadeiras."
"Por isso, as meninas preferem abraçar a Pandora e fazer carinho, mas não brincam muito com ela. O que elas gostam mesmo é de dar comida para ela: uma frutinha, um pouco de ração. É o jeitinho delas de interagir."
Cuidados com a pele da Pandora
A publicação contou com diversos comentários fofos sobre a interação das gêmeas com a Pandora. Entretanto, alguns ressaltaram o perigo da tinta na pele do cão. "A Pandora é albina, e eu fiquei super tensa. Assim que percebemos o que tinha acontecido, demos banho nela imediatamente e, logo depois, marcamos uma consulta com o veterinário, porque o medo só aumentava. Felizmente, a tinta saiu rápido, e nada grave aconteceu."
Talita explica que ficou preocupada com Helena também devido à filha estar "chupando" a tinta. Mas ela garante que todas passam bem.
A médica-veterinária da BRF Pet, Mayara Andrade, explica que os riscos do uso de tinta na pele do animal são os mesmo que na pele humana: "Isso pode resultar em alergias a alguns dos componentes do produto, especialmente em pets que já têm essa predisposição, como pets com pelagem clara, por exemplo."
Dentre os problemas que podem surgir, Mayara cita alergias e intoxicação: "Os pets acabam lambendo o produto do pêlo e da pele. Dependendo da composição da tinta, ela pode apresentar algum componente químico que pode predispor a intoxicação na ingestão."
A veterinária reforça os cuidados tomados pela tutora: "O ideal é que os tutores procurem a orientação de um médico-veterinário, de preferência de porte da tinta, porque dessa forma o profissional vai conseguir entender se tem algum componente que pode ser tóxico e tomar uma medida preventiva, evitando que a intoxicação se instale ou se agrave."
Mayara, ainda dá dicas de possíveis brincadeiras que podem ser fomentadas entre cães e crianças: "Aproveitem as brincadeiras associadas a exercícios físicos, atividades ao ar livre e passeios. Em dias mais quentes, se refrescar com um bom banho de mangueira pode ser uma opção divertida para crianças e pets. Mas dê preferência para esse tipo de brincadeira fora de horários próximos ao meio-dia, para evitar exposição excessiva a raios solares, e optar por ambientes mais frescos, além de usar filtro solar tanto para as pessoas quanto para os pets."
Hate no vídeo
Talita diz que alguns comentários ainda a pegaram desprevenida e a deixou triste: "Teve gente que desejou que a Pandora mordesse as meninas ou até coisas piores. Foram comentários muito hostis e dolorosos. Mas, por outro lado, recebi muito mais mensagens de apoio e carinho, e isso me deu forças."
"O que mais dói é receber mensagens absurdas, como de pessoas me chamando de irresponsável ou até mesmo de 'exorcistas', dizendo que minhas filhas são capetas. Elas não fizeram por mal. São crianças! Elas acharam que estavam fazendo algo bonitinho. Isso machuca muito, porque ninguém aqui tem má intenção, nem elas, nem nós, como pais, que estamos aprendendo a criar crianças enquanto também cuidamos de um cachorro."
Entretanto, ela afirma que conseguiu receber algum tipo de conforto com alguns pais que relataram acidentes com os filhos e os cães: "Depois que compartilhei o caso, várias pessoas comentaram sobre acidentes domésticos. Uma mãe contou que o filho espalhou óleo de cozinha pela casa, bebeu um pouco e até deu para o cachorro. Outra disse que a criança engoliu uma bateria de brinquedo e precisou fazer cirurgia. Esses relatos me mostraram que não estou sozinha, que acidentes acontecem, mesmo com toda a vigilância", conclui.