Os riscos de cruzar cães de raças muito pequenas

Os conhecidos “pets de bolsa” são muito procurados e podem ser encontrados em uma enorme variedade de raças, cores e tamanhos em uma simples pesquisa pela internet. No entanto, essa demanda pode estimular a reprodução ilegal e prejudicar muito a saúde desses cães.

O comércio indiscriminado

Esses cães têm tendência de nascerem ou desenvolverem doenças decorrentes do peso e tamanho. Além dos problemas genéticos, todas as raças podem sofrer com maus-tratos e abandono e, ao comprar, o tutor está deixando de acolher um animal carente que pode atender suas necessidades.

Animais com a saúde debilitada

Os animais denominados miniaturas costumam ser muito cobiçados, por serem considerados “mais fofos” e ocuparem menos espaço. Porém, essa fofura tem um valor muito alto para esses cães, que podem nascer com inúmeros problemas.

Veterinária explica

“Eles frequentemente apresentam epilepsia, bronquite, doenças oculares, hipotireoidismo, hidrocefalia, dentes fracos, moleira aberta e características de nanismo. De modo geral, têm a saúde frágil e, muitas vezes, atividades simples, como subir em um sofá, podem ser perigosas e resultar em fraturas”, explica a veterinária Joyce Magalhães.

Estimula a redução exagerada de tamanho

A maior parte dos problemas de saúde dos animais miniaturas é devido à redução exagerada do tamanho, em função da manipulação do cruzamento de raças pequenas. Por isso, não é recomendado o cruzamento para gerar cães menores que o padrão da raça – em alguns casos, podem nascer sem olhos, como visto no link abaixo.

Nicole Butler/SWNS

Por que é perigoso?

“Isso pode acarretar o desenvolvimento de doenças e é muito comum que fêmeas menores não suportem a gestação. Em alguns casos pode resultar no óbito do animal”, analisa a veterinária. Segundo ela, algumas associações não aceitam cães fora do padrão da raça para pedigree, o que seria uma forma de penalizar quem faz esse procedimento.

Criação de raças menores e frágeis

De acordo com a veterinária, quem compra é tão responsável quanto quem o produz. “Acho que o mais importante é a saúde e bem-estar desses pequenos. Afinal, ninguém quer adquirir um cão que vá viver em sofrimento, além de desumano, é extremamente oneroso para o tutor. Sendo assim, não há justificativa para estimular essa comercialização”, pontua.

Castrar é a solução

Mesmo em uma criação planejada dentro dos padrões, pode nascer um filhote menor, que deverá ser castrado. “Essas classificações ‘miniatura’ e ‘anão’, não são reconhecidas pela Confederação Brasileira de Cinofilia, e geralmente estão associadas às raças Pinscher, Poodle, Pug, Maltês, Shih Tzu, Spitz, Yorkshire e Chihuahua. Apenas o Poodle Toy e o Spitz Alemão Anão são reconhecidos”, explica Joyce.

Nem todas são naturais

O tamanho e o peso variam de acordo com a raça, em alguns casos podem ter 15 cm e menos de 1,5 kg. “Porém, é preciso entender que alguns cães são naturalmente pequenos. O grande perigo está em estimular uma nova geração de animais frágeis e com problemas de saúde”, ressalta a veterinária.

Não incentive a reprodução ilegal

Existem diversos canis clandestinos sem o menor controle na reprodução, onde as fêmeas são exploradas ao limite. Geralmente são obrigadas a cruzar em todos os cios, além de permanecerem em confinamento, assim como os machos reprodutores.

Péssimas condições

Em muitos, as condições de higiene e saúde são degradantes. Os cães ficam no meio das próprias fezes e não existe controle no padrão de raças, o que pode gerar cães com problemas físicos e comportamentais. Os filhotes são separados das mães muito cedo e ficam confinados em espaços minúsculos.

Procure sempre profissionais sérios

A melhor opção será sempre adotar ou comprar o seu pet de criadores sérios e responsáveis, que visam uma melhor qualidade de vida e saúde para os animais respeitando todos os princípios éticos no cruzamento de raças. Saiba mais no link abaixo!

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